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Por Flavio G. Souza 

Muitos "líderes" para amedrontar as pessoas com medo de serem contrariados, amam se utilizar desta expressão encontrada no Antigo Testamento, como se eles fossem os intocáveis por causa de uma posição eclesiástica.

Mas para realmente sabermos o sentido desta afirmação, precisamos entender o que representa a unção no Antigo e no Novo Testamento. 

Na antiga aliança quando alguém era ungido, isso representava que a capacitação do Espírito estava sobre determinada pessoa. Quando Samuel ungiu a Davi como próximo rei de Israel, o Espírito se retirou de Saul, pois o reinado dele tinha terminado.


Na Nova Aliança todos os crentes são os ungidos do Senhor (Cf. 1 Jo 2.20, 27), portanto não existe ninguém maior por causa de um título, o que eles têm são mais RESPONSABILIDADE com o trabalho que desempenham na casa de Deus. Não se deixe ser enganado por pessoas que utilizam do medo para dominar, Deus não trabalha no medo, mas aperfeiçoa nosso caráter através do amor derramado em nosso coração (Rm 5.5). 
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Por Flávio G. Souza

Já faz algum tempo, mas Paul Washer, um pastor norte americano ao falar que Deus odeia o pecado e também o pecador, devido a sua grande influencia no campo missionário tornou-se motivo de debate, alguns concordando, outros porém agindo de zombaria. Mas será que a Bíblia da apoio para essa afirmação ou foi um extremismo da parte do Paul Washer?

O texto usado para afirmar que Deus odeia o pecado e também o pecador é Salmos 5.5, que diz:

Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade.

Se o texto for interpretado de forma isolada, vamos ter infinitas interpretações em cima de um único versículo, e para que possamos extrair o que Davi quis expressar, é necessário analisarmos a cultura da época, motivação do escritor e o que ocorreu. Para obtermos essa informação, é necessário compreendermos o contexto histórico, para que fazer a exegese correta do texto. 

1. Motivação (Sl 5.4)

Quando Davi escreveu este Salmo, ele estava sendo fortemente oprimido pela crueldade de seus inimigos, e sentindo-se prejudicado, suplica para que Deus o socorra. Ele demonstra em suas palavras a sua indignação a propaganda fraudulenta dos inimigos que o rodeava, demonstrando o quão inconsistente seria o caráter de Deus caso eles fossem deixados impunes (Cf. v.4).

O caráter justo de Deus não pode deliciar-se com a maldade, nem mesmo em um único ato de mau comportamento. O mal que se refere este salmo é o pecado de caluniar os outros, fofocando e espalhando boatos sobre eles. Pessoas que mentem sobre os outros, na verdade, recebem algum prazer perverso de seus atos perversos. Dá-lhes um sentido de ser superior, ou melhor do que a pessoa que está sendo degradado ou caluniado. Ela desperta uma sensação de satisfação em seus desejos corruptos, e naturezas depravadas.[1]

