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INTRODUÇÃO

Por Flávio G. Souza


Estamos vendo diariamente um falso evangelho sendo pregado em nossas igrejas por pessoas que dizem crer em Cristo e depois abandonam a fé, revelando-se apostatas em resposta ao aumento da perseguição (Cf. Mt 24.9-10; Lc 8.13). Mas a pergunta que é debatida pelos estudiosos é, um cristão verdadeiramente salvo pode apostatar da fé e perder a salvação? Isso seria possível de uma perspectiva bíblica?

Para fecharmos um pensamento coerente sobre o assunto, é necessário saber se a Bíblia da base ou não para o tema. Entre os acadêmicos, temos teólogos que defendem a apostasia do salvo, mas outros negam essa possibilidade. Sim, é um tema polêmico, pois será necessário entrar na doutrina da salvação e outros pontos da teologia cristã.

SINTOMAS E CONSEQUÊNCIAS DE UMA APOSTASIA

Começando a entrar no tema, vemos que um dos motivos que levam as pessoas abandonarem a fé, se dá porque elas insistem em dar ouvidos as falsas doutrinas e as heresias que tem origem em espíritos enganadores. A Bíblia dá as seguintes características para pessoas que seguem e proferem ensinos estranhos:

O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada

1 Timóteo 4.1-2
AS HERESIAS E FALSAS DOUTRINAS

As heresias e falsas doutrinas possuem uma aparência inofensiva, mas a origem desses ensinos tem raízes em pessoas cheias de mal e de perversidade, com apenas um proposito, trazer confusão sobre os ensinamentos da Bíblia, escravizando os que se submetem a ele (Is 32.6). Os que proferem um ensino errôneo e contrário as Escrituras, deturpam as doutrinas essenciais da fé cristã, este comportamento conduz ao erro e produz uma ignorância nos ouvintes sobre o evangelho nas Sagradas Escrituras.

O FALSO ENSINO ESCRAVIZA

O falso ensino escraviza as pessoas e não conduz a Cristo. Nisso o Apostolo Paulo nos adverte, não devemos permitir que outras pessoas nos escravizem com falsas filosofias e sofismas que não passam de invenção de homens (Cf. Cl 2.8). Vale ressaltar um detalhe, muitos se utilizam deste texto para afirmar que não devemos estudar filosofia, mas não é isso que Paulo está dizendo.

O Apóstolo Paulo não abominava a filosofia, e sim a ‘vã filosofia’. Ela tem como principal característica, não produzir conhecimento e deturpar o conhecimento alcançado, consequentemente não conduzindo ninguém ao conhecimento de Deus, mas a exaltação de um falso evangelho que é centrado na pessoa do homem e não do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Cf. Cl 2.2; Mc 7.3,5,8). Paulo advertiu Timóteo contra essas práticas que vem sendo tão presentes na maioria das igrejas, e o exortou para que ele guardasse o conhecimento que havia recebido (1 Tm 6.20), da mesma maneira advertiu Arquipo (4.17). Considerando a etimologia da palavra, Paulo não poderia condenar a filosofia, uma vez que a filosofia é o ‘amor a sabedoria’, virtude que foi solicitada por Salomão (Cf. 2 Cr 1.11).

Se verdadeiramente somos salvos em Cristo não seremos levados por doutrinas estranhas (Hb 13.9). Como bem diz as Escrituras, “....de modo que nada há de novo debaixo do sol.” (Ec 1.9), vemos que as mesmas coisas que aconteceram aos primeiros cristãos, só mudaram de roupagem e têm uma aparência de piedade. Quantas igrejas hoje caíram no erro das novas revelações, precisamos viver pela Palavra e não ficar se orientando por profetadas. Se analisarmos essas ‘revelações’, veremos 'que um certo líder recebeu uma revelação' e a propagou, assim nasceram a maioria das seitas. O problema dessas revelações é que elas vêm pervertendo a fé genuína, e esse pseudo-evangelho deve ser combatido pelos cristãos, se não cometeremos dois terríveis pecados, omissão e comissão (Tg 4.17).

