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Recentemente, o pastor Kleber Lucas virou motivo de chacota na internet, por uma crítica feita ao louvor “Alvo mais que a neve”. Você certamente já deve ter visto algum vídeo ou charge envolvendo o tema, o que mais assusta nisso é o fundamento apresentado por esses novos “Luteros”.
A Bíblia é o manual de fé e pratica do cristão, a pessoa que se deixa levar por essa teologia social, olha a Escritura com uma ótica hermenêutica distorcida da verdade. Por exemplo, quando Davi escreveu no Salmos 51.7:
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
A ideia não é um racismo estrutural por parte do tradutor, o Hissopo era uma planta usada para borrifar água ou sangue sobre pessoas ou objetos em cerimônias de purificação (Cf. Lv 14.1-7; Nm 19.16-19). Aqui, a cerimônia de purificação é uma figura de linguagem sobre o perdão e a restauração espiritual.
Se de fato existisse o suposto “racismo”, toda a Escritura precisaria ser atualizada, e é esse o objetivo desta teologia social, como vamos interpretar Isaías 1.18, com essa lente hermenêutica?
O louvor Alvo mais que a neve trás a ideia de sermos puros diante de Deus, livres de toda imundícia, ou seja, separados do pecado, significa viver uma vida de santidade. Ser alvo mais que a neve para o cristão pode ser definido pelo ato de viver uma vida moralmente limpa, de obediência a Deus e de amor ao próximo. Ela é realizada por meio da nossa fé no poder da morte de Cristo em nosso lugar e pelo nosso arrependimento dos pecados (Ef 5.26-27; Tt 2.14; Hb 1.3; 1Jo 3.2-3).
Pense nisso.
Sola scriptura.
A Reforma não teria ocorrido enquanto os livros tivessem de ser escritos à mão. A imprensa divulgou os livros que despertaram a mente humana e aprofundaram as pesquisas da verdade. As descobertas geográficas provocaram a rápida expansão do comércio e da indústria e despertaram em todas as nações europeias veemente desejo de colonização. Na esfera política, a nova fase manifestou-se num rápido desenvolvimento da vida nacional e do poder político, tanto na França como na Espanha e na Inglaterra. (NICHOLS, 2000)
Referência bibliográfica:
[1] NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. 11ª Ed. Editora Cultura Cristã, São Paulo, Pág. 149-150, 2000.
A Bíblia manda orar pelas autoridades, pois elas foram instituídas por Deus:
Graça e paz.
Pense nisso.
Se música do "mundo" se referir ao ritmo - tipo rock, samba, hip hop, funk - aí temos outros problema, pois não existe como definir um ritmo que seja "santo" e outro que seja "mundano".
Mas para realmente sabermos o sentido desta afirmação, precisamos entender o que representa a unção no Antigo e no Novo Testamento.
Na Nova Aliança todos os crentes são os ungidos do Senhor (Cf. 1 Jo 2.20, 27), portanto não existe ninguém maior por causa de um título, o que eles têm são mais RESPONSABILIDADE com o trabalho que desempenham na casa de Deus. Não se deixe ser enganado por pessoas que utilizam do medo para dominar, Deus não trabalha no medo, mas aperfeiçoa nosso caráter através do amor derramado em nosso coração (Rm 5.5).
O texto usado para afirmar que Deus odeia o pecado e também o pecador é Salmos 5.5, que diz:
Quando Davi escreveu este Salmo, ele estava sendo fortemente oprimido pela crueldade de seus inimigos, e sentindo-se prejudicado, suplica para que Deus o socorra. Ele demonstra em suas palavras a sua indignação a propaganda fraudulenta dos inimigos que o rodeava, demonstrando o quão inconsistente seria o caráter de Deus caso eles fossem deixados impunes (Cf. v.4).
O caráter justo de Deus não pode deliciar-se com a maldade, nem mesmo em um único ato de mau comportamento. O mal que se refere este salmo é o pecado de caluniar os outros, fofocando e espalhando boatos sobre eles. Pessoas que mentem sobre os outros, na verdade, recebem algum prazer perverso de seus atos perversos. Dá-lhes um sentido de ser superior, ou melhor do que a pessoa que está sendo degradado ou caluniado. Ela desperta uma sensação de satisfação em seus desejos corruptos, e naturezas depravadas.[1]
- O pecado nos separa de Deus
- Deus odeia a todos os que praticam o mal
- Autojustificação
Como então vamos conciliar esses textos polêmicos com outros textos que afirmam que Ele nos amou (Jo 3.16; 1 Jo 4.19)? É possível Deus nos odiar e nos amar ao mesmo tempo, sendo esses sentimentos antagônicos? Os opositores desta concepção manipulam outros textos bíblicos na tentativa de refutar essa objeção. Mas é simples, o Apóstolo Paulo escreveu na carta aos romanos que nós eramos inimigos de Deus, mas Cristo morreu pelos pecadores nos reconciliando novamente com Ele, nós nos apropriamos deste benefício gratuitamente pela fé (Cf. Rm 5.1, 6, 10).
