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Por Flavio G. Souza

Recentemente, o pastor Kleber Lucas virou motivo de chacota na internet, por uma crítica feita ao louvor “Alvo mais que a neve”. Você certamente já deve ter visto algum vídeo ou charge envolvendo o tema, o que mais assusta nisso é o fundamento apresentado por esses novos “Luteros”. 

A Bíblia é o manual de fé e pratica do cristão, a pessoa que se deixa levar por essa teologia social, olha a Escritura com uma ótica hermenêutica distorcida da verdade. Por exemplo, quando Davi escreveu no Salmos 51.7:

Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. 

A ideia não é um racismo estrutural por parte do tradutor, o Hissopo era uma planta usada para borrifar água ou sangue sobre pessoas ou objetos em cerimônias de purificação (Cf. Lv 14.1-7; Nm 19.16-19). Aqui, a cerimônia de purificação é uma figura de linguagem sobre o perdão e a restauração espiritual. 

Se de fato existisse o suposto “racismo”, toda a Escritura precisaria ser atualizada, e é esse o objetivo desta teologia social, como vamos interpretar Isaías 1.18, com essa lente hermenêutica? 

O louvor Alvo mais que a neve trás a ideia de sermos puros diante de Deus, livres de toda imundícia, ou seja, separados do pecado, significa viver uma vida de santidade. Ser alvo mais que a neve para o cristão pode ser definido pelo ato de viver uma vida moralmente limpa, de obediência a Deus e de amor ao próximo. Ela é realizada por meio da nossa fé no poder da morte de Cristo em nosso lugar e pelo nosso arrependimento dos pecados (Ef 5.26-27; Tt 2.14; Hb 1.3; 1Jo 3.2-3).

Pense nisso.

Sola scriptura.

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Por Flávio G. Souza

Ultimamente temos visto no Brasil, nas grandes capitais uma expansão de diversas denominações protestantes, que muito provavelmente, tem uma a cada esquina, tudo isso deveria ser motivo de alegria, mas infelizmente é de dar tristeza.

Temos muitas igrejas, mas cadê a unidade entre as pessoas que dizem crer na mensagem anunciada por Jesus Cristo? Ser cristão no Brasil virou mais uma modinha, para muitos, é um passatempo, pois nunca tiveram um encontro real com Jesus Cristo. Algumas igrejas que possuem catedrais enormes, e geralmente tem canal em rede de televisão, poderiam estar fazendo uma contribuição gigantesca ao evangelho ensinando a verdade, mas porque não pregam a Palavra de Deus? 

Diariamente quando confronto determinadas doutrinas de certas “igrejas”, recebo diversos comentários de haters, e sempre argumentam que determinado “pastor” ao menos está pregando a Jesus Cristo, mas fica a pergunta, que Cristo essa gente serve e prega? Não consigo entender essa gente que diz professar a fé em Jesus, mas vive defendendo heresias diabólicas, que só vem para destruir a unidade da igreja. Quando vejo os crentes defenderem heresias absurdas, que não tem fundamento nas Sagradas Escrituras, sei pela Palavra de Deus que não são cristãos genuínos, pois estão sendo convenientes com a mentira de suas denominações, veja o que escreveu o Apóstolo Paulo:

Porque importa que até haja entre vós heresias, para que os que 
são sinceros se manifestem entre vós.

1 Coríntios 11.19

A heresia em outras traduções, também é chamada de: facção, divisões, partidos, e no texto grego αιρεσις hairesis, que significa um grupo de pessoas escolhendo seus próprios princípios, contrariando a verdade. O Apóstolo Pedro disse que entre os cristãos haverá falsos mestres, ensinando disfarçadamente heresias, chegando ao ponto de negar o Senhor que os resgatou. Quem abraça esses ensinos, atrai para si mesmo a repentina destruição (2 Pe 2.1).

Em tempos da epidemia de dengue, muitos palhaços realizaram “cultos” de proteção divina contra o mosquito Aedes Aegypti, e em tempos da pandemia do COVID-19, tinha um louco vendendo feijão milagreiro por mil reais, até onde a ganância desta gente vai parar? Para atrair o público ao engano só basta usar de estratégias pragmáticas do tipo: “Pare de sofrer”, consagração da Água do rio Jordão, inventam a baboseira do culto dos revoltados e tantas outras coisas sem pé e cabeça. 

Qualquer crente que conheça 1% de Bíblia, estranha esse tipo de mensagem. Mas como esse tipo de mensagem ganha espaço? A resposta mais simples que responde a esse questionamento é, a mensagem massageia o ego, satisfaz as bajulações e ambições financeiras dos ouvintes. Os que se contrapõem a esses ensinos duvidosos, são calados pela maioria seguidora dessas mensagens, ou é tratada como soberba e desobediente. 

Os líderes dessas falsas igrejas, ao invés de usar a Bíblia para dar vida, trazem a morte e escravidão. Jesus, o logos encarnado, por meio dEle estamos livres de todo engano, é Ele que nos dá a vida. A Bíblia que dá vida, vem sendo usada para trazer morte e escravidão por meio de ensinos diabólicos e ainda vejo uns neófitos, que nunca passaram por um seminário pregando cada baboseira, na desculpa do “A letra mata, o importante é ter unção”, aonde vamos parar se não calarmos essa gente? É nosso dever colocar um freio e derrubar esses ensinamentos diabólicos!

1. O ENGANO SÓ ATRAI OS REBELDES DE CORAÇÃO

Muitos confundem mega templos neopentecostais cheios, com poder de Deus, porém número não representa nada, o pragmatismo moderno tenta passar essa ideia ao público. Não se engane, até satanás tem suas igrejas “protestantes”, as sinagogas de satã são repletas de ensinos heréticos, pregar a verdade nestes lugares não é lucrativo, pois confrontar o pecado dá prejuízo.

Em 2018, recebi uma mensagem de um jovem pastor de uma grande denominação neopentecostal, acredite, ele pregava as heresias na cegueira, mas através do Youtube, acompanhando alguns canais sérios, foi liberto pela verdade do evangelho. Temos um potencial enorme em nossos smartphones, só não sabemos utilizar essa grande ferramenta, que se bem aplicada, é uma grande forma de pregar o evangelho.

O mais vergonhoso hoje, é termos igrejas com canais na televisão aberta, portadoras de um potencial enorme para propagar o evangelho, alimentando o público com o veneno das heresias presente na teologia da prosperidade. Este evangelho falso, instiga as pessoas a se sentirem superiores e claro, sempre o clichê: “sacrifique sua oferta”, aquela petição de dinheiro exagerada. Ensinam a barganhar com Deus, tratam o Senhor como um serviçal que realiza nossos sonhos, quando assim “determinamos”.


Se através do Youtube e podcast, cristãos sérios tem conseguido libertar as pessoas do engano, imagina o impacto que causaria se isso fosse pregado na televisão? No exemplo do jovem pastor, ele não tinha acesso ao conhecimento teológico de forma ampla. Os sinceros de coração que permanecem no neopentecostalismo, só ficam porque não há uma instrução na doutrina, mas quando possuem conhecimento e querem servir a Deus conforme diz a Palavra, o Espírito Santo os guiará segundo a vontade do Todo-Poderoso. A falta de instrução é a principal ferramenta do diabo para corromper as igrejas de dentro para fora, introduzindo falsas doutrinas e heresias, e ganhando ampla aceitação, é a causa de queda dos que dizem seguir a Cristo.

2. DEUS ENTREGA OS REBELDES A SEUS PRÓPRIOS DESEJOS

Apesar de termos diversos livros e gente séria que se preocupa em pregar a verdade, o fator cultural do brasileiro torna ele mais vulnerável de ser enganado por ensinos que não condizem com as Sagradas Escrituras. Como bem disse o filósofo Olavo de Carvalho, “No Brasil é preciso explicar, desenhar, depois explicar o desenho e desenhar a explicação”, muitos ainda vendo o erro doutrinário, tem neófito defendendo esses lobos. Quem se ilude com esse falso evangelho e ainda defende o engano com unhas e dentes, demonstra que não está interessado em conhecer a verdade presente na Palavra de Deus.