TENHA ZELO PELA PALAVRA

A Bíblia nos adverte para não agirmos relaxadamente no ensino da Palavra, pois é bastante comum encontrarmos pessoas que dizem, "isso não da em nada". Os que fazem do ensino qualquer coisa produzem cristãos mimados, que não conhecem nada de doutrina, ao invés de um cristão maduro e equilibrado. Tanto no ensino, como em qualquer outra área, devemos dar o nosso melhor, pois tudo é para a glória de Deus (1 Co 10.31).

E se de um extremo encontramos pessoas que agem relaxadamente, do outro temos os que canonizam correntes de pensamento. Não podemos ser assim, devemos ser equilibrados. Se um ponto de vista sobre a fé cristã não alterar a verdade das Sagradas Escrituras, é inútil criar confusão por causa de posicionamento diferente do nosso.

Um exemplo clássico é o estudo da escatologia, dentro dessa doutrina temos três correntes interpretativas, são elas, pré, meso e pós tribulacionista. Todas as correntes afirmam que Cristo voltará, mas a divergência existe quando ocorrerá este evento. Ser pré, meso ou pós tribulacionista não nos torna inimigos, apenas diferentes em um ponto de vista. Mas o fato de termos nossas diferenças, óbvio que apenas um estará correto. Temos essas divisões porque na Bíblia não existe uma revelação tão clara em relação ao tema, se houvesse certamente não encontraríamos tantas divergências doutrinarias. O que leva no máximo ao erro teológico e não a heresia, mas vale ressaltar que esses temas são pontos de vista secundários da fé, se a volta de Cristo ocorre antes, no meio ou depois, o importante é estarmos convictos de que estamos firmes em Deus.

OS FALSOS MESTRES NÃO SÃO ZELOSOS

A falta de zelo denuncia os falsos mestres, pois as verdades essenciais da Palavra de Deus (ex: Justificação pela fé) são levadas como se fossem assuntos secundários. Eles fazem isso conscientes de seus atos e levam outros a fazerem o mesmo por pura ganancia, mas o verdadeiro cristão está comprometido com a verdade e consciente que o seu galardão está no céu, ao invés de agradar a homens falhos e pecadores (Mt 5.19; At 15.24). Somente os sinceros reagem contra as heresias (1 Co 11.19).

O motivo de muitos apostatarem da fé, é por causa da falta de consistência no ensino da Palavra, elevando-se os dogmas da igreja local, por isso não podemos estar de nenhuma forma presos a eles. Devemos colocar tudo em confronto com a Palavra de Deus (Jo 7.24; Ef 5.11). Os que ignoram essa tarefa conscientemente, evidenciam que não estão comprometidos com a verdade da Bíblia, foi isso que Jesus disse para os Escribas e Fariseus, devido a sua falta de zelo com a Palavra (Mt 15.9).

CARACTERÍSTICAS DOS FALSOS MESTRES:


- O orgulho ambicioso revela a sua completa incompetência, pois desejam buscar novidades, mas a verdade nunca muda, apenas os métodos que são usados;
- As falsas doutrinas geram uma ideia de intelectualismo esnobe, geram mais discussões que ação (Falsas doutrinas sempre geram debates intermináveis e excluem a ação da fé); 
- Exaltação ao ego do que a prática da humildade;
- Os falsos mestres não estão dispostos a aprender, mas querem ensinar;
- Apegados a dogmas sem conhecimento do que praticam.

Os falsos mestres têm a mente cauterizada, por causa disso não estão dispostos a ouvir, mas quando tem a oportunidade de ensinar logo jogo muda. Por causa desse exibicionismo, colocam sobre outros um peso que nenhum ser humano suportaria, mas fazem isso conscientes. Mesmo sabendo que não suportariam se estivessem no lugar do seu ouvinte, eles veem e sabem muito bem o que estão fazendo. Preferem proferir mentiras conscientes, tornando-se pessoas insensíveis e egoístas (Cf. 1 Tm 4.2).


A FALTA DO FRUTO DO ESPÍRITO

Os falsos mestres não têm o fruto do Espírito e nunca foram salvos, pois são cheios de soberba, nada sabem e ficam criando contendas que tem origem em suas invejas, divisões, difamações e em suas suspeitas malignas (Cf. 1 Tm 6.3-4). O verdadeiro salvo não é aquele que faz milagres ou expulsa demônios, uma coisa é falar em nome de Jesus, outra coisa é pertencer a Ele. Jesus disse que muitos vão dizer naquele grande dia que profetizaram, expulsaram demônios e fizeram maravilhas, mas de nada adianta fazer tudo isso se nossas obras não evidenciarem o caráter de Cristo em nossa vida (Cf. Mt 7.21-23). Os que são salvos naturalmente possuem o fruto do Espírito, pois Ele nos escolheu para dar fruto, e esse fruto deve permanecer (Cf. Jo 15.15-16).