2. Se Deus quer que todos se arrependam, como o ódio dele esta sobre a humanidade?

Usando a Bíblia de Jerusalém, fica muito mais claro o objetivo do salmista nesta tradução: "Tu não és um Deus que goste da impiedade, o mau não é teu hóspede; não, os arrogantes não se mantém na tua presença. Odeias todos os mal feitores." (Salmos 5.5-6). Então como conciliar essa passagem com outros das Sagradas Escrituras, que demonstram o amor de Deus pelos perdidos?
  • O pecado nos separa de Deus
O pecado foi o que separou a humanidade de Deus, quando Adão decidiu desobedecer. Para que fosse possível a humanidade voltar a Deus, Cristo teve de morrer em nosso lugar como nosso substituto (Is 53.10), sendo ele a representação do propiciatório (1 Jo 2.2). Derramando seu sangue para aplacar a santa ira de Deus, de modo a ser satisfeita a sua santidade e justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração do pecador à comunhão.
  • Deus odeia a todos os que praticam o mal
A ira de Deus está sobre a humanidade por ocasião do pecado, mas Jesus Cristo como nosso substituto morreu, aqueles que creem em Jesus tem seus pecados perdoados por causa do sangue do cordeiro sobre a vida dos salvos (Rm 5.1; 1 Jo 2.1-2). Já aqueles que recusam a verdade do evangelho, sob estes a ira de Deus permanece, porque todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus (Rm 3.23), pois o pagamento pelo pecado é a morte eterna (Rm 6.23). Nossa justiça nunca será capaz de nos justificar, pois são trapos de imundícia diante de Deus (Is 64.6), e mesmo que cada ser humano morresse pelo seu pecado, afim de satisfazer a santa ira de Deus, ainda assim não seriamos dignos de ir para o céu, pois nossa dívida é impagável, não é à toa que Cristo usa uma hipérbole na parábola do credor incompassivo.
  • Autojustificação
Desde o princípio, o homem ao pecar contra Deus sempre procurou justificar suas más ações, vejamos alguns casos na Bíblia:
Adão ao comer da fruta proibida (Gn 3.12)
Arão ao fazer o bezerro de ouro (Êx 32.24)
Saul ao usurpar as funções do sacerdote (1 Sm 13.12)
Saul novamente por tomar o despojo proibido (1 Sm 15.21). 

Não existe justificativa para o pecado, ele é absolutamente inescusável (Rm 1.20), a autojustificação leva-nos a nossa própria condenação, pois não é capaz de trazer justificação ao homem (Jó 14.4; Sl 130.3; Pv 20.9; Ec 7.20; Ez 14.14; Rm 3.19). 

3. Como Deus ama e odeia ao mesmo tempo?

Como então vamos conciliar esses textos polêmicos com outros textos que afirmam que Ele nos amou (Jo 3.16; 1 Jo 4.19)? É possível Deus nos odiar e nos amar ao mesmo tempo, sendo esses sentimentos antagônicos? Os opositores desta concepção manipulam outros textos bíblicos na tentativa de refutar essa objeção. Mas é simples, o Apóstolo Paulo escreveu na carta aos romanos que nós eramos inimigos de Deus, mas Cristo morreu pelos pecadores nos reconciliando novamente com Ele, nós nos apropriamos deste benefício gratuitamente pela fé (Cf. Rm 5.1, 6, 10). 

Sem a Graça somos incapazes de fazer o bem e agradar a Deus (Rm 7.15), e se Ele quisesse nos condenar a morte eterna, continuaria sendo bom, justo e perfeito, mas por misericórdia enviou Seu Único Filho para salvar a todos os que creem. A ira de Deus vai ser derramada sobre todos os que se recusaram conhecer a verdade revelada em Jesus Cristo, por isso que a Bíblia fala dos vasos de desonra preparados para a destruição (Cf. Rm 9.22; 1 Tm 2.20-21). Ninguém vai poder dizer que é inocente, pois não se importaram em ter o conhecimento de Deus (Rm 1.28-32).


4. Ele rejeita os maus e arrogante: Não permitir-lhes viver em Sua presença ( v. 5 ).

A santidade de Deus não pode tolerar qualquer presença de pecado algum. Os pecadores não podem entrar em Sua presença (Sl. 24:3-5). Foolish (halal) significa, literalmente, para fazer brilhar, para louvar, para se vangloriar. Outras versões traduzem aqui como arrogante, orgulhoso, e arrogante. Este é o pecado de Satanás, que se exaltou acima de Deus (Is. 14.13-14). O orgulho é o pecado que está no topo da lista de sete abominações contra o Senhor (Pv. 6.16-19).
  • Ele odeia todos os malfeitores ( v. 5 ).
Algumas pessoas lutam com a afirmação de que Deus odeia os malfeitores. Eles não entendem como Deus pode odiar ninguém, especialmente à luz do ensinamento do Novo Testamento que denuncia ódio e compara-lo a matar (1 Jo. 3:15). O que deve ser entendido é isso: ódio ao pecado e os pecadores de Deus não é uma resposta emocional descontrolada. "O ódio de Deus não é uma explosão irracional, mas a resposta moral de Deus para a nossa imoralidade, ou, aqui, para aqueles que fazem o mal." De Deus emoção sincera para com os pecadores é o amor, o amor que foi demonstrado no sacrifício de Seu Filho para nossa pecados (Jo 3:16; Ro 5:8). O ódio é a resposta de Seu caráter justo para com o pecado, a resposta de Sua natureza santa contra aqueles que continuam em rebelião contra ele.[2]