Seitas pseudo-cristãs, sempre vão se denominar como igreja evangélica para justificar as suas bizarrices. Essas denominações evangélicas criaram o culto dos revoltados, rosa ungida e ainda tem louco criando o culto dos empresários, aonde vamos parar? O culto é para glorificar a Deus ou o homem? 

Os cultos que deveriam ser para Deus, estão se voltando para agradar o ego inflado de gente cheia de si, quem dá a maior oferta na fogueira santa fica mais rico, deixa de ser empregado para ser patrão e outras diversas aberrações. Vamos ler a Bíblia e deixar de sermos omissos, essa gente deve ser expulsa de nosso meio e não serem tratadas como irmãos na fé! 

3. CARIDADE NÃO É SINÔNIMO DE EVANGELISMO

Igrejas, adeptas da teologia da prosperidade, pregam heresias absurdas manipulando as Escrituras, e em uma tentativa de “maquiar” seus erros doutrinários, investem pesado no marketing, exaltando obras de ação social. O que vejo de pessoas defendendo instituições eclesiásticas por causa de uma ação aqui e outra ali, não tem como contar, ajudar alguém com uma cesta básica não representa nada, você só está sendo solidário e não exercendo seu papel como crente em Jesus.

A Bíblia nunca exaltou a ação social como algo acima de pregar a verdade, Jesus tinha muitos seguidores enquanto estava dando o pão e operando milagres, mas foi só ser duro em sua mensagem, os diziam ser discípulos foram os primeiros a abandonar o Mestre (Leia o contexto de João 6.60). Jesus não está interessado em agradar a todos, a geração palavras machucam é resistente a verdade. Quem quer seguir a Cristo deve andar na verdade, por isso é necessário negar o nosso eu a todo instante.

Ajudar o necessitado com o alimento, é uma atitude muito nobre, porém isso não nos torna mais santos, obras de caridade não salvam a ninguém, somos salvos pela Graça, não por intermédio das obras, ela é apenas uma consequência (Cf. Ef. 2.8-10).

4. PELOS FRUTOS CONHECEMOS QUEM É DE DEUS E OU DO DIABO

Vejo muita gente defender seitas pseudo-cristãs, e o principal argumento é, “mas você já viu as ações de caridade que eles praticam?”. Aonde foi parar o senso de justiça desta gente? Como disse anteriormente, caridade não faz ninguém mais santo, se alguém agir com este intuito está sendo soberbo e prepotente. A Palavra de Deus manda julgarmos pela reta justiça e não pelas aparências, as seitas vem ludibriando as pessoas expondo suas ações sociais, coisa que até um ateu faz. Ações de caridade não tornam um ateu salvo, e da mesma maneira são essas seitas. 

O termômetro do crente sempre deve ser a Palavra e não atos de caridade, ONGs e seus voluntários fazem boas ações, nem por isso são religiosos. Para reconhecermos uma seita denominada de igreja, olhamos a doutrina que é pregada, é fácil demais expor a ação de caridade em redes sociais, o que esses lobos deixam de fazer é provar na Bíblia o fundamento de sua doutrina. A Bíblia precisa ser nosso fundamento, antes de ações de caridade, se a Palavra reprovar a doutrina da instituição que faz caridade, então ela não é de Deus. 

5. OS VERDADEIROS SALVOS PRATICAM O QUE AGRADA A DEUS

As quatro virtudes dos que são salvos em Cristo 1 Jo 3.7-10:

5.1. Os que praticam a justiça, são justos assim como ele é justo (1 João 3.7): Não somos justos porque praticamos atos de caridade, mas sim, por que formos justificados pelo próprio Deus, conforme andamos em seus mandamentos. Nossos atos de caridade não tem a capacidade de nos redimir, são trapos imundos diante de Deus (Is 64.6). Quem contraria esta verdade, vive apelando para seus atos de caridade, alegando uma boa pessoa, que não prejudica os outros. O que é então ser justo? A justiça é um dos atributos comunicáveis de Deus, veio através de Jesus Cristo, nos tornamos justos por meio da conversão, através da santificação pelo intermédio continuo do ministério do Espírito Santo. Andamos em conformidade seguindo o que diz a Bíblia, nos espelhamos em Jesus Cristo, nosso exemplo de conduta. Os que insistem na narrativa dos atos de caridade, criaram para si seu próprio deus, somente pelo sangue de Jesus somos redimidos e perdoados.

5.2. Os que permanecem na prática do pecado são de satanás (1 João 3.8): Os que permanecem na prática do pecado mostram a sua filiação. Quem pratica a justiça é filho de Deus, mas o que permanece no pecado é de satanás, não são palavras, e sim atitudes que revelam a quem pertence paternidade. Os que foram salvos por Cristo, demonstram com as suas boas obras, não porque são bons, mas como a consequência da salvação, porém aos que permanecem na prática do pecado, esse tem a satanás como filiação.

5.3. Os que são nascidos de Deus, não permanecem no pecado (1 João 3.9): Os que são nascidos de Deus não permanecem na prática do pecado, isso não isenta os que estão no processo de santificação de cair em pecado. Os que possuem a semente de Deus não permanecem na prática do pecado, pois foram regenerados pelo Espírito Santo, isso impossibilita o salvo de permanecer na prática pecado.

5.4. Os filhos de Deus são conhecidos por suas obras (1 João 3.10): A raça humana está dividida, entre os que foram regenerados pelo Espírito e os que permanecem no pecado. O Apóstolo João usa uma linguagem pesada quando se trata do nosso contexto sociocultural, ao falar da manifestação dos filhos de Deus e os filhos do diabo. Somos imagem e semelhança de Deus, mas a nossa filiação se revela através das obras. Os filhos de Deus praticam o que é justo, tem seus passos guiados pela Bíblia, mas todo aquele que não pratica o que é justo diante de Deus, tem a satanás como filiação.[1]

Usar esse tipo de linguagem em uma sociedade dominada pelo politicamente correto, hoje soa como antiético e falta de amor, muitos procuram filtrar a mensagem da Graça em uma tentativa inútil de agradar a todos, mas o Apóstolo João não se preocupou com isso. A Palavra de Deus é clara e objetiva, não cabe politicamente correto na mensagem da cruz, quem pratica a justiça é filho de Deus, quem pratica a iniquidade tem a satanás como pai. 

Cristo veio para destruir as obras de satanás (v. 9), morreu em nosso lugar, afim de nos resgatar e livrar do cativeiro. Quem prega o engano consciente e reluta contra a verdade das Sagradas Escrituras, por motivos de ganância e soberba, demonstra por suas atitudes a quem pertence sua filiação. 

6. DEVEMOS COMBATER AS SEITAS PSEUDO-CRISTÃS

Essas seitas pseudo-cristãs são conscientes do que ensinam, e não podem ser comparadas a um lugar que prega a verdade. Promover ação social na tentativa frustrada de maquiar suas heresias, pode até enganar os que tem pouca instrução, mas é impossível enganar um crente instruído na Palavra. Qualquer cristão apologista bem instruído, consegue ver as heresias presentes nesses circos neopentecostais, o maior problema enfrentado é a sociedade do politicamente correto que tapa os ouvidos para a verdade. Se iludem com o número de membros de determinada seita e acham que é apenas mais uma “vertente” denominacional do evangelho. 

Quem prega um evangelho diferente das boas novas do reino, deve ser tratado como um herege e não acolhido como um irmão, mas sempre tem aquele com pouca instrução para ajudar o inimigo da cruz. Toda pessoa que pregar um evangelho diferente das Sagradas Escrituras deve ser tratado como anátema, isso é a Palavra de Deus que manda, não se trata de uma recomendação, e sim uma ordenança (Gl 1.8).