Sem a Graça somos incapazes de fazer o bem e agradar a Deus (Rm 7.15), e se Ele quisesse nos condenar a morte eterna, continuaria sendo bom, justo e perfeito, mas por misericórdia enviou Seu Único Filho para salvar a todos os que creem. A ira de Deus vai ser derramada sobre todos os que se recusaram conhecer a verdade revelada em Jesus Cristo, por isso que a Bíblia fala dos vasos de desonra preparados para a destruição (Cf. Rm 9.22; 1 Tm 2.20-21). Ninguém vai poder dizer que é inocente, pois não se importaram em ter o conhecimento de Deus (Rm 1.28-32).
A santidade de Deus não pode tolerar qualquer presença de pecado algum. Os pecadores não podem entrar em Sua presença (Sl. 24:3-5). Foolish (halal) significa, literalmente, para fazer brilhar, para louvar, para se vangloriar. Outras versões traduzem aqui como arrogante, orgulhoso, e arrogante. Este é o pecado de Satanás, que se exaltou acima de Deus (Is. 14.13-14). O orgulho é o pecado que está no topo da lista de sete abominações contra o Senhor (Pv. 6.16-19).
- Ele odeia todos os malfeitores ( v. 5 ).
Pense nisso
Graça e paz
Deus abençoe
[2] Ibid.
Bíblias Utilizadas:
Bíblia de Jerusalém
Bíblia de Estudo Thompson
Bíblia de Estudo NVT
Bíblia KJA
Somos seres humanos falhos e pecadores, todos nós estamos sujeitos ao erro, pois o único que era perfeito foi o nosso Senhor Jesus Cristo.
Por causa de nossa religiosidade muita das vezes somos injustos com nossos semelhantes, porque queremos exigir perfeição onde não existe. Por isso precisamos perdoar, pois se não perdoarmos não seremos perdoados, Jesus deixou isso claro na parábola do credor incompassivo. Davi por exemplo era um homem segundo o coração de Deus (Cf. 1 Sm 13.14), adulterou e matou Urias, mas ao tentar esconder seu pecado a mão do Senhor pesava, porém ele se arrependeu e foi perdoado (Cf, Sl 32), todavia as consequências permaneceram.
Quando pensamos que podemos esconder nosso pecado, morremos espiritualmente. Assim aconteceu com Davi ao encobrir seu erro, pois a convicção do pecado e a correção do Senhor pesava sobre ele (Cf. Sl 32.4; 38.2,10). Pena que esses assuntos são muito pouco abordados em nossas igrejas, pois a teologia da prosperidade com seus discursos motivacionais ganhou grande força entre os crentes modernos.
Quando cairmos em algum pecado devemos pedir perdão a Deus, e é necessário nos perdoarmos, pois o sacrifício de Cristo é perfeito, ele abrange os pecados do passado, presente e futuro (Hb 10.1). Se somos discípulos de Jesus, podemos até cair pois é natural da natureza humana, mas a Graça de Deus é quem nos sustenta e é ela que nos levanta quando caímos em alguma falta.
E da mesma maneira que somos perdoados por Deus, assim devemos perdoar os nossos devedores, pois assim nos ensinou Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt 18.21-35). Também temos o caso da mulher adultera, ela não precisou fazer uso da hipnose 'evangélica', regressão, e muito menos confessar com quem pecou e quantas vezes vendeu o seu corpo. O perdão de Jesus é simples "E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (Jo 8.11). Deve-se lembrar que quando ofendemos alguém, é uma obrigação confessarmos a Deus e a pessoa lesada (Tg 4.16).
Devido a falta do ensino genuíno da Palavra de Deus em nossas igrejas, vemos muitas pessoas presas no engano, pois pensam que quando ofendem a alguém com suas atitudes só devem pedir perdão a Deus e assim "resolvido o problema". Mas o perdão bíblico nos confronta e nos obriga a pedir desculpas a quem nós lesamos por ocasião de nossa má conduta. E por causa da negligência deste ensinamento nas nossas igrejas, encontramos muitas pessoas amarguradas, porque foram feridas por gente que se diz seguidor de Jesus. Se você cometeu algum erro com seu próximo e não pediu perdão, é necessário se desculpar com o ofendido, pois além de estar se curando emocionalmente, cumprirá o que a Bíblia diz.