5. Conclusão

O ódio de Deus sobre os arrogantes faz referencia a aqueles que vivem uma vida de pecado como se Deus não existisse, pois habitamos no mundo feito por Ele, onde tudo vem dEle. Portanto não é uma contradição o texto de Salmos 5.5 com os textos do Novo Testamento, se tratam apenas de versículos de difícil interpretação. O amor de Deus tem limites, pois Ele também é justiça, Cristo morreu em nosso lugar, sendo a causa meritória da salvação (Sl 89.14).

Pense nisso

Graça e paz
Deus abençoe

Referencia Bibliográfica:
[1] Bíblia de esboços e sermões - Salmos, Vol. 1. Pág; 74.
[2] Ibid.

Bíblias Utilizadas:
Bíblia de Jerusalém
Bíblia de Estudo Thompson
Bíblia de Estudo NVT
Bíblia KJA
Muita gente fala em buscar a "unção"... mas, o que "unção" significa na linguagem do Novo Testamento? Segue abaixo meu comentário em 1Jo 2:20 (tirado do meu livro Comentário a 1 João, da ECC):⠀

"E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento (2.20)".⠀

"Tem havido muito debate sobre a natureza desta unção que o cristão recebe e lhe dá conhecimento. Entendemos, porém, que João se refere ao Espírito Santo como a unção que o cristão recebe de Cristo, por vários motivos. “Unção”, no Antigo Testamento, era o resultado do derramar de óleo ou azeite sobre determinadas coisas para separá-las para Deus (ver Ex 40.9,15). 

A unção a que João se refere é o Espírito Santo, pois: 
(1) Jesus Cristo foi ungido pelo Espírito Santo por ocasião de seu batismo no Jordão (At 10.38); 
(2) Cristo é o Ungido (Dn 9.26), o “Santo” (cf At 4.27,30) que ungiu os crentes com este mesmo Espírito, quando se converteram ao Evangelho da verdade (Ef 1.13), desta forma separando-os e consagrando-os para Deus; 
(3) Esta unção ou selo, que é a presença do Espírito nos crentes, é a defesa contra o erro religioso propagado pelos anticristos, pois o Espírito ilumina, guia e sela o cristão na verdade (Jo 15.26; 16.13), dando-lhes o verdadeiro conhecimento de Deus."⠀



Não faz sentido os crentes estarem buscando "unção" como se fosse algo distinto do próprio Espírito Santo. Fico a impressão que muitos falam da "unção" como um poder místico que vem de Deus para capacitá-los a serem vitoriosos, felizes e poderosos...⠀

O que a Bíblia nos ensina é buscarmos a plenitude do Espirito, que é o seu domínio e controle sobre nossa vida, o poder da Sua presença para vivermos e servirmos a Deus.⠀

Autor: Rev, Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: https://www.instagram.com/p/BwCLaU5hq6Q/
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Por Flávio G. Souza

Somos seres humanos falhos e pecadores, todos nós estamos sujeitos ao erro, pois o único que era perfeito foi o nosso Senhor Jesus Cristo.