6.1. SEJA ANÁTEMA TODO AQUELE QUE PREGAR UM EVANGELHO DIFERENTE DAS SAGRADAS ESCRITURAS (Gl 1.8)

Todo aquele que pregar outro evangelho, que vá de confronto com as boas novas, deve ser considerado anátema, que no significado mais comum em outras traduções é, seja amaldiçoado. O significado desta passagem vai muito além de amaldiçoar quem prega heresias, no mundo moderno dominado pelo politicamente correto, é falta de amor fazer isso com o “irmão” que prega um Cristo diferente do nosso.  

O termo grego usado pelo Apóstolo Paulo αναθεμα: anathema, segundo o dicionário strong tem o seguinte significado: 
- Algo dedicado a Deus sem esperança de receber de volta. Quando referindo-se a um animal, doado para ser sacrificado; daí, uma pessoa ou algo destinado à destruição
- Uma maldição, uma praga
- Um homem amaldiçoado, destinado a mais terrível das tristezas e angústias.

Juramentos e maldições eram comuns na religião, na magia e na vida cotidiana da Antiguidade. É possível que Paulo esteja aludindo às maldições da aliança dirigidas àqueles que não observavam a Lei de Moisés (Dt 27 e 28). Mas claro que isso é o fato de que a mesma palavra para "maldição" aparece na Septuaginta de Deuteronômio 13, em que se afirma que os falsos profetas, e aqueles que lhes dão ouvidos, devem ser destruídos.[2] 

No Antigo Testamento, o anátema (do hebraico herem) significa uma pessoa, objeto ou animal subtraído do uso profano para ser consagrado a Deus (Cf. Dt 12.12-14; Js 11,11.14). O anátema não podia ser resgatado, e muita das vezes devia ser destruído (Cf. Js 6.17 e 1Sm 15.3; Jz 11.30-31). No Novo Testamento anátema também significa exclusão temporária ou definitiva do culto e da comunidade (Cf. Jo 9.22; 1 Cor 16.22; Gl 1.8-9; Comp. Ed. 10.8). O Apóstolo Paulo por exemplo, desejava ser anátema de Cristo em favor dos judeus, por ocasião da incredulidade de seus compatriotas (Rm 9.2-5). 

7. CONCLUSÃO

A igreja de Cristo está muito além de bandeira denominacional, não defendo denominações, mas sou um ferrenho defensor do evangelho da Graça! Não tenho o objetivo, muito menos a intenção de atacar pastores, todos somos iguais diante de Deus, esta é a mensagem da Graça (Rm 11.32). Ataco sim, essas teologias diabólicas, que só serve para encher o bolso de lobos, que manipulam as Escrituras para benefício próprio. 

Pregar o evangelho genuíno, na simplicidade não dá lucro a ninguém, foi o nosso Senhor Jesus Cristo que ensinou “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á” (Mt 16:25), e se algum autointitulado pastor ousar mudar a mensagem da cruz, se torna anátema e inimigo da cruz. Essa gente que muda a mensagem do evangelho, para atrair as pessoas e consequentemente fazer algo lucrativo e rentável, não passam de picaretas, pois se aproveitam da ingenuidade do público para encher suas contas bancárias. Quem quiser uma vida próspera, trabalhe honestamente, como bem disse Augustus Nicodemus: “A maior benção do evangelho é a salvação. Quem quiser dinheiro e bens, estude, se qualifique e trabalhe.” A salvação é o maior tesouro que um pecador pode receber, essas heresias do inferno vêm para trazer desunião e contenda, e nunca somar. O evangelho puro e simples nos ensina na prática a não se apegar a bens materiais, e faz com que nos tornemos mansos e humildes de coração.

Graça e paz.
Pense nisso!

Referência Bibliográfica:
[1] LOPES. Hernandes dias; 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação; Hernandes Dias Lopes - São Paulo, : Hagnos; Pág. 160-163; 2010.  
[2] KEENER. Craig S; Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, Vida Nova, Pág. 628, 2017.

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Por Flávio G. Souza

A fé cristã desde sua origem, sempre foi perseguida, Saulo de Tarso por exemplo foi um dos principais inimigos do cristianismo, pois perseguia, prendia e matava os crentes. Mas após a igreja se dispersar em decorrência da perseguição, as boas novas a respeito de Jesus, se expandiram, havendo uma expansão da mensagem do evangelho (At 8.1-8).

Mas hoje tem acontecido o contrário, a igreja que deveria se posicionar contra o pecado, vem se conformando com ele, como se Deus tivesse mudado, mas Ele não muda e não mudará (Tg 1.17). Para atrair as pessoas, colocam um palco cheio de luzes e promovem um verdadeiro espetáculo, com grupos de dança e um teatro barato, com o propósito de entreter os ouvintes. Mas entenda, não da para pregar um evangelho maquiado, mudar o conteúdo para agradar a todos é o pior engano que a igreja moderna tem praticado.

A Perseguição ao conservadorismo cristão

O famoso politicamente correto que tomou conta das pessoas então foi o estopim, hoje muitos crentes caíram nesta armadilha que satanás plantou na sociedade moderna. Se um cristão ousar discordar de uma ideia progressista, os que dizem respeitar o pensamento do outro partem para o ataque, pois o que vale é ganhar no grito e não na razão. Para os que pensam que é só no oriente médio que existe perseguição aos crentes, seja bem vindo, você também é perseguido por guardar os valores da fé cristã.

Mas diferente do que muitos pensam hoje, precisamos pregar a verdade, e não ficar amaciando as palavras para agradar a todos. Tenha prazer nas suas fraquezas, nos insultos, privações, perseguição e aflição, você não está sozinho, Cristo te capacita pela Graça. Quem pensa que sofrer perseguição é sinônimo de estar em pecado se engana, os que foram chamados por Deus para entrar no reino sofrerão, não tem escapatória. (2 Co 12.10; 2 Ts 1.5; 1 Ts 2.12; At 14.22; 2 Tm 3.12). Mas apesar de tudo isso, não tenha medo, Deus é o justo juiz e castigará os que rejeitaram a mensagem das boas novas (2 Ts 1.9).

Todo cristão de verdade é perseguido

Os que receberam a Cristo serão perseguidos pelos não crentes, de nada adianta mudar o discurso do evangelho com a desculpa que é para agradar o mundo e atraí-los a Deus, o verdadeiro crente não manipula as pessoas. Pregamos a verdade e quem é ovelha virá, quem é bode não adianta maquiar o evangelho, quando esse tipo de gente descobre a verdadeira mensagem da Graça revela sua rebeldia e insubordinação, pois o ego está tão inflado que não aceita se moldar ao que a Palavra de Deus ordena. Por isso é de grande importância sermos servos, estamos aqui para servir e suportar a perseguição sabendo que estamos sendo guiados por Jesus Cristo, nosso Eterno pastor, que entregou a sua vida para nos resgatar do pecado.

Soli  Deo Glória!
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Por Flavio G. Souza 

Muitos "líderes" para amedrontar as pessoas com medo de serem contrariados, amam se utilizar desta expressão encontrada no Antigo Testamento, como se eles fossem os intocáveis por causa de uma posição eclesiástica.

Mas para realmente sabermos o sentido desta afirmação, precisamos entender o que representa a unção no Antigo e no Novo Testamento. 

Na antiga aliança quando alguém era ungido, isso representava que a capacitação do Espírito estava sobre determinada pessoa. Quando Samuel ungiu a Davi como próximo rei de Israel, o Espírito se retirou de Saul, pois o reinado dele tinha terminado.


