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Por Flávio G. Souza

Estava lendo o livro Pregação e pregadores do Martin Lloyd Jones e uma coisa me chamou a atenção em sua exposição sobre o tema. Por isso senti a necessidade de compartilhar aqui com vocês.

Hoje podemos encontrar pessoas com um pensamento equivocado sobre o evangelismo, pois acham que é necessário agir como o mundo age para que dessa forma eles possam ser atraídos, mas esse é um conceito totalmente antibíblico.


Como bem ilustrou Martin Lloyd Jones em sua obra:

"..deixe-me ilustrar o que quero dizer, mediante um bem conhecido exemplo. Terminada a Primeira Guerra Mundial, houve na Inglaterra um famoso clérigo que se tornou conhecido pela alcunha de "Woodbine Willie". Por que ele era chamado de "Woodbine Willie”? A explicação é que ele fora capelão do exército e obtivera grande sucesso nessa atividade. Seu êxito ele mesmo atribuía ao fato — e muitos concordavam com ele nesse particular — de que confraternizava com os homens das trincheiras de maneira familiar. Fumava juntamente com eles e, em particular, fumava aquela marca barata de cigarros conhecida pelo nome de “Wild Woodbine”, mais comumente ainda chamados “Woodbines”. Antes do ano de 1914, cinco cigarros dessa marca podiam ser comprados por um centavo. Ora, essa marca de cigarros não era do tipo que um oficial geralmente fumaria, embora fosse consumida pelos soldados. Assim, aquele homem, cujo nome era Studdert-Kennedy, a fim de deixar os seus homens à vontade, e a fim de facilitar o seu trabalho de capelão, fumava os "Woodbines”, donde lhe proveio o apelido de “Woodbine Willie”. E não somente isso, mas, observando que a maioria dos homens não sabia falar sem usar palavrões, ele também usava palavrões. Não é que ele quisesse usar palavrões, mas mantinha a posição de que se quisermos conquistar as pessoas, então precisamos usar a mesma linguagem delas e ser semelhantes a elas em todos os aspectos. Tudo isso, certamente, tornavam-no uma figura popular — não se admitam dúvidas a respeito. Terminada a Primeira Guerra Mundial, ele costumava percorrer o país, ensinando isso e exortando aos pregadores para que fizessem a mesma coisa; e muitos tentaram fazê-lo e começaram a fazê-lo. Mas o veredito da história quanto a isso é que tudo redundou em completo fracasso, por não passar de uma “moda” temporária ou "dispositivo” que obteve notoriedade por algum tempo, mas que não tardou a desaparecer do modo de pensar da Igreja. No entanto, por algum tempo, fez furor como algo em voga. Da perspectiva do Novo Testamento, tudo aquilo se alicerçava sobre completa falácia. Nosso Senhor atraía os pecadores porque Ele era diferente. Aproximavam-se dEle porque sentiam haver nEle algo diferente. Aquela pobre mulher pecadora, acerca de quem lemos em Lucas 7, não se aproximou dos fariseus a fim de lavar-lhes os pés com suas lágrimas, e de enxugar-lhos com os seus cabelos. Não, mas ela pressentiu algo em nosso Senhor — Sua pureza, Sua santidade e Seu amor — e por essa razão se aproximou dEle. Foi a diferença fundamental que nEle havia que a atraiu. E o mundo sempre espera que sejamos diferentes. Essa ideia de que poderemos ganhar pessoas para a fé cristã se lhes mostrarmos que, afinal de contas, somos notavelmente parecidos com elas, é um erro profundo, teológica e psicologicamente falando.[1]


Nessa breve exposição do assunto não preciso nem comentar mais nada, não atraímos as pessoas imitando o mundo, fazendo isso estamos sendo mais um a se contaminar. Somos diferentes, somos imitadores de Cristo (1 Co 11.1). E o evangelho vem sendo envergonhado por causa de algumas pessoas com ideias equivocadas acerca da fé cristã. Não é imitando o mundo, cometendo os mesmos pecados que iremos atrair eles até Cristo, devemos ser referência para este mundo perdido e que não se importa com Deus. José foi para o Egito, mas o Egito não entrou nele, Jesus comia com os pecadores, mas o pecado não o atingia, a diferença do cristão é exatamente essa, não importa para onde ele vai, ele influencia o local e não é influenciado pelos outros. 

Seja imitador de Cristo, somos sal e luz do mundo, não estamos aqui à toa. Você precisa iluminar os pecadores por onde passar, pois Ele nos escolheu para dar fruto (Jo 15.16). Também temos a função de ser o conservante do mundo, se perdermos essa característica perderemos nossa identidade e consequentemente seremos envergonhados.

Bibliografia:
[1] Martin Lloyd Jones, Pregação e pregadores, pág. 101

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