Por causa de nossa religiosidade muita das vezes somos injustos com nossos semelhantes, porque queremos exigir perfeição onde não existe. Por isso precisamos perdoar, pois se não perdoarmos não seremos perdoados, Jesus deixou isso claro na parábola do credor incompassivo. Davi por exemplo era um homem segundo o coração de Deus (Cf. 1 Sm 13.14), adulterou e matou Urias, mas ao tentar esconder seu pecado a mão do Senhor pesava, porém ele se arrependeu e foi perdoado (Cf, Sl 32), todavia as consequências permaneceram.

Quando pensamos que podemos esconder nosso pecado, morremos espiritualmente. Assim aconteceu com Davi ao encobrir seu erro, pois a convicção do pecado e a correção do Senhor pesava sobre ele (Cf. Sl 32.4; 38.2,10). Pena que esses assuntos são muito pouco abordados em nossas igrejas, pois a teologia da prosperidade com seus discursos motivacionais ganhou grande força entre os crentes modernos.

O perdão bíblico

Quando cairmos em algum pecado devemos pedir perdão a Deus, e é necessário nos perdoarmos, pois o sacrifício de Cristo é perfeito, ele abrange os pecados do passado, presente e futuro (Hb 10.1). Se somos discípulos de Jesus, podemos até cair pois é natural da natureza humana, mas a Graça de Deus é quem nos sustenta e é ela que nos levanta quando caímos em alguma falta.


E da mesma maneira que somos perdoados por Deus, assim devemos perdoar os nossos devedores, pois assim nos ensinou Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt 18.21-35). Também temos o caso da mulher adultera, ela não precisou fazer uso da hipnose 'evangélica', regressão, e muito menos confessar com quem pecou e quantas vezes vendeu o seu corpo. O perdão de Jesus é simples "E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (Jo 8.11). Deve-se lembrar que quando ofendemos alguém, é uma obrigação confessarmos a Deus e a pessoa lesada (Tg 4.16).

Conclusão

Devido a falta do ensino genuíno da Palavra de Deus em nossas igrejas, vemos muitas pessoas presas no engano, pois pensam que quando ofendem a alguém com suas atitudes só devem pedir perdão a Deus e assim "resolvido o problema". Mas o perdão bíblico nos confronta e nos obriga a pedir desculpas a quem nós lesamos por ocasião de nossa má conduta. E por causa da negligência deste ensinamento nas nossas igrejas, encontramos muitas pessoas amarguradas, porque foram feridas por gente que se diz seguidor de Jesus. Se você cometeu algum erro com seu próximo e não pediu perdão, é necessário se desculpar com o ofendido, pois além de estar se curando emocionalmente, cumprirá o que a Bíblia diz.

Pense nisso.

Graça e paz.
Deus abençoe.
Por Flávio G. Souza

Ultimamente temos visto a grande mídia em geral promovendo uma ampla propagação sobre o que é conhecido por "ideologia de gênero".

Essa teoria nasceu a partir de laboratórios sociais das principais universidades do mundo, ensinando que a sexualidade não passa de uma construção social.

Os defensores da ideologia de gênero promovem conceitos com propósito de destruir a família e causar a inversão de valores na sociedade, para assim afrontarem a fé judaico-cristã, que é majoritariamente conservadora. Segundo a ideologia de gênero, ninguém nasce homem nem mulher, mas neutro, para que assim no futuro essa pessoa venha se decidir sobre sua "sexualidade".

Antigamente os defensores da agenda progressista falavam que a pessoa já nascia nessa condição, mas hoje, é pregado que a ela se torna. O quão confuso é todo esse movimento, toda hora estão mudando de pensamento, e nunca possuem uma ideologia sólida e firme por ocasião do relativismo.

1. O que é a ideologia de gênero?

A ideologia de gênero procura desconstruir os papeis dos sexos masculino e feminino, visando destruir a família tradicional e descontinuar o casamento. As Sagradas Escrituras nos ensinam que esse pecado provoca graves consequências ao ser humano, que acaba sofrendo males devido a sua desobediência (Rm 1.27).