Pense nisso.
Graça e paz.
Deus abençoe.
Essa teoria nasceu a partir de laboratórios sociais das principais universidades do mundo, ensinando que a sexualidade não passa de uma construção social.
Antigamente os defensores da agenda progressista falavam que a pessoa já nascia nessa condição, mas hoje, é pregado que a ela se torna. O quão confuso é todo esse movimento, toda hora estão mudando de pensamento, e nunca possuem uma ideologia sólida e firme por ocasião do relativismo.
A ideologia de gênero procura desconstruir os papeis dos sexos masculino e feminino, visando destruir a família tradicional e descontinuar o casamento. As Sagradas Escrituras nos ensinam que esse pecado provoca graves consequências ao ser humano, que acaba sofrendo males devido a sua desobediência (Rm 1.27).
Os adeptos da ideologia de gênero dizem que o sexo biológico não é um fator determinante para o papel masculino e feminino, ou seja, alguém que nasceu com o sexo biológico masculino, pode desejar desenvolver comportamento típico de mulher e vice-versa.
Para eles, o desejo sexual e o gênero, não estão relacionados com o sexo. Desta maneira a identidade de gênero e a orientação sexual, são construídos ao longo da vida. Mas a Palavra de Deus nos adverte severamente perante esse comportamento, o homem não pode confrontar o Criador criando sua "verdade", isso é uma afronta a Soberania de Deus (Rm 9.20).
Deus ao criar o ser humano, o fez conforme a sua imagem e semelhança, formando-os como seres sexuais, isto é, homem e mulher (Gn 1.27), e por meio de sua sexualidade deveriam povoar e governar o mundo. [1]
Deturpar esse conceito, é destruir um ponto central da sexualidade humana, pois ela ocupa um lugar central na identidade do ser humano. É impossível um ser humano ir contra uma verdade comprovada nas Sagradas Escrituras, somente o relacionamento heterossexual tem a capacidade de gerar filhos, isso é uma verdade universal.
A intimidade sexual uniu o primeiro homem e a primeira mulher os tornando uma só carne, e ainda hoje a intimidade sexual tem mesmo efeito, pois ela envolve a pessoa como um todo, validando as relações sexuais como um compromisso mútuo de ambos. [2]
Embora a relação sexual tenha sido criada antes do pecado, ela foi deturpada pelas consequências do pecado, é uma força poderosa que pode ser corrompida com facilidade caso não seja devidamente canalizada (Cf. Lv 18; 1 Ts 4.3-8).[3]
No mundo antigo acreditava-se que uma imagem continha a essência do que representava. A imagem de uma divindade, mesma terminologia aqui empregada, era usada na adoração porque continha a essência daquela divindade. Isso não significava que a imagem pudesse fazer o mesmo que a divindade nem que parecesse com ela. Ao contrário, a obra da divindade era empregada por meio do ídolo. De modo semelhante, a obra de governar o mundo deveria ser desempenhada pelo homem, criado a imagem de Deus.[4]
Os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao sexo feminino. O homem é designado como macho e a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero, pois a cultura permanece sob o julgamento de Deus (1 Pe 4.17).[5]
Deus estabeleceu sua verdade desde a eternidade, nada muda ela mesmo que nosso ponto de vista seja diferente, pois não podemos lutar contra a verdade (Cf. 2Co 13.8). Deus deixou claro, fez apenas dois sexos, macho e fêmea (Gn 1.27), uma verdade inalterável, que nossos conceitos e preconceitos jamais mudarão.
Deus ao instituir o casamento, ordenou ao homem deixar pai e mãe e se tornar uma só carne com a sua mulher (Gn 2.24), isso representa que a união monogâmica sempre foi parte do projeto de Deus para humanidade. Deus criou macho e fêmea, existe essa diferença porque um complementa o outro, pode-se mudar a cultura, sociedade e tudo o que for possível, mas a palavra do nosso Senhor permanece inalterável (Mt 24.35).