Na Nova Aliança todos os crentes são os ungidos do Senhor (Cf. 1 Jo 2.20, 27), portanto não existe ninguém maior por causa de um título, o que eles têm são mais RESPONSABILIDADE com o trabalho que desempenham na casa de Deus. Não se deixe ser enganado por pessoas que utilizam do medo para dominar, Deus não trabalha no medo, mas aperfeiçoa nosso caráter através do amor derramado em nosso coração (Rm 5.5). 
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Por Flávio G. Souza

Hoje comemoramos a Páscoa, uma data importante para os cristãos. Mas por grande parte da mídia, há uma insistência em dar um destaque a um coelho para que não tenhamos consciência do que realmente esse dia representa. É de grande importância nesta data, termos consciência do significado da páscoa, pois ela representa a nossa libertação. Só comemoramos a páscoa porque Cristo morreu em nosso lugar, sendo ele o nosso propiciatório, aplacou a ira de Deus que era contra nós e nos libertou do pecado, sendo assim possível nos dar a vida eterna.

1. A origem da Páscoa

A Páscoa foi instituída a partir da libertação dos Israelitas da escravidão no Egito (Cf. Êx 12.1-20; Mc 14.12). E diferente do que muitos teólogos progressistas promovem, a Páscoa não celebra de forma alguma uma independência política, mas nos ensina que formos livres da morte eterna através de Cristo. O grande problema dos progressistas hoje está justamente nisso, porque tudo é motivo para fazer política, a fim de conseguirem posições de “destaque” com o propósito de humilhar os que pensam diferente, a famosa ditadura do politicamente correto.

2. Cristo foi vítima de crime de ódio?

Já vi diversas vezes pessoas dizendo que Cristo foi vítima de crime de ódio por parte dos religiosos e coisas do tipo, mas será que essa argumentação “bonitinha” tem alguma base nas Sagradas Escrituras? Nos evangelhos sinóticos Mateus, Marcos e Lucas relatam a estratégia que foi usada para capturar Jesus, mas somente João traz um detalhe essencial para entendermos o texto (Comparar: Mt 26.47; Mc 14.43-50; Lc 22.47-53 com Jo 18.4-9).

É bom analisarmos as passagens presentes nos quatro evangelhos que relatam a forma que Cristo foi preso, pois cada escritor relata diferente, isso não é de forma alguma uma contradição, até porque um complementa o relato do outro. Contradição seria se uma passagem negasse o que o outro relata, coisa que não vemos ocorrendo nos versículos que descrevem o fato.

Jesus Cristo sendo o filho de Deus quis se entregar, veja o texto de João 18. Ele foi ao encontro dos soldados, se apresenta como o próprio Deus e permite que seja capturado. Se Jesus quisesse, o Pai enviaria anjos para o socorrer, ele estava consciente de que era necessário morrer (Cf. Jo 18.8; Mt 26.53).

Mateus 26.53

Um relato interessante e que gostaria de destacar está em Mateus 26.53, que não aparece nos outros evangelhos é que o próprio Cristo diz que se ele orasse ao Pai, Deus colocaria mais de doze legiões de anjos para sua proteção. Doze legiões de anjos é o equivalente a 72.000 anjos (considerando que, naquela época, uma legião era formada por até 6.000 mil soldados). Lembremos que apenas um anjo foi suficiente para ferir todo o Egito (Cf. Êx 12.23-27) e libertar o povo de Israel do cativeiro. Neste momento Jesus estava consciente de que a vontade do Pai precisava ser cumprida, em todos os detalhes (Zc 13.7). Ele em nenhum momento era uma vítima indefesa, antes permitiu que o prendessem.
Marcos 14.48-49

Vale ressaltar que a interpretação dada por algumas pessoas sobre um Cristo político ou que era contra a defesa pessoal não é válida, pois isso tudo ocorreu para que se cumprisse as Escrituras (Cf. Is 53.7-9; At 2.23). Veja que em Marcos 14.49, Jesus questiona o porquê não o prenderam no templo, pois ele ensinara lá diariamente. Mas os chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos não fizeram isso porque não seria vantajoso. Por ocasião da perspectiva política e talvez suscitasse uma revolta popular por causa da festa da páscoa e dos pães sem fermento, onde o templo costumava ter um fluxo maior de pessoas.

Lucas 22.49-51

Muitas pessoas associavam os líderes considerados figuras messiânicas com as revoltas populares e a derrubada dos reinos gentios que oprimiam Israel; um Messias que curava aqueles que o atacavam não correspondiam a nenhuma expectativa messiânica da época.[1] Só que diferente do que eles pensavam, nosso Jesus não era um revolucionário político que iria promover uma rebelião contra Roma. 

O termo revolucionário (NVT), ou salteador (ACF), normalmente significa "ladrão", os romanos usavam para se referir a revolucionários violentos que se opunham à autoridade romana, como era o caso de Barrabas (Cf. Lc 23.18-19). Para judeus patriotas, esses indivíduos eram combatentes da liberdade, para os romanos, simples bandidos.[2]

João 18.4-9

Jesus nunca foi pego de surpresa, pois como escrevera anteriormente, se ele desejasse o Pai lhe enviaria mais de doze legiões de anjos para o defender. Note no que João escreve a respeito, Jesus estava pronto para ser preso e interrogado, foi uma decisão consciente, pois ele sabia que veio para dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 16.21-23). Vejamos o texto abaixo, destacando partes essenciais para que possamos entender com clareza:

“Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
João 18.4-6

Veja que ele decidiu se entregar, se Jesus não quisesse eles não teriam encostado em nosso mestre, que após se identificar para eles (Pois estava escuro), todos caíram atordoados, e apesar de terem caído ao chão pelo próprio Deus, não entenderam o que tinha ocorrido. Interessante que Jesus se apresentou como seu nome divino egô eimi (λεγω ειμι), o mesmo nome do Pai (Cf. Êx 3.13-14; 4.26; 8.24,58), e no final ele disse que nenhuma de suas ovelhas tinha se perdido, Cristo continuou e continua sendo o bom pastor, pois ofereceu a sua vida pelas suas ovelhas e protegendo-as dos lobos (Cf. Jo 10.11-15).

Já no caso de Judas, este nunca foi um verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 17.12), pois ele nunca experimentou o novo nascimento. É possível uma pessoa ficar a sua vida inteira na igreja, chegar ao cargo de pastor, participar de todas as atividades, mas de nada adianta se não nascer de novo. É impossível uma pessoa que experimentou o novo nascimento ficar na prática do pecado, vou citar dois exemplos que deixam claro este fato, Judas era ladrão (Jo 12.5-6), e ele ficou possesso (Lc 22.3), coisa que é impossível a um cristão.

Um cristão pode ficar possesso pelo demônio?

Esse tema é bastante discutido entre os cristãos, mas será possível um cristão ficar possesso? Ora, se em nós habita o Espírito Santo e estamos selados para o dia da redenção (Ef 4.30), seria uma contradição afirmar isso. Pois, como pode o demônio habitar onde o Espírito Santo de Deus habita? A Palavra de Deus nos garante que não, o Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8), e João escreve ainda: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, aquele que nasceu de Deus [Deus] o guarda, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). Se o maligno não pode nos tocar, como pode um cristão ficar possesso?

Conclusão

No início do Evangelho de João, João Batista apresentou Jesus com o título "Cordeiro de Deus" (Jo 1.29, 36). Essa expressão estranha talvez se referisse ao cordeiro sacrificado diariamente no templo (Êx 29.38-46) ou ao cordeiro sacrificial de Isaías 53.7 (cp. At 8.32-35; Ap 5.5-14). Os dois rituais indicavam resgate e perdão dos pecados.[3]

Só podemos ser perdoados porque O Filho de Deus foi nosso substituto, ele levou sobre si nossos pecados, instituiu a Nova Aliança por meio de sua morte sacrificial, por isso temos o perdão de Deus apesar de nossos erros e defeitos (Jr 31.31-34; 32.40; Lc 22.20; Hb 7.22; 8.8-10; 9.15; 10.12-18; 12.24; 13.20). Somente o sangue de um sacrifício confirma uma Nova Aliança (Êx 24.8; Zc 9.11; Hb 9.12; 13.20; Rm 3.25; 5.9).