O cristão salvo em Jesus Cristo deve manifestar as características descritas pelo Apóstolo Paulo em Gálatas 5.22-23:

• Amor

• Alegria
• Paz
• Paciência
• Bondade
• Retidão
• Fidelidade, 
• Mansidão 
• Domínio próprio

Os falsos mestres, apesar de possuírem aparência, seus frutos não provam que eles foram regenerados, poder ir a uma igreja não é sinônimo de salvação. As obras da carne são manifestas pela:

• Imoralidade sexual 
• Impureza 
• Libertinagem
• Idolatria 
• Feitiçaria 
• Ódio 
• Discórdia, 
• Ciúmes 
• Ira 
• Egoísmo 
• Dissensões
• Facções 
• Inveja; 
• Embriaguez
• Orgias e coisas semelhantes.


Quem pratica as obras da carne não herdará o reino de Deus, para ser salvo é necessário nascer de novo (Cf. Jo 3.1-3). O apóstolo Paulo advertiu em 2 Timóteo 4.3, que há chegar o tempo que pessoas não darão ouvidos ao verdadeiro ensino da Palavra. Isso só acontece porque o ser humano não suporta a verdade que confronta o ego do homem, e denuncia seus desejos pecaminosos e imorais. Por eles não aguentarem o verdadeiro ensino da Palavra, preferem procurar pessoas que satisfaçam o seu próprio desejo, e que lhes fale apenas o que gostam de ouvir. Para elas é melhor ouvir aquilo que apenas lhe agrada, um retrato das nossas igrejas infelizmente.

Uns podem dizer que não estamos mais na época dos apóstolos, e que a verdade da Palavra de Deus mudou, mas só podemos mudar os métodos quantas vezes forem necessários. O método que era usado no ensino a vinte anos atrás por exemplo, não é mais o mesmo de hoje, mas a verdade continua a mesma, ela não muda independe cultura, época ou religião.

SALVAÇÃO, UM ATO EXCLUSIVO DA GRAÇA DE DEUS


Quando pregarmos o evangelho puro e simples, será natural confrontar a malignidade humana, pois é o Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Cf. Jo 16.8). Só existe um caminho para a vida eterna, esse caminho é Jesus Cristo, não podemos ser salvos pelas obras, a salvação é um ato exclusivo da Graça de Deus, do início ao fim (Cf. Ef 2.8-9). Não vem de nossas obras para que ninguém se glorie (Ef 2.9), para Deus nossos atos de justiça são como trapos imundos (Is 64.6). Se dependesse de nossas mãos só iriamos fazer o mal (Cf. Gn 6.5), o Apóstolo Paulo que sempre se reconheceu pecador (Rm 7.14-25), prioriza o ensino da salvação, que só pode ser dada por Deus e que não necessita da participação humana.

Todos os falsos mestres vão contra esse ensino, e vivem ensinando que somos merecedores, por isso precisamos nos “esforçar”. Aquele famoso jargão “o céu é tomado a força”, os que creem deste modo excluem a Graça de Deus. E esse discurso vem sendo aceito por grande parte público evangélico, porém só ganha ibope porque agrada aos seus ouvintes.

Em 2 Tm 4.4, vemos o motivo de muitos darem ouvidos a mitos. Se recusam a ouvir a verdade da Palavra, e não aceitam serem confrontados com as Sagradas Escrituras. Os falsos mestres vivem propagando ensinos errôneos, porque são pessoas gananciosas e usam de sua influência para propagar seus enganos que conduzem a perdição. Adoram usar os artifícios que Satanás usou para tentar Eva, e mascaram o seu erro para não serem desmascarados diante dos outros, seus ensinos são repletos de sedução e tentações ao engano (Cf. 2 Rs 21.9; Ez 13.10; Mc 13.22; At 20.30; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.13; 1 Jo 2.26). 