Os ativistas progressistas por diversas vezes quando confrontados com a verdade das Sagradas Escrituras, acusam seus opositores de termos pejorativos como por exemplo: fundamentalista, homofóbico e de outros diversos termos. Contra a verdade não há negociação. Se os cristãos não se unirem e permanecerem neste estado de inércia, a igreja vai se contaminar com essa modinha aprovando tudo, sem o respaldo das Sagradas Escrituras. Devemos respeitar as pessoas, isso é uma questão de ética, mas o fato de respeitarmos, não significa que vamos ser coniventes com práticas errôneas, lembre-se aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado (Tg 4.17).
Graça e paz.
Deus abençoe.
[5] Valores Cristãos, Enfrentado as questões morais de nosso tempo, Douglas Baptista, 1ª Edição, CPAD.
Por ocasião dessa liberalidade aos modismos, tornou-se comum a propagação dos falsos ensinos presentes no movimento G12, como por exemplo: cobertura espiritual, quebra das maldições hereditárias, confissão positiva, teologia da prosperidade, só que claro de forma disfarçada. E o que mais me deixa triste é ver as pessoas ficando escravas dessas heresias destruidoras.
Mas a revelação de Deus ao homem já se encontra escrita no Antigo e no Novo Testamento, não cabe acrescentar a nós mais novas revelações extra-bíblicas (Is 8.20; Ap 22.19). Como disse no artigo sobre o G12 e a cobertura espiritual, de acordo com Castellanos, Deus o orientou para que ele levasse ao mundo o "novo modelo" de crescimento de igreja. Segundo o que está disposto na cartilha do movimento, o mais produtivo é sempre conquistar pessoas "que não tenham visão alguma".[2]
Ora, uma coisa deixa em dúvida este "novo modelo", então o que foi praticado desde o período apostólico estava errado? Devemos tomar muito cuidado com essas "novas revelações", pois elas sempre aparecem com uma boa aparência, mas no fundo nega a verdade absoluta que está contida nas Sagradas Escrituras (Cf. Mt 7.5; 2 Pe 2.1). Começou com doze, mas teve a igreja de Atos que não se restringiu em grupos de doze por exemplo. Portanto estejamos centrados no que ordena a Bíblia e não procurar inovar a igreja com "novas revelações", aprendamos que a Palavra de Deus é suficiente, pois vai ser por ela que nós julgaremos se um ensino vem de Deus (Cf. Ef 5.11; Rm 12.9; 1 Ts 5.21).
Apesar do movimento G12 falar de pecado, do sacrifício de Cristo e de outros assuntos que são verdadeiros, infelizmente as doutrinas estranhas presente neste movimento são heresias destruidoras que abalam gravemente os pilares da fé cristã, como por exemplo, maldição hereditária (Onde fica o sacrifício de Cristo na cruz?), confissão positiva (Como assim nossas palavras tem poder?), mapeamento espiritual, cobertura espiritual (Nossa cobertura é o sangue de Jesus e não a famosa "teologia do guarda-chuva"), encontro com Deus, teologia da prosperidade, cura interior, e dentre outros. Todas essas falsas doutrinas vão de confronto com o que diz a Palavra de Deus, e não podemos compactuar com elas, fujamos das vãs filosofias, pois só escravizam as pessoas que adotam essa visão.
Mas isso também não quer dizer que sou contra a igreja se reunir em casas para estudar a Palavra de Deus, e sim me contraponho a submissão absoluta dos liderados aos líderes, como se eles fossem inquestionáveis. Essa prática presente no movimento G12 apenas evidencia que o propósito deles é manipular e não trazer a verdade.
Ter um líder na direção de Deus é de grande importância, mas acima de tudo devemos analisar tudo pela Palavra de Deus, como bem disse John Piper "Só se submeta ao seu pastor se ele for submisso a Bíblia", e assim precisamos ser, não seguir cegamente tudo o que falam, mas analisar tudo através das Sagradas Escrituras.
Graça e paz.
Deus abençoe.
Referencias Bibliográficas:
[1] O que está por trás do G12, Paulo Cesar Lima, 2000, CPAD, Pág. 38.
As vezes encontro pessoas com dúvidas sobre o texto de 1 Pedro 3.19, e uma grande parcela por desconhecerem as regras da hermenêutica bíblica, dizem coisas que o texto não afirma. E para que seja possível extrair o verdadeiro significado do texto, sem que a Bíblia entre em contradição, temos que nos atentarmos para as regras da hermenêutica bíblica, pois estamos tratando de um texto de difícil interpretação.