Na Nova Aliança não existe mais a necessidade de sacrifício de animais, porque Jesus se sacrificou em definitivo por nós, éramos para estar lá naquela cruz. E isso nos remete a verdadeira páscoa, Cristo morreu no nosso lugar, afim de que tenhamos paz com Deus por meio de seu sangue derramado naquela cruz. Tudo se cumpriu em Jesus, diz as Escrituras que suas pernas não seriam quebradas (Jo 19.33), e cumpriu-se uma das regras da páscoa (19.36; Êx 12.46). O sangue fluiu de sua ferida (Jo 19.34), mostrando que sua vida havia sido entregue no lugar dos outros. Assim como o cordeiro havia morrido para salvar a vida das famílias israelitas na Páscoa, também a morte do Filho de Deus na cruz trouxe a salvação ao mundo.

Feliz Páscoa!

Referências Bibliográficas:
[1] Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento/ Craig S. Kenner; Tradução de José Gabriel Said, Thomas Neufeld de Lima (acréscimos da segunda edição em inglês). - São Paulo: Vida Nova, 2017. Pág. 281.
[2] Bíblia de Estudo NVT, Mundo Cristão.
[3] Ibid.
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Por Flávio G. Souza

Os críticos da doutrina da Santíssima Trindade frequentemente chamam os cristãos de contraditórios, pagãos, irracionais e de diversos termos pejorativos. Isso ocorre devido ao fato de uma das bases do cristianismo ser a crença na Santíssima Trindade, que para muitos parece ser ilógica, contraditória e sem fundamento nas Sagradas Escrituras.

Frequentemente quando encontro pessoas que acham que a doutrina da Santíssima Trindade foi uma invenção da igreja católica, os argumentos usados não passam de espantalhos hermenêuticos e exegéticos, alguns devido a sua ignorância por não conhecerem o assunto, outros porque se acham autossuficientes, por alegarem ter encontrado nas Sagradas Escrituras uma explicação completa sobre a natureza de Deus. 

Mas neste breve estudo quero mostrar que a crença na Santíssima Trindade não representa crer em um triteísmo, misticismo e muito menos no racionalismo. Ao contrário, crer na Santíssima Trindade é de grande importância, pois trata da doutrina de Deus e de Sua natureza, principalmente porque nos ajuda a compreender a soteriologia de forma mais ampla.

1. O que a Trindade não representa:

Frequentemente acusam os cristãos de crerem em três deuses, por não explicar como Deus pode ser uno e trino. A grande questão está aí, não é um triteísmo, a Santíssima Trindade nos ensina que existe um único Deus, mas em três pessoas distintas, e isso esta em total conformidade com o Shemá judaico.

2. O Shemá Judaico e a Santíssima Trindade:

O Shemá Judaico é encontrado no texto de Deuteronômio 6.4 que diz:

Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor

Deuteronômio 6.4

Muitos se apoiam neste texto na tentativa de refutar a doutrina da Santíssima Trindade, mas olhando o texto hebraico fica mais claro o significado. A palavra "..único.." usada em Deuteronômio 6.4, no hebraico é ’echad (אחד), que significa uma unidade composta e não de uma unidade absoluta. Até no áureo do judaísmo encontramos a unidade composta de Deus na expressão ‘único’.

Outro exemplo onde essa mesma palavra aparece é em Gênesis 2.24:

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma (אחד ’echad) carne.


Gênesis 2.24

A palavra hebraica ’echad (אחד) traz o significado de duas pessoas serem uma só carne, como em Deuteronômio 6.4, significa uma unidade composta e não uma unidade absoluta. Só essa explicação já esclarece e muito quem tem dúvidas sobre este tema tão interessante. Essa crença está em total conformidade com o monoteísmo judaico.


Onde encontramos a Trindade nas Sagradas Escrituras?

Podemos encontrar a Trindade em diversos trechos das Sagradas Escrituras, desde Gênesis até o Apocalipse, e tudo isso em concordância com os textos Sagrados:
  • O Pai cria todas as coisas por intermédio de Jesus Cristo (Cl 1.15-17; Hb 1.2).
  • O filho continua a estar envolvido na criação, sustentando todas as coisas pela sua Palavra (Hb 1.3).
  • Quando Jesus vem a terra, ele é enviado pelo Pai (Jo 6.38-40; 17.20-21).
  • Ele nasce por intermédio de uma virgem pelo Espírito Santo (Lc 1.34-35).
  • Ele é batizado e o Pai fala do céu, e o Espírito Santo desce em formato de pomba ((Mc 1.9-11).
  • Deus entrega o seu filho, afim de justificar os pecadores (Jo 3.16; Rm 5.1).
  • Somos reconciliados por meio da morte de Cristo na cruz (2 Co 5.19).
  • Jesus envia o Espírito Santo (João 15.26).
O Espírito Santo é uma pessoa ou uma força ativa?

Muitos grupos sectários que não acreditam na Santíssima Trindade, usam o argumento que ela não existe pelo Espírito Santo não ser uma pessoa e sim uma força ativa. Mas a grande questão é, se a pessoa do Espírito é uma força ativa, como interpretar o texto de Atos 5.3, quando Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo? Ora, só podemos mentir pra uma pessoa, como então eles mentiram a uma força ativa?

A Bíblia nos revela que o Espírito Santo também é Deus (1 Co 3.16; At 5.3). Se define uma pessoa a partir das seguintes características: intelecto, vontade e sentimentos. O Espirito Santo possui todas essas características, pois Ele também se entristece (Ef 4.30), nos consola (Jo 16.7), pensa (Rm 8.17), deseja (1 Co 12.11), ama (Rm 15.30), se alegra (Gl 5.22-23) e nos encoraja (At 9.31).[1]

Há uma contradição lógica na Trindade?

Toda a criação é três em um, isso nos revela um pouco da natureza do Deus uno e trino. E em toda a Escritura, vemos a Santíssima Trindade se revelando, o problema dos críticos está em justamente explicar isso. Na tentativa de refutar, argumentam que a Santíssima Trindade é contraditória e não se encontra na Palavra de Deus, mas essas pessoas que usam esse tipo de argumentação estão completamente enganadas, pois como bem disse Jonas Madureira, 'Para começar o que é uma contradição? Segundo Simon Blackburn, autor do dicionário Oxford de filosofia, "uma contradição é uma conjunção de uma preposição com a sua negação". Ou seja, toda conjunção de tipo "P e não -P" é contraditória. Por exemplo, a conjunção "Jesus é Deus" e "Jesus não é Deus" é uma contradição explícita, pois é impossível que Jesus seja Deus e, ao mesmo tempo, não seja Deus.[2]

É possível explicar a Santíssima Trindade?

Um dos grandes desafios entre os cristãos, está nesta procura de tentar explicar uma parte da doutrina de Deus, tratando-se de Sua natureza. Vemos claramente nas Sagradas Escrituras Deus se revelando em três pessoas distintas, isso nos explica o porque de Jesus ter morrido em nosso lugar, como disse Tim Chester: na visão cristã o próprio Deus que faz a proposta, o Pai apresenta o Filho como sacrifício propiciador, Jesus oferece a si mesmo no nosso lugar, desviando a ira divina com a sua morte. Ele se interpõe entre nós e a santa ira de Deus.[3]

Cada pessoa da Santíssima Trindade tem o seu papel, não seria possível aplacar a ira de Deus contra a humanidade se Cristo fosse a mesma pessoa do Pai, este é um dos erros do unicismo que leva à grave afirmação que a humanidade era devedora do diabo. Crer nisso, é colocar Satanás como co-autor na salvação. A humanidade era alvo da ira de Deus, é ao Criador que ofendemos quando pecamos. Por isso tornou-se necessário Jesus vir e morrer em nosso lugar, para que a ira de Deus fosse descarregada sobre o Filho de Deus, e assim ser possível ter acesso ao Pai (1 Jo 2.2).

Conclusão

Sabemos que Deus é uno e trino, isso não é contraditório a lógica, a grande questão é como explicar. Uma contradição é insustentável, e não se sustenta por muito tempo. A doutrina da Trindade por tratar de uma verdade revelada nas Sagradas Escrituras, passa para o campo do supra racional. Reflita consigo mesmo, nós seres humanos, mal nos conhecemos, quem dirá em conhecer o Criador em sua totalidade, somos limitados para compreender um Deus ilimitado.

