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Por Flávio G. Souza

A confissão positiva que antigamente era desprezada pelos cristãos, ganhou muitos adeptos nos últimos anos devido a falta de ensino nas igrejas que investem mais em entretenimento do que na pregação do evangelho. O grande problema dessa heresia no cristianismo bíblico, é a crença em um deus diferente do revelado nas Sagradas Escrituras, em um Jesus que contradiz o que ele ensinou no Novo Testamento, e o endeusamento do homem.

A teologia da confissão positiva está diretamente ligada teologia da prosperidade, pois expressam o mesmo ponto de vista teológico, por ocasião da pessoa ter de "determinar a vitória", por isso o uso deste termo.

HISTÓRIA DA CONFISSÃO POSITIVA

O movimento da confissão positiva ganhou muita força dentro de igrejas pentecostais, mas a sua origem não ocorreu no pentecostalismo e sim no ocultismo. O originador da confissão positiva Finéias Parkhust Quimby, que era um curandeiro e hipnotizador, negava a existência do sofrimento, do pecado, da enfermidade e etc. Fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da mente. E seus pensamentos influenciaram Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã.

O PAI DA CONFISSÃO POSITIVA

Essek William Kenyon influenciado pela Ciência da mente, Ciência Cristã e pela Meta física do Novo Pensamento, hoje é reconhecido como o pai da Confissão positiva que por sua vez, se identificava com a Teologia da Prosperidade e com a Palavra da fé ou Movimento da Fé. Muitas frases popularizadas pelos atuais mestres da prosperidade, como “o que eu confesso, eu possuo”, foram originalmente cunhadas por Kenyon. Kenneth Hagin tomou emprestado pesadamente da obra de Kenyon, incluindo sua declaração que diz: “Cada homem que nasceu de novo é uma encarnação [divina], e o cristianismo é um milagre. O crente é tanto uma encarnação quando o era Jesus de Nazaré”.[1]

A BÍBLIA DA BASE PARA O MOVIMENTO DE CONFISSÃO POSITIVA?

Uma das táticas favoritas dos mestres da Fé é o abuso de Provérbios 18.21 (“A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”), a fim de provar que a confissão positiva é ensinada pela Bíblia. Mas apesar de ficar claro, pelas Escrituras, que nossa língua exerce um impacto devastador sobre outras pessoas, não há o menor apoio bíblico à ideia de que nossas confissões tenham o poder de criar a realidade.

Só Deus é capaz desse feito. Se Deus pudesse ser controlado mediante as confissões positivas, ele seria reduzido à condição dum servo cósmico, sujeito às fórmulas da fé. Você seria Deus e, ele, um rapazinho de recados! Você se sentaria no trono de um universo girando em torno de seu próprio ego, com uma visão minúscula de Deus e hipertrofiada do homem.[2]

E hoje infelizmente tem-se feito isso com a imagem de Deus, colocando como um ser que implora pela atenção do homem, por isso a necessidade de combatermos essa falsa doutrina que é uma afronta a soberania de Deus.

PRINCIPAIS MOVIMENTOS DA CONFISSÃO POSITIVA

Geralmente quem mexe com a confissão positiva, são palestrantes de cura interior e batalha espiritual, além dos cultos de quebra de maldições hereditárias, onde se tem a necessidade de renunciar os pecados pessoais, dos antepassados, das alianças passadas feitas com entidades malignas e etc. As pessoas que fazem esse tipo de trabalho conscientes, são descritas nas Sagradas Escrituras, como obreiros fraudulentos (Cf. 1 Tm 6.3-6; 2 Co 11.13-15; Ef 4.14; 2 Jo 9,10).

Para fugir das criticas, os mentores e promotores da Confissão positiva, julgam-se acima da crítica, ameaçando os que refutam a sua mensagem citando o texto de Salmos 105.15. Mas Deus ordena que todo homem examine a Bíblia (Cf. Is 34.16). Jesus nosso maior exemplo agiu da mesma maneira "Quem me convence de pecado?" (Jo 8.46). E da mesma maneira nos é recomendado a reconhecer tais obreiros por seus frutos (Mt 7.16). Pois a autoridade da Palavra de Deus para detectar, examinar e rejeitar as doutrinas heréticas é ordenada a todos os crentes (Cf Rm 16.17-18; 1 Tm 4.16; Tt 1.9)

DEUS E O HOMEM

A teologia da prosperidade para conseguir adeptos bebeu muito da confissão positiva, nessa ramificação teológica, é necessário determinar, caso contrário é falta de fé. E segundo eles, você precisa ter a fé de Deus para falar e as coisas acontecerem, pois a fé foi a substância que Deus usou para criar o Universo.

O grande problema dos pregadores da prosperidade é que eles esquecem que Deus é Onipotente, Soberano, Onisciente e Onipresente, Ele criou todas as coisas com o poder de suas palavras (Sl 33.9; Hb 11.3). A fé é algo para o ser humano, pois ela "é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem" (Hb 11.1). Deus é Soberano, portanto não é necessário Ele ter fé para criar todas as coisas (Hb 11.3).

Na confissão positiva, acontece o inverso. O homem é Soberano, colocando Deus como um coitadinho que implora pela boa vontade do homem. E esse deus estranho, constituí-se zombaria e um insulto aos cristãos.

Mas com o Deus da Bíblia não é dessa maneira, Ele é infinito (1 Rs 8.27), Onipotente (Is 40.12-15), Espirito (Jo 4.24), Ele enche o céu e a terra (Jr 23.23-24), além dEle não há outro Deus (Is 43.10; 44.6-8), e nenhum de seus pensamentos pode ser impedido (Jó 42.2).