Alguns frequentemente, o interpretam como se Cristo tivesse realizado algum tipo de trabalho missionário no lugar que se encontravam os mortos, dando-lhes assim oportunidade de salvação. Eu por exemplo já vi gente tentando fazer um link de Efésios 4.8 com 1 Pedro 3.19, na tentativa de fundamentar essa interpretação, mas um estudo aprofundado em ambos os textos, derruba toda possibilidade de um trabalho missionário aos mortos.
Esta interpretação não é válida, porque ela contraria a Bíblia, após a morte vem o juízo, assim o homem tem apenas uma chance de salvação (Hb 9.27), portanto fica selado nosso destino eterno (Lc 16.19-31). Na tentativa de contra-argumentar sobre o texto de Lucas 16.19-31 algumas pessoas associam as parábolas de Jesus a fábulas, mas essa é uma afirmação equivocada porque as parábolas são figuras alegóricas para explicar uma realidade moral, já a fábula trata de ilusão. Fábulas estão correlacionadas a algo falso, uma mentira, usar este tipo de argumento é chamar Jesus de mentiroso. Se afirmamos que parábolas tem alguma relação com fábulas, estaremos contrariando as Sagradas Escrituras, pois nosso Senhor Jesus Cristo nunca falou por fábulas (1 Pe 3.18).
Para que possamos entender o texto, necessitamos ter como princípio hermenêutico descobrir qual o propósito dele ter pregado aos espíritos em prisão, e quem eram esses espíritos. O contexto está tratando da geração pré diluviana (Cf. 1 Pe 3.19-20; Gn 6.14; 7.1; 8.1, 16; Mt 24.38; Hb 11.7), e em resposta ao aumento da perversidade da humanidade Deus enviou o diluvio (Gn 6.5.7). Noé, porém, encontrou Graça diante do Senhor (v. 8), pois:
- Ele Andou com Deus em um ambiente mau (Gn 6.8-12)
- Obedeceu quando lhe foi dado uma tarefa (v. 6.14, 22;7.5)
- Foi lembrado por Deus e salvo da morte (8.1)
- Pela fé trabalhou para sua salvação (Hb 11.7)
- Advertiu seus vizinhos acerca do juízo vindouro (2 Pe 2.5)
- Edificou o primeiro altar de que há registro (Gn 8.20)
- Foi horando pelo Senhor com uma aliança eterna (9.12-17).
Vemos pela Palavra de Deus, que a interpretação sobre o trabalho missionário aos mortos, concedendo assim uma segunda chance aos que rejeitaram a mensagem sobre o juízo de Deus não se sustenta, pois eles foram avisados através de Noé. Aos que defendem esta interpretação a dilatam para incluir a teoria da provação depois da morte. Segundo essa corrente, o morto impenitente terá uma segunda chance. Porém, em nenhuma passagem da Escritura, há alguma indicação de que os que morrem sem arrepender-se terão uma segunda chance.
Segundo ponto a ser avaliado, para que possamos entender o texto com mais clareza, é necessário saber a natureza da mensagem anunciada por Cristo aos espíritos em prisão. O texto afirma que ele apenas proclamou, palavra grega (κηρυσσω) kerysso. É importante ressaltar que Pedro usa estas palavras como exemplo de castigo eterno e não de salvação, portanto a ideia de que a salvação está sendo oferecida no mundo dos mortos é fora de cogitação. Se o texto estivesse realmente se referindo a um trabalho missionário entre os mortos, Pedro teria usado a palavra grega evanggelizen e não kerysso para deixar claro que o tipo de pregação vitoriosa sobre o inimigo e toda malignidade do universo (Cf. 2 Pe 2.4-9; Cl 2.15).
Esta passagem não se refere a salvação de determinados indivíduos, mas a declaração da vitoria de Cristo sobre a morte e o inferno, logicamente o significado da expressão "pregou aos espíritos em prisão" é de que a mensagem pregada por Noé era verdadeira, pois temos a promessa da redenção descrita já Gênesis 3.15, referindo-se a vitória de Cristo na cruz.
Graça e paz.
Deus abençoe.
Referência Bibliográfica:
[1] https://evangelhosegundoasescrituras.blogspot.com/2018/10/oquesignificalevarcativoocativeiro.html. O que significa Cristo ter levado cativo o cativeiro?. Flávio G. Souza,
Bíblias Utilizadas:
Bíblia Thompson
Bíblia De Estudo Palavra Chave
Bíblia King James Atualizada (KJA)
Bíblia Apologética com os apócrifos
Essa corrente defende que no final dos tempos, Deus reconciliará todos os seres humanos a si, independentemente das obras, méritos e intenções de cada um. Mas sabemos pela Palavra de Deus, somente os que creem são salvos (Mc 16.16), não vem das obras, é uma ação exclusiva da Graça (Ef 2.8-10; Tt 2.11).
