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Por Flávio G. Souza

Em nossas igrejas é comum encontrarmos pessoas com dúvidas sobre a doutrina da salvação. Em casos mais extremos, encontramos os que acham que por estarem ativos na igreja são salvos.

Isso é um reflexo da falta de ensino, pois ao invés de ensinar a Palavra, muitos pastores usam o título para se promover e impor medo nos ouvintes.

O desastre vemos em nossas igrejas, ao invés de produzir cristãos maduros e equilibrados, encontramos repetidores de informação. A principal ameaça que vemos por parte desses líderes religiosos é, "se sair daqui você vai perder a cobertura espiritual e estará debaixo de maldição", mas isso é uma falácia, devemos ter como prioridade a Bíblia em nossa vida.

A salvação não está presa a denominações, muito menos a líderes, é somente pela Graça (Ef 2.8-9). Algumas pessoas ainda acham que por seguir determinadas regras e guardar a Lei mosaica, ela será salva, mas não é assim. Para entendermos este assunto, precisamos saber qual era a finalidade da Lei no Antigo Testamento.

1. A função da Lei:

A Lei servia para instruir e ensinar ao povo o que Deus estabeleceu aos israelitas, a fim de eles terem um convívio próspero, pacífico e harmonioso na terra de Canaã. A Lei não tem poder para nos justificar (Rm 3.20), mas os mandamentos contidos nela contém preceitos que são indispensáveis tanto na parte moral, de ética e vida. É impossível o homem cumprir a Lei com perfeição, não foi à toa que Deus mandou Seu Único Filho para cumprir e morrer em nosso lugar.

2. Lei e a Graça:

A Lei tem seu propósito, ela nos mostra quão terrível é o pecado, 'pela lei vem o conhecimento do pecado' (Rm 3.20). Ela tinha o objetivo de preservar o povo de Israel do pecado, e revela a necessidade do ser humano depender da Graça de Deus, para que seja possível alcançarmos a salvação. Para o homem é impossível cumprir a Lei de Deus exigida no Antigo Testamento (Cf. Rm 7.19; Tg 2.10), por isso a função dela é conduzir a Cristo (Gl 3.24). O sacrifício de Jesus na cruz foi completo, pois o sangue de animais não perdoava pecados, apenas cobriam (Hb 10.4). A obra da cruz é completa e tem abrangência de apagar pecados do passado, presente e futuro (Hb 10.1).

3. A Graça revela que a lei é imperfeita:


A superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga é notória nas Sagradas Escrituras (Hb 8.13; Gl 5.18), porque estamos mortos para Lei (Rm 7.4; Gl 2.19). O escritor aos Hebreus também diz que a Lei é imperfeita (Hb 8.6,7,13), e da mesma maneira o Apóstolo João afirma, foi Cristo que nos trouxe a Graça e a verdade (Jo 1.17). A lei não tem poder de justificar o homem, ela só serve para apontar nosso pecado. Exemplificando, vamos supor que você está dirigindo a 100 Km/h em uma rua de 60 Km/h, certamente se um radar de trânsito ou um policial lhe flagrar infringindo a lei, você pagará uma multa, da mesma maneira é a Lei no Antigo Testamento. Ela só apontava o pecado, e não trazia justificação. Nem se tentarmos fazer tudo certo aos nossos olhos, ainda assim nossas obras são como trapos imundos (Is 64.6), somente a fé em Jesus pode nos justificar (Rm 5.1).

4. Então não existe Lei?

Sempre existiu lei, pois sem ela não existe ordem. Deus colocou ela no coração do homem, porque todos sabem que roubar é errado, temos essa consciência, o que chamamos de lei moral.

Mas ainda existem algumas pessoas que acham que se observar as leis do Antigo Testamento, serão salvas mas isso só conduz ao legalismo. Cristo cumpriu a Lei em nosso lugar, pois é impossível o homem cumprir (Cf. Rm 7.19; Tg 2.10). Por isso ele estabeleceu uma Nova Aliança, e mandou que nos amemos (Jo 13.34). Quando amamos estamos cumprindo com perfeição o que exige a Nova Aliança (Rm 13.8-10), quem ama cumpre a lei de Cristo.

