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Por Flávio G. Souza

Certo dia, um perito da Lei quis colocar Jesus à prova, perguntando-lhe o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Jesus então respondeu com outra pergunta: “O que está escrito na Lei? Como a interpretas?” (Lc 10.26-27).

O intérprete da Lei questiona Jesus com o objetivo de colocá-lo à prova e, ao ser indagado, responde citando duas passagens da Torá: Deuteronômio 6.5 e Levítico 19.18. Jesus então lhe disse: “Respondeste bem; faze isso e viverás”. É importante lembrar que Jesus não ensinava uma salvação pelas obras, mas demonstrava que o amor é a expressão visível de uma fé verdadeira e de uma devoção sincera ao Senhor.

Percebendo que sua tentativa de desmoralizar Jesus havia falhado, o perito tentou justificar-se, perguntando: “E quem é o meu próximo?” (Lc 10.29). Os judeus da época geralmente limitavam o conceito de “próximo” aos próprios israelitas. Foi então que Jesus, para ensiná-lo, contou a parábola do bom samaritano.

Nessa parábola, Jesus convida os ouvintes a se identificarem com o homem ferido à beira do caminho e não com o sacerdote, o levita ou até mesmo o samaritano, inicialmente. O sacerdote e o levita, ambos ligados ao serviço religioso, viram o homem ferido e passaram de largo. O sacerdote, talvez por receio de se tornar impuro ao tocar em alguém aparentemente morto o que o impediria de oficiar no templo. O levita, igualmente consagrado ao serviço religioso, seguiu pelo mesmo caminho da omissão. Nenhum dos dois quis arriscar sua pureza ritual para socorrer alguém em necessidade.

Contudo, um samaritano povo desprezado pelos judeus (Cf. Lc 9.52-53; 17.16; Jo 4.4-42) foi quem se compadeceu. Ele cuidou das feridas do homem, colocou-o sobre seu animal, levou-o a uma hospedaria e ainda pagou por sua recuperação. A atitude do samaritano confrontou diretamente o orgulho nacionalista dos judeus e expôs a superficialidade de uma religiosidade vazia. Mesmo relutante, o doutor da Lei teve que admitir que o verdadeiro “próximo” foi aquele que usou de misericórdia (Lc 10.37).

Essa parábola nos ensina que ter uma religião não nos torna automaticamente melhores que os outros. Enquanto o sacerdote e o levita símbolos da religiosidade institucional negligenciaram um homem em sofrimento, foi um samaritano desprezado quem agiu com compaixão.

Não devemos ser religiosos que colocam regras acima do amor. Devemos cuidar das pessoas, pois é através do nosso testemunho que elas conhecerão a Deus não por meio de um falso moralismo ou de uma fé apenas teórica. A verdadeira espiritualidade se expressa em amor prático, misericordioso e comprometido com o próximo.

Pense nisso.

Graça e paz.
Deus abençoe.

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