No versículo 9, Paulo usa a expressão "Ora [...] ele subiu" para destacar o fato de que Cristo subiu aos céus depois da ressurreição. O versículo continua declarando que, se Cristo subiu, obviamente teria que ter vindo ("descido") à terra em um momento anterior. Por conseguinte, a "descida" de Jesus "as partes mais baixas da terra" refere-se à sua encarnação, o que lhe possibilitou passar pela morte. A "subida" é sua ascensão, da terra ao céu, depois de sua ressurreição" (Jo 8.23; 16.28).
No versículo 8, há certa controvérsia sobre o que Cristo está "levando cativo". Contudo, o significado desta passagem é simples. Cristo derrotou o pecado e a morte pela sua ressurreição, levando-os cativos e deixando-os impotentes, como um rei faria com seus inimigos depois da sua vitória. Os "dons" (isto é, a vida eterna e a o perdão dos pecados) que são dados aos crentes são resultados da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. A analogia é que Cristo está repartindo os despojos da sua derradeira vitória contra satanás com os que o receberam. Em Salmos 68.18, Davi expressa a mesma ideia do Deus Todo-Poderoso obtendo vitória sobre satanás com os seus inimigos e levando-os como cativos. Os dons dados por Cristo (Ef 4.8), incluem coisas que permitem que um cristão tenha uma vida mais vitoriosa para Cristo, enquanto ainda está aqui na terra.
Isso representa Cristo vencendo a morte, conquistando a libertação prometida (Is 42.6-7), Ele então nos liberta desse medo (Lc 4.18, 21; Jo 8.36; Rm 7.24-25; Ef 4.8), através do evangelho, que é instrumento de libertação (Jo 8.32; Rm 8.2). Quando Cristo levou cativo o cativeiro, ele libertou os santos da escravidão do pecado (Rm 6.18,22), trazendo libertação (Dt 4.20), tipificando Israel no Egito (Êx 1.13-14).
Na maioria das nossas igrejas infelizmente temos os críticos do estudo teologia, como se conhecer mais de Bíblia fosse algo negativo para o corpo de Cristo. Eu me deparo com essas situações diariamente, tanto na internet e pessoalmente. Necessitamos mudar essa postura, se bem aplicarmos este conhecimento, teremos resultados positivos e não negativos como muitos pensam. O estudo da Bíblia é de grande importância para a vida do cristão, pois nos fortalece espiritualmente, nos ajuda a sanar nossas dúvidas e nos capacita a ajudar outras pessoas, que talvez tenham os mesmos questionamentos um dia tivemos.
Bíblias Utilizadas:
Bíblia Palavra chave, CPAD
Bíblia King James Atualizada, KJA
Bíblia Thompson
Referência Bibliográfica:
[1] Efésios - A igreja a Noiva Gloriosa de Cristo. Lopes, Hernandes Dias, 2009, Hagnos, Pág. 107-108.
Esse pensamento é subjetivo, muito presente em nosso século. Pessoas com essas ideias vivem relativizando o Absoluto, ainda que seja de forma inocente, coisa que não podemos fazer, pois independente de época, lugar, e cultura, a verdade nunca irá mudar. Quando relativizamos o que Deus estabeleceu, achando que, "Isso não da em nada", criamos em nossa mente um falso conceito sobre quem Deus é. Este é o caso das falsas religiões, os seus fundadores por não concordarem com o que está nas Sagradas Escrituras, se refugiaram em seus próprios conceitos e por causa disso existem milhares de seitas.
A. Identificando uma seita:
Toda seita pode ser identificada através das doutrinas que ela prega na sua confissão de fé, o pastor e apologista Esequias soares faz um comentário a respeito, diz ele:
O historiador Flávio Josefo e muitos outros escritores antigos usaram a palavra hairesis com o sentido de "escola" de pensamento, "doutrina" ou "religião", sem conotação pejorativa. O verbo grego haireo, de onde vem o substantivo em foco, significa "escolher". Na literatura clássica tem o sentido de escolha filosófica ou política.