As tentações que os falsos mestres usam são repletas de:

• Armadilhas Mundanas
• Adoração a deuses falsos - Ex 23.33
• Alianças pecaminosas - 34.12
• Prata e ouro - Dt 7.25
• Associações más - Js 23.13
• Idolatria - Sl 106.36
• Votos Violados - Pv 20.25
• Amizade com pessoas violentas - 22.25
• Zombaria - 29.8
• Avareza - 1 Tm 6.9

Devemos combater os falsos mestres para que a igreja não seja contaminada e evitar que levem alguns a apostatarem da fé. Os falsos mestres são más companhias para os cristãos, pois as Escrituras nos advertem sobre os perigos que eles trazem:

• Prejudicaram a Ló - Gn 13.12-13
• Prejudicaram a Israel - Nm 11.4
• Foram armadilhas para Josafá - 2 Cr 18.1; 19.2
• Corrompem os bons costumes - 1 Co 15.33
• Devoraram a força de Efraim - Os 7.9


ARROGÂNCIA, UMA CARACTERÍSTICA DOS FALSOS MESTRES

Você quer reconhecer um falso mestre? Saiba que a arrogância é um ponto a se analisar. Eles são assim porque não são convertidos, que explica o fato de encontramos nas nossas igrejas pessoas convencidas da sua religião e não pessoas convertidas. Por causa da arrogância, eles se manifestam como pessoas insubordinadas, enganadoras, corruptas quanto à moral e gananciosas quanto a sua motivação. 

Assim eram os falsos mestres descritos pelo Apóstolo Paulo em Tito 1.10. Eles em primeiro lugar eram judaizantes, pois enquanto os presbíteros se colocavam debaixo da autoridade das Sagradas Escrituras, os falsos mestres não se sujeitavam a ela e faziam isso com palavras insolentes e vazias.

Outro ponto que vale destacar é a negação a obedecer a sã doutrina e a liderança constituída em uma igreja, além serem enganadores, têm uma vida toda errada, com um conjunto de doutrinas falsas. Enquanto a palavra deles não edifica a ninguém, ainda levam outros ao erro, ao invés de conduzir a verdade que converge na pessoa de Jesus Cristo.

Negam a justificação pela fé, contrariando o ensino da Palavra de Deus (Rm 5.1). Muitos ficam pregando que para ser salvo tem de pagar o preço, mas a salvação é pela Graça, não vem de nossos esforços, é dom de Deus (Cf. Ef 2.8). Tudo é pela Graça de Deus (2 Co 12.9).

A INFLUÊNCIA DOS FALSOS MESTRES (Tito 1.11)

Dentro desse texto vale a pena destacar três fatos:

ERAM PROSÉLITOS

Eram proselitistas no ensino, eles iam de casa em casa espalhando o seu engano na tentativa de conseguir novos convertidos. Traziam confusão ao invés de transformar vidas. Eles eram tão perdidos que não iam atrás dos pagãos e nem dos perdidos, mas queriam converter os que já professavam a fé cristã para tirá-los da sã doutrina. O que vemos hoje não é diferente, muitos grupos pseudos-cristãos e sectários tentam fazer o mesmo em nossos dias. Por isso devemos nos atentar e estarmos prontos para combatê-los.

• ERAM CORROMPIDOS EM SUA MORAL

A influência desses falsos mestres era tão grande que eles estavam corrompendo casas inteiras, por ocasião de seu péssimo exemplo sobre a vida familiar. E como os primeiros cristãos se reuniam em casas, eles não estavam pervertendo apenas famílias, mas destruindo as igrejas com suas doutrinas, produzindo perversão, escravidão e morte, diferente do evangelho que traz vida, santidade e liberdade.

ERAM GANANCIOSOS EM SUA MOTIVAÇÃO

Eles andavam de casa em casa propagando as suas heresias, interessados apenas no dinheiro, estavam usando a religião para encher os seus bolsos, e não tem sido diferente hoje. Temos muitas igrejas, onde moro por exemplo tem uma a cada esquina, mas poucas são as que pregam o verdadeiro evangelho. 

Os falsos mestres trabalham com metas, números e não com pessoas, transformando a igreja em uma empresa, por causa disso vemos muitas pessoas morrendo na fé. A ordem do Apóstolo Paulo diante disso, é silenciar essa gente. Este era um termo extremamente forte, cujo sentido refere-se a um tipo de mordaça usada para manter fechada a boca dos cães ferozes.


