No geral, vemos alguns "crentes" ferindo seus irmãos como se fossem inimigos. Mas qual será a marca do cristão que foi transformado pelo poder de Deus? Será a discórdia, o orgulho e o exclusivismo? Certamente não.
Existem assuntos secundários da teologia sobre os quais muitos teólogos de internet fazem um alarde nas redes sociais por coisas inúteis, promovendo a discórdia e a desunião entre os irmãos. No meio do povo de Deus, não pode haver essas brigas desnecessárias. Dialogar não é pecado, mas a disputa para mostrar quem tem mais conhecimento é onde habita o problema. Se há essas guerras entre nós, isso vem de nosso coração, não do evangelho, que é o poder de Deus. Esse comportamento apenas demonstra nossa natureza caída (Gl 5.19-21).
Para herdarmos o Reino de Deus, precisamos ter o fruto do Espírito. Sendo assim, conhecemos a árvore pelos frutos (Mt 7.20). Se os tivermos, vamos evidenciá-los naturalmente com as seguintes ações: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5.22-23). Se vivemos em Espírito, temos que buscar viver em unidade e não em discórdia. Não podemos permitir que coisas bobas venham nos separar. Se vivemos em desunião, as guerras que causamos em nome da apologética têm raízes em nossa carnalidade e não na ortodoxia cristã (Tg 4.1).
A humildade deve ser a marca de um cristão pelos seguintes motivos:
Porque é necessária ao serviço a Deus (cf. Mq 6.8);
Por causa do exemplo de Cristo (cf. Mt 11.29; Jo 13.14-15; Fp 2.5-8);
É uma característica dos santos (cf. Sl 34.2);
Os humildes são considerados por Deus (Sl 138.6; Is 66.2);
São ouvidos por Deus (Sl 9.12; 10.17);
Gozam da presença de Deus (Is 57.15);
Recebem livramento de Deus (Jó 22.29);
São elevados por Deus (Tg 4.10);
São os maiores no Reino dos Céus (Mt 18.4; 20.26-28);
Recebem mais graça (Pv 3.34; Tg 4.6);
São considerados em honra (Pv 18.12; 29.23);
São superiores à honra (Pv 15.33);
Resulta em riquezas, honra e vida (Pv 22.4).
Os santos devem:
Revestir-se dela (Cl 3.12);
Envolver-se nela (1Pe 5.5);
Viver em humildade (Ef 4.1-2);
Ter cuidado com a falsa humildade (Cl 2.18, 23);
Saber que as aflições visam produzi-la (Lv 26.41; Dt 8.3; Lm 3.20);
Evitar a falta de humildade, que é condenada (2Cr 33.23; 36.12; Jr 44.10; Dn 5.22);
Entender que julgamentos temporários podem ser desviados por ela (2Cr 7.14; 12.6-7);
Reconhecer sua excelência (Pv 16.19);
Reconhecer sua bênção (Mt 5.3).
Nenhuma pessoa que experimentou o novo nascimento age de forma soberba e prepotente, como muitas pessoas ignorantes pensam. O verdadeiro servo ama seu semelhante, porque o amor de Deus está derramado em seu coração (Rm 5.5). Essa tarefa de exercer o amor ao nosso próximo é natural e não algo forçado, como muitos imaginam.
Graça e paz.
Deus abençoe.