2. A relativização das verdades bíblicas

Os adeptos da ideologia de gênero dizem que o sexo biológico não é um fator determinante para o papel masculino e feminino, ou seja, alguém que nasceu com o sexo biológico masculino, pode desejar desenvolver comportamento típico de mulher e vice-versa.


Para eles, o desejo sexual e o gênero, não estão relacionados com o sexo. Desta maneira a identidade de gênero e a orientação sexual, são construídos ao longo da vida. Mas a Palavra de Deus nos adverte severamente perante esse comportamento, o homem não pode confrontar o Criador criando sua "verdade", isso é uma afronta a Soberania de Deus (Rm 9.20).

3. A criação de Deus e sua verdade imutável

Deus ao criar o ser humano, o fez conforme a sua imagem e semelhança, formando-os como seres sexuais, isto é, homem e mulher (Gn 1.27), e por meio de sua sexualidade deveriam povoar e governar o mundo. [1]

Deturpar esse conceito, é destruir um ponto central da sexualidade humana, pois ela ocupa um lugar central na identidade do ser humano. É impossível um ser humano ir contra uma verdade comprovada nas Sagradas Escrituras, somente o relacionamento heterossexual tem a capacidade de gerar filhos, isso é uma verdade universal.

A intimidade sexual uniu o primeiro homem e a primeira mulher os tornando uma só carne, e ainda hoje a intimidade sexual tem mesmo efeito, pois ela envolve a pessoa como um todo, validando as relações sexuais como um compromisso mútuo de ambos. [2]

Embora a relação sexual tenha sido criada antes do pecado, ela foi deturpada pelas consequências do pecado, é uma força poderosa que pode ser corrompida com facilidade caso não seja devidamente canalizada (Cf. Lv 18; 1 Ts 4.3-8).[3]

3.1. A imagem e semelhança de Deus

No mundo antigo acreditava-se que uma imagem continha a essência do que representava. A imagem de uma divindade, mesma terminologia aqui empregada, era usada na adoração porque continha a essência daquela divindade. Isso não significava que a imagem pudesse fazer o mesmo que a divindade nem que parecesse com ela. Ao contrário, a obra da divindade era empregada por meio do ídolo. De modo semelhante, a obra de governar o mundo deveria ser desempenhada pelo homem, criado a imagem de Deus.[4]

Os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao sexo feminino. O homem é designado como macho e a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero, pois a cultura permanece sob o julgamento de Deus (1 Pe 4.17).[5]

3.2. A verdade não muda independente de cultura

Deus estabeleceu sua verdade desde a eternidade, nada muda ela mesmo que nosso ponto de vista seja diferente, pois não podemos lutar contra a verdade (Cf. 2Co 13.8). Deus deixou claro, fez apenas dois sexos, macho e fêmea (Gn 1.27), uma verdade inalterável, que nossos conceitos e preconceitos jamais mudarão.

4. O casamento monogâmico

Deus ao instituir o casamento, ordenou ao homem deixar pai e mãe e se tornar uma só carne com a sua mulher (Gn 2.24), isso representa que a união monogâmica sempre foi parte do projeto de Deus para humanidade. Deus criou macho e fêmea, existe essa diferença porque um complementa o outro, pode-se mudar a cultura, sociedade e tudo o que for possível, mas a palavra do nosso Senhor permanece inalterável (Mt 24.35).

5. Conclusão

Os ativistas progressistas por diversas vezes quando confrontados com a verdade das Sagradas Escrituras, acusam seus opositores de termos pejorativos como por exemplo: fundamentalista, homofóbico e de outros diversos termos. Contra a verdade não há negociação. Se os cristãos não se unirem e permanecerem neste estado de inércia, a igreja vai se contaminar com essa modinha aprovando tudo, sem o respaldo das Sagradas Escrituras. Devemos respeitar as pessoas, isso é uma questão de ética, mas o fato de respeitarmos, não significa que vamos ser coniventes com práticas errôneas, lembre-se aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado (Tg 4.17).