O CUMPRIMENTO DAS SAGRADAS ESCRITURAS

Os falsos mestres são o cumprimento das Sagradas Escrituras, pois eles sempre existiram no Antigo Testamento (Cf. Êx 32.8; 2 Rs 18.19; Is 9.13-17; Jr 5.31; 14.14; 23.30-32). No Novo Testamento, encontramos diversas advertências sobre os falsos mestres que estavam infiltrados na igreja pervertendo o evangelho de Cristo, isso é apenas um dos sinais do final dos tempos (Cf. Mt 24.4, 5,11; At 20.29,30; Gl 1.6-9; Fp 3.2; Cl 2.4-23; 2 Ts 2.1-3; 1 Tm 1.3-7; 4.1-3; 2 Tm 3.1-8; 1 Jo 2.18-23; 2 Jo 7-11; Jd 3,4).

Em 2 Pedro 2.1, vemos que os falsos mestres estavam infiltrados na igreja, e ensinavam doutrinas de caráter duvidoso, Jesus nos alertou sobre o surgimento deles (Cf. Mt 24.4,5), eles só vem ganhando espaço porque a maioria dos crentes estão aceitando todo tipo de doutrina. Os falsos mestres propagam doutrinas destruidoras que negam a fé, como por exemplo: maldições hereditárias, campanha dos revoltados, confissão positiva etc.

Quem propaga essas doutrinas não merece nem ser chamado de cristão. Vejo algumas pessoas insistirem em chamar de irmão gente que crê em doutrinas estranhas, mas pela Escritura não são. Todo aquele que foge da doutrina de Cristo, vai além do que está escrito na Palavra (2 Jo 2.9). Na verdade estão sob a influência do espírito do anticristo (1 Jo 2.18; 4.3).

A CRUELDADE DOS FALSOS MESTRES


Os falsos mestres apesar de possuírem boa aparência, são pessoas cruéis, porque eles introduzem na igreja heresias destruidoras de forma oculta e sigilosa. Com suas falsas filosofias e sofismas, enganam a muitos, e essas heresias infelizmente levarão muitos a condenação eterna (2 Pe 2.1). Assim podemos classificar alguns movimentos 'evangélicos' que se intitulam “cristãos”, como seitas.

A palavra heresia no grego (αιρεσις) hairesis, que significa uma escolha. Assim, “uma heresia é, estritamente, a escolha de uma opinião contrária àquela geralmente acolhida; por essa razão, transferida ao corpo daqueles que professam suas opiniões e, portanto, formam uma seita”.

O propósito desses movimentos sectários é propagar doutrinas que vão de confronto com a Palavra de Deus, criando divisões e causando grandes estragos na obra de Cristo, eles negam a Deus (Jd 4), e acabam cometendo o famoso pecado para a morte descritos em 1 João 5.16.


PECADOS PARA MORTE E A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

O pecado para a morte descrito por João, faz referência a blasfêmia contra o Espírito Santo, que vai além de atribuir as obras de Deus a Satanás. Seu conceito envolve uma obra intencional e provocadora ao nome e a obra de Deus, através de palavras e atos (Cf. 2 Rs 19.3,6,22; 18.22).

Os pecados para a morte descritos por João, os comentaristas diferem muito na forma de pensar sobre o pecado que conduz a morte, e se essa morte era física ou espiritual. Alguns cristãos morreram porque tomaram a Santa Ceia indignamente (1 Co 11.27-30), e Ananias e Safira morreram quando mentiram para Deus (At 5.1-11). A blasfêmia contra o Espírito Santo na Bíblia, está intimamente ligada ao pecado para a morte, pois o seu resultado é em morte espiritual (Mc 3.29).

No Novo Testamento, este pecado também está relacionado com homens e uma injuria a sua reputação. Algumas pessoas hoje pensam que esse pecado não pode ser cometido, mas se enganam. O ato de resistir a ação do Espírito para se manter na incredulidade é uma forma de praticar esse pecado (cf. Jo 3.18; At 7.51; Hb 6.4). O ato de atribuir a obra do Espírito a Satanás, é apenas um reflexo da rejeição a Cristo, por isso as pessoas que cometem esse pecado já não podem mais ser renovadas para arrependimento (Hb 6.4).