Mas no Novo Testamento essa palavra tem também o sentido de "divisão, dissensão", pois lemos: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós" (1 Co 11.19). A Versão Almeida Atualizada traduziu por "partido", a NVI, por "divergências", a Tradução Brasileira, por "facção". A mesma palavra aparece em Gálatas 5.20 e é traduzida por "dissensão". Essa palavra foi usada indevidamente para identificar os cristãos do séc. I, ainda na época dos apóstolos, quando o apóstolo Paulo foi chamado de "... o principal defensor da seita dos nazarenos" (At 24.5). Porém, mais adiante o apóstolo rebate, dizendo: "Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas" (At 24.14). Ele não admitiu ser o Cristianismo uma seita, mas que assim era chamado por aqueles que estão do lado de fora, e que não conhecem a verdadeira natureza do Cristianismo.
Atualmente a palavra "seita" é usada para designar as religiões heterodoxas ou espúrias. É uma palavra já desgastada, trazendo em si, muitas vezes, um tom pejorativo. São grupos que surgiram de uma religião principal e seguem as normas de seus líderes ou fundadores e cujos ensinos divergem da Bíblia nos seus principais pontos da fé cristã. São uma ameaça ao cristianismo histórico e um problema para as igrejas. Estão bem aparelhadas para combater a fé cristã. Apresentam-se, muitas delas, com uma estrutura organizacional de fazer inveja a qualquer empresa multinacional, como os mórmons, as Testemunhas de Jeová, a Igreja da Unificação do Reverendo Moon e outras.
As heresias afetam os pontos principais da doutrina cristã, no que diz respeito a Deus: Trindade, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo; ao homem: natureza, pecado, salvação, origem e destino; aos anjos, à igreja e às Escrituras Sagradas. O mais grave erro é quando diz respeito à Divindade. Errar em outros pontos da fé cristã pode até não afetar a salvação, mas a doutrina de Deus é inviolável. Negar "o Senhor" é trazer sobre si repentina perdição.[3]
B. Por que as falsas religiões não são consideradas seitas?
O Hinduísmo, Jainismo, Budismo, Siquismo (originárias da índia), Confucionismo, Taoísmo (China), Xintoísmo (Japão), Judaísmo (Palestina), Zoroastrismo (Pérsia – atual Irã) e Islamismo (Arábia), formando um total de 11 religiões. Não são consideradas seitas pelos seguintes motivos:
Que apesar de negarem os valores cristãos já citados, não são seitas em virtude de sua estrutura, história e influência na sociedade. São reconhecidas como falsas religiões, com exceção do Judaísmo, que originalmente veio de tempo por causa da sua rejeição ao Messias. Mas eles têm promessas de Deus, no contexto histórico-escatológico.[5]
C. Identificando as seitas e falsas religiões
1. Jesus não é o centro: As seitas, em geral tiram o valor de Jesus. Outras têm deuses ou profetas que são colocados acima ou em igualdade com as Sagradas Escrituras. Pregando um falso “Cristo" ou colocam o Filho de Deus em posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos.
2. Têm outras fontes doutrinárias além da Bíblia: Não creem somente na Bíblia e algumas apenas em parte dela como “inspirada". colocando dessa forma os escritos de seus fundadores em igualdade com as Sagradas Escrituras. Algumas chegam a desacreditar da Bíblia, da qual fazem muitas restrições.
3. São exclusivistas: Uma das principais características de uma seita é o exclusivismo. Mesmo que tenham 200 anos de história, não podem fugir deste rotulo, por dizerem ser detentores da salvação. E o Evangelho de Jesus não está preso as organizações religiosas, pessoas com essa mentalidade tentam limitar o poder de Deus.
4. Usam de falsa interpretação: As suas interpretações não são fiéis ao texto bíblico, desprezando os princípios auxiliares da Hermenêutica. Isso vem levando inúmeras pessoas às vezes bem intencionadas, a se fundamentarem em uma falsa interpretação de um texto bíblico. De um modo geral isso acontece pela ignorância das regras de interpretação de texto, sem avaliar cultura, história, propósito e para quem foi endereçada. Quando estudamos a Bíblia, nos moldamos ao que texto bíblico ensina, e não ao que entendemos.
5. Ensinam que a salvação se dá pelo próprio esforço: Pregam a salvação pelas obras, e as Sagradas Escrituras ensinam que é somente pela Graça, não é pelo esforço humano (Ef 2.8-9). A salvação pregada pelas seitas é baseada nas obras, como se o homem tivesse algum mérito, toda a glória deve ser dada a Deus, para Ele são todas as coisas (Rm 11.36).
6. São proselitistas: Uma das práticas presentes em todas as seitas é pescar no aquário dos outros. Não evangelizam quem não é cristão, mas vão em nossas igrejas para vender seus materiais, aos que eles conseguem pescar rebatizam em suas denominações.