O HOMEM

"O homem ... foi criado em termos de igualdade com Deus". Noutras palavras: Adão foi uma exata duplicação de Deus! "Deus assumiu a natureza humana para que o homem assuma a natureza divina". Essas declarações da Confissão Positiva são perversões doutrinárias; chocam a qualquer cristão de bom senso.[3]

Essa ideia é tão absurda que devemos repudiar e se possível, impedir que essas pessoas tenham acesso as nossas igrejas para pregar. Pois quem começou com essa ideia de endeusar o homem foi Satanás no Jardim do Éden (Cf. Gn 3.4-5). E existe uma grande diferença entre o homem e Deus. Deus não é o homem (Cf. Nm 23.19), nem o homem é Deus (Cf. Is 31.3; Ez 28.2, 9; Os 11.9; At 14.11-14). 

O CRISTO DA CONFISSÃO POSITIVA

Diferente do que muitos falam, o Jesus anunciado pela confissão positiva não é o mesmo revelado no Novo Testamento. Mas é completamente contrário ao Cristo descrito no Novo Testamento. Pois segundo os adeptos da Confissão Positiva, Cristo morreu duas vezes. A primeira morte foi física na cruz; mas esse sacrifício segundo eles, não salva. A segunda morte porém, foi espiritual, Jesus foi levado ao inferno para padecer nas mãos de Satanás. Essa é a morte que salva, segundo eles. O Jesus da confissão positiva não é o da Bíblia (1 Co 11.4).

Essas duas mortes não passam de pura invenção. Se é a morte espiritual de Jesus que salva, porque "o verbo se fez carne?"? Jesus torna-se homem para morrer espiritualmente é um absurdo diante de textos como Rm 8.3; 1 Pe 2.24; 4.1.[4]. Diferente dos pregadores da Confissão Positiva, o Novo Testamento fala da morte física Jesus (Cf. Ef 2.13-14; Hb 10.19-20; 1 Pe 4.1; 1 Jo 1.7; Ap 1.5). Portando nossa redenção foi feita na cruz e não no inferno como esses pseudos-pregadores afirmam.

RIQUEZA E SAÚDE

Os adeptos da teologia da prosperidade, por ocasião de suas doutrinas estarem enraizadas na confissão positiva, afirmam que quando um cristão fica doente, é sinal de pecado ou falta de fé. Pois, se baseiam erroneamente no texto de Isaías 53 para afirmar que Cristo levou todos os nossos problemas, por isso na teologia da prosperidade o instrumento que "mede a santidade" do cristão é se ele possui propriedades, dinheiro e saúde.

Mas as doenças não são consequências de maldições faladas ou as famosas "heranças familiares", e sim por causa da desobediência de Adão no Éden (Rm 5.12). Na Bíblia tem casos de pessoas que ficaram doentes por causa de sua desobediência a Deus (Nm 12.10), em outros casos a enfermidade levou a morte (2 Cr 26.16-23; At 12.21-23). Por outro lado temos homens com enfermidades físicas, Timóteo (1 Tm 5.23) e Trófimo (2 Tm 4.20). Por isso é de grande importância termos o discernimento para saber quando a enfermidade é física ou espiritual. É importante ressaltar que cada um é responsável por si mesmo, não podemos dizer que sofremos uma maldição por causa de um erro de nosso antepassado, isso só ocorre se andarmos no mesmo caminho em que eles andaram (Ez 18.20).

Também é falsa a afirmação de que pobreza é falta de Deus, a Bíblia é clara quando diz que a vida do homem não se constitui nos bens que ele possuí (Lc 12.15). Por isso é importante evitar os extremismos (Pv 30.8-9).

A riqueza não é condenada na Bíblia, mas é benção de Deus quando adquirida de forma honesta e que não tenha uma visão voltada para os deleites deste mundo (Tg 4.3), a pobreza também não é maldição (Pv 17.1; 1 Tm 6.7-9). O que a Bíblia condena é o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10), pois ser avarento é uma forma de idolatria (Cl 3.5), tudo o que ocupa o lugar de Deus em nossa vida, torna-se o nosso deus (Fp 3.19).

CONCLUSÃO

Algumas pessoas que caíram em igrejas erradas, se revoltaram com o que a Bíblia diz justamente porque foram mal instruídas na Palavra de Deus. Este movimento que se alastrou através de igrejas neopentecostais, vem destruindo a fé de muitas pessoas. Esses pregadores induzindo as pessoas a acreditarem que o pedimos em nome de Jesus se cumpre, quando não acontece, para não admitirem que estão errados, falam que foi falta de fé. 

Não se deixe enganar por esse falso evangelho, aprendamos o "Seja feita a Tua vontade", e não a nossa, pois devemos ter o mesmo sentimento que Jesus teve quando veio a terra (Fp 2.5-8), tenhamos a consciência de que Deus é Soberano e que seus planos não podem ser frustados (Jó 42.2). 

Graça e paz.
Deus abençoe.

Referencias Bibliográficas:
[1] Cristianismo Em Crise, Hank Hanegraaf, CPAD, 1993, Pág. 35
[2] Ibid. Pág. 90.
[3] Lições Bíblicas, Seitas e Heresias — “Se alguém vos anunciar outro evangelho, seja anátema”, Esequias soares, Pág. 28. CPAD. 1997.
[4] Ibid. 29.

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