HEBREUS 6.4 E SUAS CONSIDERAÇÕES

Sobre o texto de Hebreus 6.4, os teólogos divergem, e é o principal texto usado para fundamentar a perda da salvação. Se ele for tomado desse modo, entraremos em contradição, pois Pedro negou a Cristo, mas ainda assim voltou. O autor aos hebreus, fala a um grupo de judeus incrédulos que estavam voltando ao judaísmo, não é à toa que no v. 9, vemos uma clara distinção de cristãos verdadeiros para cristãos nominais. 

O simples ato deles se manterem na incredulidade, já manifesta o pecado de blasfemar contra o Espírito Santo, que é o ato de resistir ao Espírito (At 7.51). Resistir ao Espírito é negar a obra de Deus, por isso é um pecado que pessoas cometem conscientes. Por isso que o escritor aos hebreus diz que as pessoas que cometem esse pecado, não é mais possível serem renovadas para o arrependimento (Hb 6.4-6).


ANÁLISE DE 2 PEDRO 2.1

Para não restar dúvidas, precisamos avaliar um ponto importante em 2 Pedro 2. Os falsos mestres são promotores de falsas doutrinas e por isso são tão perigosos. Nesse texto, o Apóstolo Pedro denuncia o método que os falsos mestres usam para propagar o seu ensino, não é à toa que são chamadas de heresias destruidoras. Eles não anunciam com a aparência real, mas maquiam o seu erro para serem aceitos na igreja. As heresias dos falsos mestres tinham como características a negação do Senhor Jesus Cristo, por isso Pedro afirma que trazem sobre si a sua própria destruição. As características principais dos falsos ensinos são descritas pela:

Negação da inspiração da Bíblia
Exaltação do homem 
Negam a morte vicária de Cristo
Negam a justificação pela fé
E outros a realidade de um julgamento

Segundo ponto que vale destacar "...chegando a negar o Soberano que os resgatou.." 

Muitos confundem os falsos mestres com cristãos verdadeiros ao pegar esse texto isolado. Eles negaram o Senhor que os resgatou no sentido de rejeitarem o sacrifício de Cristo, o que na expiação ilimitada é conhecido como redenção obtida, diferente da redenção aplicada. Isso não significa que eles foram salvos e "perderam a salvação". Digo isso por dois motivos, eram falsos mestres e introduziam heresias destruidoras, e como sabemos isso não é atitude de um cristão verdadeiro.

UM CRISTÃO PODE PERDER A SALVAÇÃO?

Esse assunto divide opiniões, principalmente entre os teólogos que fazem debates intermináveis sobre o tema. Não quero entrar muito no mérito da questão, mas vou colocar apenas meu posicionamento, pense e análise por você mesmo, baseado na Palavra se isso pode ocorrer com um cristão.

Eu não creio que um salvo pode perder a salvação, pois quando somos salvos por Jesus, nossa vida é transformada. Ele nos escolheu para frutificarmos (Jo 15.16), se não haver fruto, não houve conversão. Já os apóstatas apenas evidenciam que nunca foram convertidos (Cf. 1 Jo 2.19; 2 Jo 1.9), pois quando há conversão não somos nós, mas o Senhor quem completa a obra que ele começou (Fp 1.6).

O SALVO

Persevera na doutrina (2 Jo 1.9).
Os cristão verdadeiro não apostata, pois Cristo completará a obra que ele iniciou (Fp 1.6).
Está selado com o Espírito Santo para o dia da redenção (Ef 4.30).
O cristão verdadeiro nunca apostata (Sl 44.18-19).

CARACTERÍSTICAS DOS APOSTATAS


Nunca pertenceram a Cristo (1 Jo 2.19)
Não perseveram na doutrina (2 Jo 1.9)
Nunca conheceram a Cristo (Mt 7.21-23)
Cristo fará separação no último dia (Mt 25.33).


APOSTASIA DIFERE DE IGNORÂNCIA

Muitos confundem apostasia com falta de conhecimento. Mas a apostasia, é caracterizada por uma rejeição deliberada a Divindade de Cristo (Cf. 1 Jo 2.22-23; Jd 4), e a sua morte expiatória (Fp 3.18; 2 Pe 2.1; Hb 10.29), diferente de ignorância sobre um tema.

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