Graça e paz.
Deus abençoe.

Referência Bibliográfica:
[1] Bíblia de Estudo Nova Versão Transformadora, Mundo Cristão, 2018.
[2] Ibid.
[3] Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, John H. Walton, Victor H. Matthews, Mark W. Chavalas Pág. 33, 1ª Edição 2018, Edições Vida Nova. 
[4] Ibid. Pág. 34.
[5] Valores Cristãos, Enfrentado as questões morais de nosso tempo, Douglas Baptista, 1ª Edição, CPAD.
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Flávio G. Souza

A visão do G12 vem sendo amplamente propagada por algumas denominações, isso acontece porque a igreja de um modo geral é muito aberta a novidades. E essa liberalidade vem tirando de certa forma a centralidade da Palavra de Deus em nossos cultos, que ao invés de trazer liberdade aos cativos, traz escravidão aos que aderem aos dogmas de uma congregação.

Por ocasião dessa liberalidade aos modismos, tornou-se comum a propagação dos falsos ensinos presentes no movimento G12, como por exemplo: cobertura espiritual, quebra das maldições hereditárias, confissão positiva, teologia da prosperidade, só que claro de forma disfarçada. E o que mais me deixa triste é ver as pessoas ficando escravas dessas heresias destruidoras.

A origem do G12

Todo cristão protestante certamente deve conhecer o Sola Scriptura, que significa Somente a Escritura, isto significa crer na suficiência da Palavra de Deus. O problema do movimento G12 está na sua origem, onde ele apresenta-se como uma 'nova revelação divina', que supervaloriza a visão dos doze como solução última para a igreja dos dias atuais. A palavra "novo", utilizada ininterruptamente pelo G12, carrega intenções malignas objetivando desestabilizar igrejas que já existem, como se o G12 fosse a "última revelação de Deus" para o momento. Pior: os líderes do G12 dizem que caso as igrejas não participem desta "nova visão", serão substituídas por outras. Nesse sentido, o G12 em nada difere das chamadas seitas proféticas.[1]

Mas a revelação de Deus ao homem já se encontra escrita no Antigo e no Novo Testamento, não cabe acrescentar a nós mais novas revelações extra-bíblicas (Is 8.20; Ap 22.19). Como disse no artigo sobre o G12 e a cobertura espiritualde acordo com Castellanos, Deus o orientou para que ele levasse ao mundo o "novo modelo" de crescimento de igreja. Segundo o que está disposto na cartilha do movimento, o mais produtivo é sempre conquistar pessoas "que não tenham visão alguma".[2]

Ora, uma coisa deixa em dúvida este "novo modelo", então o que foi praticado desde o período apostólico estava errado? Devemos tomar muito cuidado com essas "novas revelações", pois elas sempre aparecem com uma boa aparência, mas no fundo nega a verdade absoluta que está contida nas Sagradas Escrituras (Cf. Mt 7.5; 2 Pe 2.1). Começou com doze, mas teve a igreja de Atos que não se restringiu em grupos de doze por exemplo. Portanto estejamos centrados no que ordena a Bíblia e não procurar inovar a igreja com "novas revelações", aprendamos que a Palavra de Deus é suficiente, pois vai ser por ela que nós julgaremos se um ensino vem de Deus (Cf. Ef 5.11; Rm 12.9; 1 Ts 5.21).


Porque ser contra o G12?

Apesar do movimento G12 falar de pecado, do sacrifício de Cristo e de outros assuntos que são verdadeiros, infelizmente as doutrinas estranhas presente neste movimento são heresias destruidoras que abalam gravemente os pilares da fé cristã, como por exemplo, maldição hereditária (Onde fica o sacrifício de Cristo na cruz?), confissão positiva (Como assim nossas palavras tem poder?), mapeamento espiritual, cobertura espiritual (Nossa cobertura é o sangue de Jesus e não a famosa "teologia do guarda-chuva"), encontro com Deus, teologia da prosperidade, cura interior, e dentre outros. Todas essas falsas doutrinas vão de confronto com o que diz a Palavra de Deus, e não podemos compactuar com elas, fujamos das vãs filosofias, pois só escravizam as pessoas que adotam essa visão.