Principais grupos prosélitos considerados seitas:
Mormos: em seus trabalhos falam da Trindade para o trabalho de proselitismo com os crentes, e citam o Livro de Mórmon (2 Néfi 31.21, Alma 11.44). São politeístas, pois em PGV diz que Pai, Filho e Espírito Santo são três Deuses (Abraão 4.1). Deus seria nada mais que um homem exaltado de um planeta parecido com a terra e seria o unigênito da espécie de deuses, que teriam existido antes que uma série infinita se tornassem deuses. Afirmam ainda que Deus se casou, morreu, ressuscitou e se tornou deus no céu.[4]
Testemunhas de Jeová: com suas literaturas, pois fazem o trabalho de casa em casa e aos que aceitam receber seus estudos, baseados na revista A Sentinela, Despertai e com a tradução Novo Mundo (TNM). Dizem que ninguém pode compreender a Bíblia sem a revista A Sentinela. Não creem em nenhuma versão da Bíblia, só na TNM. Muitas Testemunhas de Jeová adquirem outras versões da Bíblia simplesmente porque se interessam por alguns versículos delas para seu trabalho de proselitismo, para dar a impressão de que conhecem outras versões. O Novo Testamento, identificado na TNM como Escrituras Gregas Cristãs, foi publicado em 2 de agosto de 1950 e a Bíblia completa em 1961.
A primeira edição da TNM traz Hebreus 1.6 da seguinte forma: "E todos os anjos de Deus o adorem". Essa passagem era um problema para a organização. Como eles mudaram mais uma vez a sua crença, proibindo a adoração de Jesus, por causa disso, na edição da TNM, revisada em 1971 (1984 em português), mudaram o sentido da mensagem, traduzindo Hebreus 1.6 por "prestar homenagem". E verdade que todos os editores da Bíblia mantêm comissões para manter sempre a atualidade da linguagem, sem, contudo, mudar a mensagem. Eles, entretanto, mudaram suas crenças, agora mudaram também as Escrituras.[5]
Adventistas do 7 º Dia: No livro Estudando juntos, durante muito tempo fizeram em nosso meio um proselitismo sectário e desleal, rebatizando essas pessoas e publicando essas coisas em seus periódicos como um triunfo. Não reconhece o nosso batismo, feito por imersão em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, oficializado por pastores ordenados por suas denominações. Como podem dizer que são evangélicos?
São eles mesmos os responsáveis por toda essa situação. Só têm interesse em nos visitar quando querem vender suas publicações, livros e periódicos, da CPB, Casa Publicadora Brasileira. Evitam declarar explicitamente que são adventistas, ou editora religiosa. Até nos cumprimentam com a paz do Senhor e nos chamam de irmãos. E, ainda há líderes, que na sua simplicidade, oferecem os púlpitos para essa gente.
Veja se nossos pregadores e ensinadores têm acesso aos púlpitos deles? Veja se eles consomem ou se seus líderes incentivam a leitura de publicações de outras denominações? Continuam achando que somos parte de uma apostasia porque não guardamos o sábado. Cremos que está na hora de nossos líderes deixarem de ser simplórios. Jesus disse: "... sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas" (Mt 10.16).[6]
A salvação nas seitas e falsas religiões:
A Salvação nas falsa religiões:
1. Fé e salvação existem somente em suas organizações
2. Fé coletiva.
3. Contato com a divindade é exclusividade dela e de seus adeptos
4. Recompensas claras e próximas.
No verdadeiro evangelho:
1. A fé e a salvação, mas não as tem em seu poder.
1. Somente ela proclama a verdade.
2. Doutrinas simples e claras.
3. Discurso especializado por setores sociais de interesse.
1. A verdade transcende a instituição e pode expressar-se fora dela.
Conclusão:
Este artigo foi baseado no Manual de Apologética Cristã publicado pela editora CPAD, trazendo apenas uma base sobre o tema. A apologética é um estudo necessário para todo cristão, pois é uma ferramenta que se usada de maneira correta, livra as pessoas do engano. Claro que nas falsas religiões sempre tem pessoas que estão lá por sinceridade e desconhecimento da verdade, e quando descobrem que a verdade vai além da instituição, ela é liberta do engano (Jo 8.31-32). Ser um apologista, é uma ordenança bíblica, a Bíblia nos ordena respondermos com mansidão a todos os que questionarem acerca de nossa fé.
[2] Ibid.
[3] Ibid.
[4] Ibid
[5] Ibid
[6] Ibid