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Por Flávio G. Souza

Ainda no meio cristão, podemos encontrar pessoas que são adeptas da falsa doutrina chamada maldição hereditária, mas nesse artigo quero estar refutando esse engano pela Bíblia que é nossa regra de fé e prática.

Os adeptos desse ensino se utilizam de Deuteronômio 5.9; 30.19, Êxodo 20.4-6 e Levítico 26.39 para afirmar que Deus castiga por várias gerações, baseado no comportamento dos pais. Mas os textos em pauta não afirmam isso, eles estão relacionados à nação de Israel e à idolatria. Em nenhum momento as passagens afirmam que Deus castiga uma pessoa pelo pecado cometido por seu antepassado.

Também não diz nada acerca de “espíritos” de alcoolismo, do adultério, da pornografia etc. É um equívoco interpretar o texto dessa maneira, isso não passa de achismo. Devemos extrair do texto a verdade e não acrescentar nosso pensamento.

O sentido de todas as passagens utilizadas para afirmar que existe maldição hereditária, apenas revelam que o pecado tem efeitos ou consequências mortais, não apenas para quem prática, mas também para outros. Pois, os filhos que permanecem na mesma prática pecaminosa do pai, apenas demonstra que não ama a Deus. Deus de forma alguma vai amaldiçoar o filho dos idolatras simplesmente por serem seus filhos, mas apenas por repetirem a mesma prática pecaminosa do pai. De igual modo Deus não irá abençoar os filhos dos justos simplesmente por serem seus filhos, antes, fará que se tornem participantes e imitadores da fidelidade dos pais. As maldições da Bíblia são citadas no Antigo Testamento sobre todos aqueles que não desfrutam da comunhão com Deus (Cf. Dt 27.11-25; Ml 2.2).

Os justos são abençoados por Deus e não podem ser amaldiçoados (Nm 23.8,23; Pv 3.33; 26.2; Rm 8.33-34; 1 Jo 5.18). Ao mesmo tempo que a Bíblia previne sobre as consequências do pecado, também ensina (e faz isso claramente) sobre a responsabilidade de cada indivíduo. Todos nascem pecadores e são totalmente depravados em consequência da desobediência de Adão. Mas cada um é responsável por si, e dará contas de seus próprios atos a Deus (Cf. Jr 31.29-30; Ez 18.20; Rm 6.6,7; 1 Co 5.7; Gl 3.13; Cl 2.14-15).


A falta de conhecimento sobre o tema muita das vezes causa medo nos cristãos, que pensam que o motivo do fracasso é em ocasião de maldições que não foram quebradas, como bem definiu Paulo César Lima, diz ele "Muitos cristãos, estranha e absurdamente, têm vivido à margem da vida vitoriosa outorgada por Jesus Cristo pelo fato de estarem admitindo em suas vidas maldições que o sacrifício de Jesus já cancelou de uma vez por todas [Cl 2.14,15]. Tem gente vivendo uma dramática história de dor, angústia e sofrimento, por achar que tudo o que lhe acontece é em função de um laço sanguíneo maldito contra o qual não pode lutar e do qual não pode escapar. Eu conheço pessoas que, mesmo sendo cristãs, vivem a fatídica perspectiva de que estão sob maldição. Muitos outros vivem a síndrome de Proteus, rolando a pedra da sua maldição imaginária dia após dia, subindo e descendo a montanha de sua existência miserável. Ainda há os que vivem de braços dados com a superstição: não deixam chinelo virado dentro de casa; têm medo de mau olhado, de pragas pronunciadas; não saem de casa nas sextas-feiras treze; não pulam fios e vigiam dia e noite por medo do diabo. Por essas e outras tristes realidades no meio evangélico é que escrevo sobre o assunto, a fim de dirimir dúvidas que porventura vêm tirando o sono de pessoas que ainda não conseguiram entender a esmagadora vitória de Jesus no Calvário, anulando em definitivo toda a maldição do pecado que pesava sobre nós.[1]

O sacrifício de Cristo é suficiente para nos livrar de toda e qualquer maldição, por isso nossa confiança está em Deus.

Bibliografia:
[1] Paulo César Lima, O que esta por trás do G-12, Pág. 92.

Bíblias Utilizadas:
Bíblia Apologética com os apócrifos.
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