Deus abençoe. 
Graça e paz.

Referencias Bibliográficas:
[1] GONÇALVES. Flávio Souza, Evangelho segundo as Escrituras, A Bíblia e a Trindade, https://evangelhosegundoasescrituras.blogspot.com/2017/10/trindadeeabiblia.html
[2] Inteligencia Humilhada, Jonas Madureira, Pág. 177, Edições Vida Nova, 2018.
[3] CHESTER, Tim, Conhecendo o Deus trino,  Editora Fiel.
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Por Flávio G. Souza

É triste ver a decadência que a igreja se encontra por causa do politicamente correto. Além dessas pessoas não se decidirem, essa ditadura vive favorecendo a agenda progressista que é contrária a cosmovisão judaico-cristã, mas insistentemente vem sendo adotada por alguns ditos "cristãos".

Os efeitos da sociedade pós-cristã vem afetando principalmente os que não conhecem profundamente o que diz a Palavra de Deus. Os falsos mestres se aproveitam da falta de conhecimento por parte de alguns cristãos com o propósito de ganhar influencia somente para se promoverem disseminando heresias destruidoras a fé cristã.

Agem de forma covarde, justamente para usar as pessoas como massa de manobra com o propósito de atacar a todos que se opõe aos seus erros doutrinários. Por que não encontramos mais pregadores como João Batista? Semelhantes como o Apóstolo Paulo? O politicamente correto está calando os pregadores comprometidos com a verdade revelada na Palavra de Deus, e o que a maioria dos cristãos fazem? Não vemos mais cristãos que tem a Cristo como referência de conduta. Que cristianismo superficial que muitos estão vivendo?!

Como bem observou o pastor Ciro Sanchez Zibordi a respeito deste tema:

No evangelho politicamente correto, o amor substitui a verdade e é mais importante que o próprio evangelho. Em outras palavras, é melhor tolerar a heresia do que parecer desamoroso com o mundo. Assim, invés de pregar e ensinar a Palavra  como ela é - cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; At 1.8)-, os cristãos devem fazer as pazes com os pecadores, lavar os seus pés, pedir-lhes perdão por terem sido tão "preconceituosos" e "intolerantes". 



Mas, seria mesmo o amor uma justificativa para desistir do evangelho? Segundo as Escrituras, o amor e a verdade são indissociáveis (Ef 4.14-15). No verdadeiro cristianismo, prevalece a unidade em amor em torno da verdade (Jo 13.35), e não a unidade com aqueles que ensinam heresias ou apoiam comportamentos anticristãos.[1] 


O grande problema dos que adotam o comportamento politicamente correto é a tolerância com ensinos que são destrutivos a fé cristã, como se as doutrinas fundamentais da fé fossem assuntos secundários. Essa atitude vem levando muitos a criarem para si um falso conceito sobre quem Deus é. Um exemplo prático disso, é o famoso não julgueis, que vem sendo muito mal interpretado, se não podemos julgar o erro, negamos a existência da verdade absoluta.

Muitos criaram uma imagem de um Deus que é só de amor, excluindo assim Sua santidade e justiça. Mas o mesmo Deus que amou, é o mesmo que irá condenar os réprobos, e o que estamos muitos andam pregando por aí a fora? As pessoas querem reduzir Deus a conceitos humanos, mas Ele é muito mais do que imaginamos. Jesus pregou o amor, mas ele também entrou no templo e expulsou todos os que vendiam e compravam (Mt 21.12-13). Deus é amor e não tolera o pecado.

Amar o próximo não é a tolerância com o pecado, a prática do amor também inclui o julgamento, pois quando corrigimos a alguém que está no erro fazemos o bem e não o mal (Lc 12.57). Da mesma forma Deus nos corrige porque Ele nos ama (Hb 12.6), e nós não podemos julgar atitudes erradas para procurar corrigir por amor o nosso próximo? Paulo descreveu o que é o amor em 1 Coríntios 13 e muitos fazem de conta que "amar não é julgar", mas a luz da Palavra de Deus quem ama julga (1 Co 13.6).

O evangelho do politicamente correto está matando as pessoas em nossas igrejas, não se prega mais sobre a justiça de Deus, arrependimento e pecado. E ainda ficamos questionando o porquê que a igreja se encontra em um grande estado de apostasia? Se queremos um avivamento verdadeiro, temos de voltar as Escrituras, precisamos voltar aos pilares da fé cristã.

Referência Bibliográfica:
[1] João Batista, O pregador politicamente incorreto, Ciro Sanchez Zibordi. Editora CPAD, 2018. Pág. 46.
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Por Flávio G. Souza

Neste breve estudo quero tratar de dois famosos pecados que muitos cometem conscientes, outros inconscientemente por não conhecerem o que diz a Palavra. São os famosos pecados de omissão e comissão, se você nunca ouviu falar sobre esse tipo de pecado, irei explicar neste artigo de forma clara e objetiva.

A pouco tempo andei pesquisando sobre uma determinada igreja, mas o que vi lá sinceramente foi terrível. Até que chegou o momento que não aguentei, então comecei apenas a expor e questionar que base bíblica usavam para fundamentar a crença deles. Claro, fiz isso por amor, para tentar obter as respostas aos meus questionamentos, e se eles estiverem no erro poder alertá-los. Bem, o resultado não foi muito bom, isso porque a maioria deles estão com a mente cauterizada, pois usam diversos textos da Bíblia fora do contexto na tentativa de fundamentar as suas crenças. O problema não está em eles quererem defender a sua crença, claro eles têm todo o direito. O problema habita no que chamamos pecado de omissão e comissão. Omissão por saber o que deve ser feito e não o fazê-lo, comissão por participar indiretamente das práticas errôneas, quando se teve a oportunidade de fazer o certo, e se omitiu (Tg 4.17).

Quando conhecemos o correto e nos calamos de forma deliberada, cometemos esses pecados. E conforme temos conhecimento sobre a verdade da Palavra, mais aumenta a nossa responsabilidade. Nosso pecado por nos calarmos diante do erro se torna-se mais grave, mas hipócrita e mais danoso que o pecado de um incrédulo ou ateu.[1] Mais grave porque pecamos contra um maior conhecimento. Mais hipócrita porque declaramos que cremos, mas desobedecemos. Mais danoso porque os nossos pecados são mestres do pecado dos outros.[2] O apóstolo Pedro diz: “Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2 Pe 2.21).[3]

Os pecados de omissão e comissão são combatidos quando nos submetemos a autoridade das Sagradas Escrituras que nos ordena a julgar tudo conforme a reta justiça. Infelizmente muitos dizem, "mas não podemos julgar...", diferente do que eles pensam, temos uma Bíblia que manda julgarmos tudo segundo o que é justo (Cf. Jo 7.24). Aquele que se omite dessa tarefa, peca gravemente contra a sua própria fé, se fazendo tão digno do castigo como de quem está no erro conscientemente (Rm 1.32). Ambos conhecem o juízo de Deus sobre a atitude de tentar encobrir o erro, é aquela famosa frase, "Mas da resultado, então está valendo" ou "Ele está ganhando almas, isso é o que importa", mas não é bem assim.

O fim deve justificar os meios, se nosso propósito é pregar a Palavra, não podemos usar de mentiras e artifícios que a Bíblia não permite para alcançarmos um objetivo, devemos ter nossa vida regrada pela Palavra de Deus. Se atropelarmos esses princípios, nós atrairemos as pessoas com nossos discursos, fazendo elas se espelharem em homens falhos e pecadores. Mas façamos como o Apóstolo Paulo, sejamos imitadores de Cristo (1 Co 11.1). De tal forma que elas olhem para nós e vejam Cristo e não a nossa pessoa, pois o importante é necessário que ele cresça e que eu diminua (João 3:30). Um dos erros da igreja moderna é fazer com que as pessoas venham para as reuniões por causa de cantores famosos, pregador X como a atração do "culto", mas não deve ser assim, devemos espelhar a pessoa de Jesus Cristo e jamais a nós mesmos.