A lei, portanto, serviu ao israelita, a quem foi dada, como um pedagogo, ou aio, até que a fé viesse. Mas depois que a fé veio, não estamos mais sujeitos ao pedagogo. Em outras palavras, o objetivo último da lei é fazer que o pecador sinta a necessidade de justificação e perdão, e levá-lo, ao final, a confiar em Jesus Cristo e a recebê-lo como seu único Salvador e Senhor, recebendo dele a salvação do pecado e da consequência deste, a morte espiritual.[1]

5. Nossa dívida foi paga por Jesus na cruz:

Éramos devedores por causa do pecado, e mesmo se nós morrermos pelo nosso pecado, ainda assim não iriamos alcançar a salvação. Pois o pagamento pelo pecado é a morte (Rm 6.23), e todos pecaram, não há um que diga que é sem pecado (Rm 3.23). Merecíamos condenação, e isso não tornaria Deus injusto em seu julgamento, mas por amor resolveu entregar o Seu Único Filho para morrer em nosso lugar (Jo 3.16). Foi por amor e não por que nós somos 'bonzinhos' aos nossos olhos. O problema de algumas pessoas hoje, é que elas constroem na sua mente o seu próprio deus, e se recusam a conhecer o Criador revelado nas Sagradas Escrituras. 

Ainda assim alguns argumentam, a salvação é pela Graça, mas devo me esforçar porque 'o céu é tomado a força'. Este é um dos argumentos mais usados, baseados de forma equivocada no texto de Mt 11.12. O Apóstolo Paulo escreve que nossa natureza pecaminosa só deseja o que é mal (Rm 7.15), se é assim como vamos conciliar o texto de Mateus 11.12 com Romanos 7? Para entendermos este assunto devemos saber o tema central das Sagradas Escrituras, a Graça e a verdade revelada por Jesus Cristo. Nosso salvador viveu uma vida sem pecado, Ele é descrito na Bíblia como o segundo Adão (1 Co 15.45), o primeiro fracassou, mas o segundo venceu. Por ocasião do sacrifício de Cristo, a Graça de Deus nos é manifesta por causa da obra realizada por ele na cruz (Jo 12.32; Tt 2.11).

Por isso precisamos seguir a recomendação de Paulo, sejamos imitadores de Cristo (1 Co 11.1), a Graça foi o suficiente para Apóstolo Paulo (2 Co 12.9), porque então ainda insistimos em modismos e colocamos nosso pensamento acima do que diz as Sagradas Escrituras? Jesus se fez maldição por nós (Gl 3.13), pagou nossa dívida, nós nos apropriamos deste benefício quando somos justificados gratuitamente pela fé (Rm 5.1). Nossa dívida era o pecado, que para Deus é uma afronta a Sua santidade, Ele é santo.

Na visão cristã o próprio Deus que faz a proposta, o Pai apresenta o Filho como sacrifício propiciador, Jesus oferece a si mesmo no nosso lugar, desviando a ira divina com a sua morte. Ele se interpõe entre nós e a santa ira de Deus.[2]

A salvação é somente pela Graça, não vem de nossas obras, é dom de Deus (Ef 2.8-10), isso é cristianismo, tudo o que fazemos é por causa dEle e nEle nos movemos e vivemos. A salvação é iniciada e completada por Ele (Fp 1.6), e de nenhuma maneira Deus risca o nome de um cristão do Livro da vida (Ap 3.5). Nossas obras para Deus são como trapos de imundícia, por isso ninguém pode ser justificado por seus atos de justiça (Is 64.6).

Referência bibliográfica:
[1] ALMEIDA, Abraão. O sábado, a Lei e a Graça. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 46,47).
[2] CHESTER, Tim, Conhecendo o Deus trino,  Editora Fiel.

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