Mas isso também não quer dizer que sou contra a igreja se reunir em casas para estudar a Palavra de Deus, e sim me contraponho a submissão absoluta dos liderados aos líderes, como se eles fossem inquestionáveis. Essa prática presente no movimento G12 apenas evidencia que o propósito deles é manipular e não trazer a verdade.

Ter um líder na direção de Deus é de grande importância, mas acima de tudo devemos analisar tudo pela Palavra de Deus, como bem disse John Piper "Só se submeta ao seu pastor se ele for submisso a Bíblia", e assim precisamos ser, não seguir cegamente tudo o que falam, mas analisar tudo através das Sagradas Escrituras.

Portanto, tenhamos cautela e estejamos vacinados contra esses ensinos que vão de confronto contra a fé cristã, a Bíblia já nos alerta sobre esses modismos (1 Jo 2.18), o evangelho trabalha na simplicidade e não com "novas revelações" como foi o caso do Castellanos, descartando de certa forma todo o modelo evangelístico desde os tempos apostólicos.

Graça e paz.
Deus abençoe.

Referencias Bibliográficas:
[1] O que está por trás do G12, Paulo Cesar Lima, 2000, CPAD, Pág. 38.
[2] Flávio G. Souza, O G12 e a "cobertura espiritual", https://evangelhosegundoasescrituras.blogspot.com/2018/11/existecoberturaespiritual.html
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Por Flávio G. Souza

As vezes encontro pessoas com dúvidas sobre o texto de 1 Pedro 3.19, e uma grande parcela por desconhecerem as regras da hermenêutica bíblica, dizem coisas que o texto não afirma. E para que seja possível extrair o verdadeiro significado do texto, sem que a Bíblia entre em contradição, temos que nos atentarmos para as regras da hermenêutica bíblica, pois estamos tratando de um texto de difícil interpretação.

Alguns frequentemente, o interpretam como se Cristo tivesse realizado algum tipo de trabalho missionário no lugar que se encontravam os mortos, dando-lhes assim oportunidade de salvação. Eu por exemplo já vi gente tentando fazer um link de Efésios 4.8 com 1 Pedro 3.19, na tentativa de fundamentar essa interpretação, mas um estudo aprofundado em ambos os textos, derruba toda possibilidade de um trabalho missionário aos mortos.

Esta interpretação não é válida, porque ela contraria a Bíblia, após a morte vem o juízo, assim o homem tem apenas uma chance de salvação (Hb 9.27), portanto fica selado nosso destino eterno (Lc 16.19-31). Na tentativa de contra-argumentar sobre o texto de Lucas 16.19-31 algumas pessoas associam as parábolas de Jesus a fábulas, mas essa é uma afirmação equivocada porque as parábolas são figuras alegóricas para explicar uma realidade moral, já a fábula trata de ilusão. Fábulas estão correlacionadas a algo falso, uma mentira, usar este tipo de argumento é chamar Jesus de mentiroso. Se afirmamos que parábolas tem alguma relação com fábulas, estaremos contrariando as Sagradas Escrituras, pois nosso Senhor Jesus Cristo nunca falou por fábulas (1 Pe 3.18).