Por que as pessoas que conhecem a vontade de Deus, deliberadamente a desobedecem? Em primeiro lugar, por orgulho. O homem gosta de considerar-se o dono do seu próprio destino, o capitão da sua própria alma. Em segundo lugar, pela ignorância da natureza da vontade de Deus. Muitas pessoas têm medo da vontade de Deus. Pensam que Deus vai fazê-las miseráveis e infelizes. Mas a infelicidade reina onde o homem está fora da vontade de Deus. O lugar mais seguro para uma pessoa estar é no centro da vontade de Deus. O que acontece àqueles que deliberadamente desobedecem a vontade de Deus. Eles são disciplinados por Deus até se submeterem (Hb 12.5-11). Eles perdem recompensas espirituais (1 Co 9.24-27). Finalmente, eles sofrerão consequências sérias na vinda do Senhor (Cl 3.22-25).[4]

Somos servos de Deus, mas muitos esquecem que o verdadeiro servo é aquele que faz a vontade de Deus. Como podemos chamar Deus de Senhor se não fazemos o que Ele ordena na Sua Palavra? O verdadeiro servo tem uma vida consagrada a Deus, com a leitura das Sagradas Escrituras. Mas como saber a vontade de Deus para nossa vida? Devemos olhar para Jesus, a comida de Jesus era fazer a vontade do Pai (Jo 4.34). A vontade de Deus é que dirigia sua vida. A vontade de Deus é que Seu povo se alegre, ore e dê graças em tudo (1 Ts 5.16-18). Deus revela a Sua vontade para todos aqueles que desejam obedecê-la: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele...” (Jo 7.17). Nós devemos procurar compreender qual é a vontade do Senhor. O apóstolo Paulo ordena: “Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.17). Nós devemos experimentar a vontade de Deus (Rm 12.2). Nós devemos fazer a vontade de Deus de todo o nosso coração (Ef 6.6). Quais são as recompensas daqueles que fazem a vontade de Deus? Eles se regozijam em profunda comunhão com Cristo (Mc 3.35), têm o privilégio de conhecer a verdade de Deus (Jo 7.17), têm suas orações respondidas (1 Jo 5.14,15) e a garantia de uma gloriosa recompensa na volta de Jesus (Mt 25.34). Qual é a nossa atitude em relação à vontade de Deus? Ignoramo-la? Conhecemo-la, mas deliberadamente a desobedecemos ou obedecemo-la com alegria? Quem obedece a vontade de Deus pode até não ter uma vida fácil, mas certamente terá uma vida mais santa, segura e feliz.[5]

Mostrar o erro diferente do que muitos pensam, é fazer o bem, e se deixamos de fazer o bem pecamos, isso é claro em Tiago 4.17, de tal forma que eles não podem se refugiar no argumento de que não fizeram nada de errado, mas pecaram por que deixaram de fazer. Os pecados de omissão são tão reais e sérios quanto os pecados de comissão. Na parábola de Jesus, o servo que deixou de usar o dinheiro que lhe foi confiado (Lc 19.11-27); os “cabritos” que não se importaram com os párias da sociedade (Mt 25.31-46) — eles são condenados por aquilo que deixaram de fazer. Outro ensino de Jesus nos lembra obrigatoriamente das palavras de Tiago aqui: “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites” (Lc 12.47).[6]

Quando começamos a fazer o correto, que é corrigir os erros, para que assim outros não venham cair no engano que outras pessoas estão indo cegamente, certamente seremos acusados de discurso de ódio, fazer confusão e coisas do tipo. Mas quem faz essas acusações, está equivocado, quem propaga falsos ensinos são os falsos mestres, é normal sermos perseguidos com isso, como bem disse D. Martin Lloyd Jones:

"Leiam o Velho Testamento e descobrirão que os falsos profetas sempre foram muito mais populares que os profetas verdadeiros. Pobre Jeremias, como ele sofreu nas mãos deles! E ele não foi o único. Por que eram os falsos profetas tão populares? Bem, não é óbvio? A mensagem deles era esta: "Paz, paz," quando não havia paz. A acusação trazida contra eles era que "curam a ferida da filha do meu povo superficialmente, dizendo: paz, paz; quando não há paz" (Jeremias 6:14). Pregadores e profetas que deram ao povo a impressão que tudo estava bem com eles, que eles eram o povo de Deus, que não havia razão para se preocuparem. Mas então veio o profeta verdadeiro, e ele investigou, esquadrinhou, condenou e censurou. E o povo disse: "Quem é este?" Quero dizer de passagem que a coisa que me dá grande prazer e que me encoraja tremendamente, de todas as coisas que pessoas me disseram a respeito do meu ministério, é algo que foi dito por uma senhora, que protestou: "Este homem prega a nós como se fôssemos pecadores!" Exatamente. No entanto o povo hoje não quer ser examinado, não quer ser investigado, quer ouvir que tudo está bem." [7]

É normal os falsos Mestres terem muitos seguidores, pois eles falam apenas o que agrada a seus ouvintes, por isso devemos nos ocupar para pregar o verdadeiro evangelho. A verdade irá ofender muita gente, foi assim com Jesus (Jo 6.66), então por que temos de usar palavras bonitas? A verdade confronta, mas cura, também não vamos sair espalhando a verdade de qualquer maneira, pois podemos afastar as pessoas ao invés de aproximar. Diga a verdade com amor da melhor maneira possível, assim como Jesus fez. Precisamos nos ocupar com a defesa do Evangelho por amor a Deus e ao nosso próximo, como bem definiu D. Martin Lloyd Jones:

Devemos nos ocupar com a defesa do evangelho tanto quanto com a sua propagação. Devemos defendê-lo, e batalhar por essas doutrinas que enumerei, até ao ponto de darmos nosso sangue, se necessário. Todavia isso não é ter um espírito contencioso. O que é fatal é ser contencioso, ter um espírito faccioso, e colocar rótulos e então nos preocuparmos mais com os rótulos do que com o próprio Senhor Jesus Cristo [8]

A Bíblia nos ordena a julgar tudo conforme a reta justiça (Jo 7.24), e condenar as obras infrutuosas das trevas (Ef 5.11).

Deus abençoe.
Graça e paz.

Referências bibliográficas: 
[1] BAXTER, Richard. The Reformed Pastor. Pennsylvania: The Banner of Truth, 1999, p. 76,77.
[2] SHAW, John. The Character of a Pastor According to God’s Heart Considered. Morgan, Pennsylvania: Soli Deo Gloria Publications, 1998, p. 5,6.
[3] LOPES, Hernandes Dias. Tiago: transformando provas em triunfo/Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2006 .p. 95.
[4] Ibid, p. 96.
[5] Ibid, p. 96-97.
[6] Tiago, Introdução e comentário. Douglas J. Moo. Editora Vida Nova, Série Cultura Bíblica .p. 157-158.
[7] Avivamento, D. Martin Lloyd Jones; Ed. Publicações Evangélicas Selecionadas. p. 75
[8] Ibid .p. 70
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Por Flávio G. Souza

Ainda no meio cristão, podemos encontrar pessoas que são adeptas da falsa doutrina chamada maldição hereditária, mas nesse artigo quero estar refutando esse engano pela Bíblia que é nossa regra de fé e prática.

Os adeptos desse ensino se utilizam de Deuteronômio 5.9; 30.19, Êxodo 20.4-6 e Levítico 26.39 para afirmar que Deus castiga por várias gerações, baseado no comportamento dos pais. Mas os textos em pauta não afirmam isso, eles estão relacionados à nação de Israel e à idolatria. Em nenhum momento as passagens afirmam que Deus castiga uma pessoa pelo pecado cometido por seu antepassado.

