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Por Flávio G. Souza

1. Introdução

O cristão deve ser zeloso com o que diz a Palavra de Deus, e essa dedicação deve ser com entendimento, caso contrário é fanatismo religioso.

Infelizmente existe o desprezo pelo estudo da Palavra entre os cristãos, e essa atitude vem produzindo mais fanáticos, que não tem conhecimento da própria fé. Por isso é tão importante crescer na Graça e no conhecimento, conhecendo os fundamentos de nossa fé, usando a Bíblia como nossa regra de fé e prática.

Se ignoramos este princípio, não estamos comprometidos com as Sagradas Escrituras, a Bíblia não se molda a nosso pensamento, mas somos nós que devemos nos moldar ao que ela ordena e não o que acharmos conveniente.

A maior parte dos crentes que conheço é assim, criam para si a sua verdade, relativizam tudo, até a verdade de Deus, que é Absoluta e imutável. Por isso diminua o seu eu, para que Cristo apareça, isso só vai ocorrer quando nos moldarmos ao que diz a Bíblia.

2. ZELO SEM ENTENDIMENTO CONDUZ AO ENGANO

Encher-se de zelo e ser sincero pode ser algo excelente, mas não se o zelo for sem entendimento. Quanto à sinceridade, é possível que uma pessoa sincera esteja sinceramente errada. E para todo cristão, é necessário que ele conheça as doutrinas básicas da fé cristã, para que venha estar imune as heresias e falsos ensinos. Ter zelo sem entendimento é fanatismo, mas quando somos zelosos com entendimento sobre quem Deus realmente é, desfrutamos da liberdade em Cristo, pois não podemos ser apáticos as coisas de Deus. Paulo exortou os judeus quando eles estavam buscando ser salvos mediante a lei (Rm 10.2-3). Se a insistência em viver em concordância com a vontade de Deus não estiver baseada no discernimento apropriado, em harmonia com a revelação de Deus concernente ao caminho da salvação, Paulo esclarece que os judeus da mesma maneira estavam deixando de reconhecer a justiça que vem pela fé (Rm 10.3; 5.1).

Paulo fala deste assunto usando como base a sua experiência pessoal, tanto quanto à realidade, a seu caráter errôneo do entendimento e crença (Cf. Fp 3.4-6). As vezes não é de acordo com o conhecimento (Rm 10.2; Cl 1.14; At 21.20), pois até os ímpios fingem ser zelosos (Cf. 2 Rs 10.16; Mt 23.15). Paulo era Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3.5), fariseu (At 23.6) e era cidadão romano por ter nascido em Tarso. Sendo educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel (At 22.3; 26.4-5).[1]

O Apóstolo Paulo conhecia bem o que era zelo sem entendimento. Possivelmente ele foi o maior exemplo de todos os tempos do que isso significa Ele foi implacável perseguidor da igreja. Fez isso por zelo. Eles desconheciam a justiça de Deus, e Paulo contrasta a retidão divinamente estabelecida com os esforços do indivíduo para estabelecer a sua própria e procurando estabelecer sua própria [justiça], não se submeteram à justiça de Deus.[2]

Em palavras tão claras, que quase não necessita de explicação, Paulo ressalta que a culpa básica de Israel era esta: Deixou de reconhecer, ou seja, de aceitar e de abraçar a justiça que tem Deus como seu autor (Rm 3.21-24; 8.1; 9.30) e tem por base a sua própria justiça (10.3).

Paulo não tem a mínima dúvida quanto à sinceridade religiosa deles. Diz que pode testemunhar, de experiência própria, que eles têm zelo por Deus. E ele sabe do que está falando, pois ele mesmo, em sua vida anterior à conversão, fora "extremamente zeloso" em sua religião, como se vê no modo como perseguia a igreja. De fato, Paulo era tão "zeloso para com Deus" quanto os seus contemporâneos, a ponto de descrever o seu zelo, naquela época, como sendo uma obsessão. Assim, ao falar sobre os israelitas, ele se vê obrigado a dizer que o seu zelo por Deus não é conforme o conhecimento. A Escritura, porém, diz que "não é bom proceder sem refletir". Sinceridade não basta, pois sempre existe a possibilidade de se estar sinceramente equivocado. A palavra mais adequada para zelo sem conhecimento é fanatismo. E, se há um estado horrível e perigoso para uma pessoa, este é o fanatismo. Após declarar o estado de total ignorância deles, Paulo passa a particularizá-la em duas negativas: eles ignoram a justiça que liem de Deus e procuram estabelecer a sua própria [justiça] [3]

3. O VERDADEIRO CONHECIMENTO, CONDUZ A JUSTIÇA DE DEUS

Temos que ter cuidado com o desconhecimento da verdade sobre Deus, pois pode parecer algo inofensivo, mas não é. Quando desconhecemos a justiça de Deus, criamos a nossa própria justiça, e dessa forma descartamos as Sagradas Escrituras. Isso vai além da ignorância, pois para receber a justiça que vem de Deus pela fé (Rm 5.1), é necessário renunciar o nosso conceito, não há como conciliar os dois, um anula o outro. Esse é o pecado de todas as religiões do mundo, a todo momento o homem busca justificar a si mesmo por seus próprios méritos, sendo que nossas boas obras são como trapos imundos diante de Deus (Is 64.6). A diferença do cristianismo para as outras religiões do mundo é que todas estabelecem confiança nas obras. No cristianismo Deus é quem busca o homem e o justifica pela fé. Ele faz isso por amor e misericórdia, e não porque somos "bonzinhos" aos nossos olhos.