CONTEXTUALIZANDO

Para que possamos entender o texto, necessitamos ter como princípio hermenêutico descobrir qual o propósito dele ter pregado aos espíritos em prisão, e quem eram esses espíritos. O contexto está tratando da geração pré diluviana (Cf. 1 Pe 3.19-20; Gn 6.14; 7.1; 8.1, 16; Mt 24.38; Hb 11.7), e em resposta ao aumento da perversidade da humanidade Deus enviou o diluvio (Gn 6.5.7). Noé, porém, encontrou Graça diante do Senhor (v. 8), pois:
  • Ele Andou com Deus em um ambiente mau (Gn 6.8-12) 
  • Obedeceu quando lhe foi dado uma tarefa (v. 6.14, 22;7.5)
  • Foi lembrado por Deus e salvo da morte (8.1)
  • Pela fé trabalhou para sua salvação (Hb 11.7)
  • Advertiu seus vizinhos acerca do juízo vindouro (2 Pe 2.5)
  • Edificou o primeiro altar de que há registro (Gn 8.20)
  • Foi horando pelo Senhor com uma aliança eterna (9.12-17).
A civilização pré diluviana foi avisada através de Noé sobre o juízo de Deus (2 Pe 2.5), pois o Senhor deseja que todos cheguem ao conhecimento da verdade e se arrependam (1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9), mas eles permaneceram na desobediência e preferiram continuar no caminho da perversidade, o resultado disso fez com que apenas oito almas fossem salvas (Cf. 1 Pe 3.20).

Vemos pela Palavra de Deus, que a interpretação sobre o trabalho missionário aos mortos, concedendo assim uma segunda chance aos que rejeitaram a mensagem sobre o juízo de Deus não se sustenta, pois eles foram avisados através de Noé. Aos que defendem esta interpretação a dilatam para incluir a teoria da provação depois da morte. Segundo essa corrente, o morto impenitente terá uma segunda chance. Porém, em nenhuma passagem da Escritura, há alguma indicação de que os que morrem sem arrepender-se terão uma segunda chance.

Segundo ponto a ser avaliado, para que possamos entender o texto com mais clareza, é necessário saber a natureza da mensagem anunciada por Cristo aos espíritos em prisão. O texto afirma que ele apenas proclamou, palavra grega (κηρυσσω) kerysso. É importante ressaltar que Pedro usa estas palavras como exemplo de castigo eterno e não de salvação, portanto a ideia de que a salvação está sendo oferecida no mundo dos mortos é fora de cogitação. Se o texto estivesse realmente se referindo a um trabalho missionário entre os mortos, Pedro teria usado a palavra grega evanggelizen e não kerysso para deixar claro que o tipo de pregação vitoriosa sobre o inimigo e toda malignidade do universo (Cf. 2 Pe 2.4-9; Cl 2.15).

Esta passagem não se refere a salvação de determinados indivíduos, mas a declaração da vitoria de Cristo sobre a morte e o inferno, logicamente o significado da expressão "pregou aos espíritos em prisão" é de que a mensagem pregada por Noé era verdadeira, pois temos a promessa da redenção descrita já Gênesis 3.15, referindo-se a vitória de Cristo na cruz.

Assim como todo o restante da Bíblia, o texto é explicado pela própria Bíblia, isto é, analisando de forma correta todo o contexto. Claro que com o devido método para se extrair do texto o seu real significado, este detalhe é de muita importância, pois assim não colocamos a Bíblia em contradição com outros textos.

Aos que ainda tem dúvida por causa do texto de Ef 4.8-10, recomendo a você ler o artigo 'O que significa Cristo ter levado cativo o cativeiro?', neste estudo tem uma explicação que vai ajuda-lo a conciliar 1 Pe 3.19 e Ef 4.8-10.

Graça e paz.
Deus abençoe.

Referência Bibliográfica:
[1] https://evangelhosegundoasescrituras.blogspot.com/2018/10/oquesignificalevarcativoocativeiro.html. O que significa Cristo ter levado cativo o cativeiro?. Flávio G. Souza, 

Bíblias Utilizadas:
Bíblia Thompson
Bíblia De Estudo Palavra Chave
Bíblia King James Atualizada (KJA)
Bíblia Apologética com os apócrifos 
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