Também não diz nada acerca de “espíritos” de alcoolismo, do adultério, da pornografia etc. É um equívoco interpretar o texto dessa maneira, isso não passa de achismo. Devemos extrair do texto a verdade e não acrescentar nosso pensamento.

O sentido de todas as passagens utilizadas para afirmar que existe maldição hereditária, apenas revelam que o pecado tem efeitos ou consequências mortais, não apenas para quem prática, mas também para outros. Pois, os filhos que permanecem na mesma prática pecaminosa do pai, apenas demonstra que não ama a Deus. Deus de forma alguma vai amaldiçoar o filho dos idolatras simplesmente por serem seus filhos, mas apenas por repetirem a mesma prática pecaminosa do pai. De igual modo Deus não irá abençoar os filhos dos justos simplesmente por serem seus filhos, antes, fará que se tornem participantes e imitadores da fidelidade dos pais. As maldições da Bíblia são citadas no Antigo Testamento sobre todos aqueles que não desfrutam da comunhão com Deus (Cf. Dt 27.11-25; Ml 2.2).

Os justos são abençoados por Deus e não podem ser amaldiçoados (Nm 23.8,23; Pv 3.33; 26.2; Rm 8.33-34; 1 Jo 5.18). Ao mesmo tempo que a Bíblia previne sobre as consequências do pecado, também ensina (e faz isso claramente) sobre a responsabilidade de cada indivíduo. Todos nascem pecadores e são totalmente depravados em consequência da desobediência de Adão. Mas cada um é responsável por si, e dará contas de seus próprios atos a Deus (Cf. Jr 31.29-30; Ez 18.20; Rm 6.6,7; 1 Co 5.7; Gl 3.13; Cl 2.14-15).


A falta de conhecimento sobre o tema muita das vezes causa medo nos cristãos, que pensam que o motivo do fracasso é em ocasião de maldições que não foram quebradas, como bem definiu Paulo César Lima, diz ele "Muitos cristãos, estranha e absurdamente, têm vivido à margem da vida vitoriosa outorgada por Jesus Cristo pelo fato de estarem admitindo em suas vidas maldições que o sacrifício de Jesus já cancelou de uma vez por todas [Cl 2.14,15]. Tem gente vivendo uma dramática história de dor, angústia e sofrimento, por achar que tudo o que lhe acontece é em função de um laço sanguíneo maldito contra o qual não pode lutar e do qual não pode escapar. Eu conheço pessoas que, mesmo sendo cristãs, vivem a fatídica perspectiva de que estão sob maldição. Muitos outros vivem a síndrome de Proteus, rolando a pedra da sua maldição imaginária dia após dia, subindo e descendo a montanha de sua existência miserável. Ainda há os que vivem de braços dados com a superstição: não deixam chinelo virado dentro de casa; têm medo de mau olhado, de pragas pronunciadas; não saem de casa nas sextas-feiras treze; não pulam fios e vigiam dia e noite por medo do diabo. Por essas e outras tristes realidades no meio evangélico é que escrevo sobre o assunto, a fim de dirimir dúvidas que porventura vêm tirando o sono de pessoas que ainda não conseguiram entender a esmagadora vitória de Jesus no Calvário, anulando em definitivo toda a maldição do pecado que pesava sobre nós.[1]

O sacrifício de Cristo é suficiente para nos livrar de toda e qualquer maldição, por isso nossa confiança está em Deus.

Bibliografia:
[1] Paulo César Lima, O que esta por trás do G-12, Pág. 92.

Bíblias Utilizadas:
Bíblia Apologética com os apócrifos.
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Por Flávio G. Souza

Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas.


Isaías 45.7

Este é um questionamento levantado por céticos e outras pessoas que por falta de uma boa explicação do texto acabam dando uma péssima interpretação ao texto, mas será que Deus é o autor do pecado e do mal? 

Na Bíblia de Jerusalém nós encontramos uma tradução melhor do texto, onde ela retrata o "mal" descrito de forma mais clara:

Eu formo a luz e crio as trevas, asseguro o bem-estar e crio a desgraça: Sim eu, Iahweh, faço tudo isso.

Is 45.7 - Bíblia de Jerusalém

O texto diz que Deus exerce o juízo e não que ele faz o mal em referência ao pecado, até porque o termo hebraico רָע (ra') que é usado também não denota essa interpretação. 

No dicionário Strong essa palavra significa:

procedente de H7489; DITAT - 2191a,2191c adj.
1) ruim, mau
  1a) ruim, desagradável, maligno
  1b) ruim, desagradável, maligno (que causa dor, infelicidade, miséria)
  1c) mau, desagradável
  1d) ruim (referindo-se à qualidade - terra, água, etc)
  1e) ruim (referindo-se ao valor)
  1f) pior que, o pior (comparação)
  1g) triste, infeliz
  1h) mau (muito dolorido)
  1i) mau, grosseiro (de mau caráter)
  1j) ruim, mau, ímpio (eticamente)
    1j1) referindo-se de forma geral, de pessoas, de pensamentos
    1j2) atos, ações n. m.
2) mal, aflição, miséria, ferida, calamidade
  2a) mal, aflição, adversidade
  2b) mal, ferida, dano
  2c) mal (sentido ético) n. f.
3) mal, miséria, aflição, ferida
  3a) mal, miséria, aflição
  3b) mal, ferida, dano
  3c) mal (ético)

O mal como muitos pensam, não é que Deus faz o pecado, pois com Ele o mal não habita (Sl 5.4), mas é referente ao mal de juízo, pois é Ele quem governa nossas vidas, e ele permite que venhamos a passar certas situações para que estejamos alinhados a cada dia na Sua santa e perfeita vontade.
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Por Sander de Cristo 


Jesus de Nazaré: O Cristós (Χριστός) = Ungido de Deus


O nome Jesus é uma transliteração do grego para o latim e por fim o português. Neste caso, Yeshua que significa Salvador, o idioma grego não existe o fonema “sh”. Este método adotou o fonema “s” modificado a grafia para “Yesua”. O sufixo “a” no grego é feminino e o masculino é “ous”. A sua definição então fica como “Yesous”. Aqui temos uma transliteração do hebraico para o grego. 



No latim o sufixo é “us” e não “ous”, mudando para expressão “Yesou”. Aqui temos a transliteração do Grego para o latim. Em algumas línguas Latinas a pronúncia da semivogal “Y” é feita no som da letra “J”. Por exemplo, (“Yo” se diz Jô). 


Devido a alteração fonética mudou-se também a grafia “Iēsus” passou a ser “Jesus”. Quem lembra da placa sobre a cabeça de Cristo escrita INRI (acrônimo de Iēsus Nazarēnus, Rēx Iūdaeōrum = Jesus Nazareno o Rei dos Judeus. Jesus é a transliteração do Latim para o português e demais línguas. 


Independentemente de que a língua seja o Hebraico, Aramaico, Grego ou Latim, o nome de Jesus Cristo terá a mesma eficácia salvífica, referência de obra e testemunho glorioso. Os incautos e tolinhos adeptos do G12 e suas ramificações, estão descobrindo o "Brasil" dizendo que Jesus não é o nome de YESHUA, mas infelizmente não levam em consideração que os escritos do Novo Testamento estão em grego e não em hebraico ou aramaico, impedindo que exista qualquer modificação textual, pois quebraria a sua originalidade. 


Pronunciar o nome de Jesus em hebraico seria o mesmo que anunciar o evangelho em língua desconhecida para quem só entende o português, e assim, promover obscuridades e dificuldades ou invés da transparência da verdade que há em Jesus Cristo. Caso seja insuficiente o que fora supracitado, escolha um destes nomes e chegarás a Vida, pois ambos estão profeticamente correlacionados a Cristo e ao seu Ministério: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Leão de Judá, Cordeiro de Deus, Advogado, Juiz, Pão da Vida, Videira, Mensageiro da Nova Aliança, Renovo, Redentor, Salvador, Purificador, Filho de Deus.

Revisão: Flávio G. Souza
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