Deus é totalmente Santo, por isso é necessário andar em santidade (Hb 12.14), não foi á toa que Cristo teve de ser o nosso propiciatório, pois era necessário aplacar a ira de Deus contra a humanidade (1 Jo 2.2).

4. CONCLUSÃO

No serviço a Deus não basta ser extremamente zeloso quanto ao cumprimento das leis divinas, nem realizar todo tipo de sacrifício em nome de Deus. O mais importante é conhecer o único e verdadeiro Caminho, para a salvação da humanidade e qual a vontade de Deus (especialmente a revelada nas Escrituras). Como Deus deseja ser adorado e servido em sinceridade de coração. Paulo antes de ser convertido por Jesus, era apenas um judeu zeloso e fanático (Cf, At 21.20; 22.3; Gl 1.14).

A falsa religião nos faz confiar em nossos próprios méritos, e não é pela guarda da lei que somos justificados, mas somente pela fé (Rm 5.1). Os que pensam que pela lei podem ser justificados, estão debaixo de maldição (Gl 3.10), porque a função dela é nos guiar a Jesus (v. 24), a lei não possui o poder nos justificar (v. 11). Quando confiamos em nossa justiça, caímos no legalismo (Mc 2.24 Lc 6.2; 13.14; Jo 5.10; At 15.5; 16.3; 21.20; 22.3; Rm 10.2; Gl 1.14), e toda crença que leva ao fatalismo, é uma falsa religião.

A falsa religião tem como característica o: 
1. Cerimonialismo (Mc 7.4; At 15.10; Gl 4.9; 5.1; Cl 2.20; Hb 9.10);
2. Formalismo (Cf. Is 1.13; 29.13; Mt 23.23; Gl 4.10,11; Cl 4.10,11,20; 2 Tm 3.5);
3. Hipocrisia, sempre presente nas falsas religiões (Cf. Pv 23.7; 26.25; Mt 23.28; Lc 12.1; 1 Tm 4.2; Tt 1.6);
4. Farisaísmo (Mt 6.2, 16; 12.2; 23.4; 13,23,27; Tg 1.26).

A verdadeira religião tem por característica na Bíblia: 
1. Um único Senhor (Dt 10.12)
2. Obedecer o que Deus ordena em seus mandamentos (Ec 12.13),
3. Amor, misericórdia e o conhecimento de Deus, mais do que sacrifício (Os 6.6)
4. Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande em humildade com Deus (Mq 6.8)
5. Amar a Deus acima de tudo (Mc 11.33)
6. A lei de Deus se cumpre no amor ao próximo (Rm 13.10)
7. Cuidar dos necessitados e guardar-se da corrupção do mundo (Tg 1.27).

Como exemplo de piedade na Bíblia temos 
1. Enoque (Gn 5.24)
2. Noé (6.9)
3. Jabez (1 Cr 4.10)
4. Ezequias (2 Cr 31.20)
5. Jó (Jó 1.1)
6. Daniel (Dn 6.10)
7. Ana (Lc 2.37)
8. Natanael (Jo 1.47)
9. Cristo (Jo 8.29)
10. Cornélio (At 10.2)
11. Barnabé (11.24)
12. Ananias (22..12)
13. Timóteo (2 Tm 1.5)

Outra marca da verdadeira religião é a sinceridade, por isso não podemos viver de máscaras e muito menos nos escondemos por trás das "patentes", que muitos utilizam-se para maquiar os seus erros. Devemos viver em santidade, praticando as boas obras como consequência da conversão, com integridade e seriedade no ensino da Palavra de Deus (Cf. Js 24.14 1 Co 5.8; 2 Co 1.12;  2.17; Fp 1.10; Tt 2.7; 1 Jo 3.18).

O evangelho é a lei da liberdade (Tg 1.25; 2.12), coisa que não podemos encontrar nas falsas religiões, que só conduzem ao legalismo e escravidão. Esses grupos sectários de certa forma, limitam o poder de Deus a uma organização, profeta/profetiza ou a determinada liderança, isso é claramente uma ênfase ao exclusivismo presente nas seitas. Que possamos servir a Deus por amor, e não atrás dos títulos e muito menos porque achamos que nós merecemos, lembre-se que Ele sonda os corações, diferente de nós que olhamos a aparência.

Graça e paz
Deus abençoe.

Referências Bibliográficas:
[1] Comentário do Novo Testamento, WILLIAM HENDRIKSEN. 2001, Ed. Cultura Cristã, Pág. 450
[2] Lopes, Hernandes Dias, Romanos o Evangelho segundo Paulo/ Hernandes dias Lopes - São Paulo, SP. Hagnos, 2010. Pág. 346
[3] A Mensagem de Romanos, John Stott. EDITORA ULTIMATO; Edição: 1 (2007)

Bíblias Utilizadas:
Bíblia Thompson
Bíblia de Genebra
Bíblia King Janes Atualizada 

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