Com o crescimento do evangelho, tornou-se comum algumas igrejas se utilizarem do pragmatismo moderno, para investir em métodos que não possuem base nas Sagradas Escrituras, com o objetivo de encher os templos.
Isso é muito comum nas igrejas que possuem programas de televisão, onde encontraremos diversos tipos de campanhas para atrair o povo. O que faz essas programações de culto serem sempre cheias, são pessoas que vão para a igreja, não por causa de Jesus, mas que lá "terão os seus 'problemas' resolvidos". Não é o amor a Palavra de Deus que motiva esse povo, e sim os bens materiais.
Isso é muito comum nas igrejas que possuem programas de televisão, onde encontraremos diversos tipos de campanhas para atrair o povo. O que faz essas programações de culto serem sempre cheias, são pessoas que vão para a igreja, não por causa de Jesus, mas que lá "terão os seus 'problemas' resolvidos". Não é o amor a Palavra de Deus que motiva esse povo, e sim os bens materiais.
A Bíblia nos adverte, onde estiver nossa riqueza ali estará o nosso coração (Mt 6.21). Cristo morreu por nós na cruz do calvário, isso já é suficiente. A Graça do Senhor nos basta, não podemos nos apegar aos bens materiais, devemos acumular nosso tesouro no céu. Estar bem financeiramente ou falido, não é sinônimo de falta de espiritualidade, Deus é quem nos sustenta, as demais coisas são passageiras e um dia terão seu fim.
1. A CONFISSÃO POSITIVA E SEUS ENGANOS
A expressão "confissão positiva" pode ser interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão se refere literalmente a "trazer à existência o que declaramos com nossa boca", uma vez que a fé é uma confissão. Os defensores desta crença, vem travestindo a fé com os ingredientes da psicologia, do bem viver e da autoajuda. Não são capazes de enxergar o mal que estão fazendo aos seus seguidores.
A confissão positiva peca, quando conceitua erradamente a fé, pois ela deve ser entendida como um estado da personalidade humana, que consiste em firme assentimento que uma pessoa faz à realidade de Deus, de sua Palavra como revelação e às suas promessas contidas nessa revelação. Firme assentimento quer dizer aceitação sem qualquer dúvida. Esse estado de permanente atitude de assentimento envolve o exercício da vontade, isto é, a pessoa que tem fé deliberou crer. A confissão positiva não é considerada uma doutrina bíblica, pois ela cria um conceito sobre fé com base nas emoções, isso promove a superstição, temeridade e fanatismo.
A confissão positiva peca, quando conceitua erradamente a fé, pois ela deve ser entendida como um estado da personalidade humana, que consiste em firme assentimento que uma pessoa faz à realidade de Deus, de sua Palavra como revelação e às suas promessas contidas nessa revelação. Firme assentimento quer dizer aceitação sem qualquer dúvida. Esse estado de permanente atitude de assentimento envolve o exercício da vontade, isto é, a pessoa que tem fé deliberou crer. A confissão positiva não é considerada uma doutrina bíblica, pois ela cria um conceito sobre fé com base nas emoções, isso promove a superstição, temeridade e fanatismo.
Ela coloca a emoção como a fonte da fé:
É do pai da teologia moderna, Schieiermacher, a conceituação de religião como o sentimento de dependência condicionado. Mas se a religião não é mais que sentimento, é inócua. É bem verdade que a fé como ato de toda pessoa contém em seu bojo fortes elementos emocionais. Mas a emoção não é a fonte da fé. Se isso for admitido, a fé se torna um elemento eminentemente subjetivo.
Idolatra a fé por gerar ansiedade pelo ter:
Enfatizando o ego humano e coloca todo peso da realização nas palavras que os seus adeptos pronunciam. Coloca todo peso da realização nas palavras pronunciadas e na atitude mental se for rigorosamente mantida: em vez de apoiar-se no fato de que a fé que temos vem de Deus [At 3.16; Hb 12.1,2]. Obriga Deus a fazer nossa vontade: Pois, se baseiam na ideia de que a fé tem um poder que podemos utilizar a fim de influenciá-lo. [1]
2. O QUE O FALSO EVANGELHO ANUNCIA
O falso evangelho é chamado de anátema (Gl 1.8), pois prega o contrário do que Jesus e seus apóstolos pregaram. Anunciando ensinos estranhos a Palavra de Deus, afirmando que se estamos na posição, Deus tem "a obrigação de nos dar o que queremos quando exigimos". Deus é soberano, nós que dependemos do favor dEle, não é um jejum ou um sacrifício que irá fazer Deus mudar de ideia, nenhum dos seus planos pode ser frustrado (Jó 42.2). No pragmatismo evangélico, Deus é colocado como servo, e os seres humanos depravados pelo pecado como soberanos. Só anunciam autoajuda, ao invés da Graça de Deus.
3. A INVERSÃO DE VALORES NA FÉ CRISTÃ
O pragmatismo é recheado de engano, pois creem na Confissão Positiva, Teologia da prosperidade e outros absurdos. Muitos pregadores adeptos dessas heresias, amam se utilizar do famoso jargão, "só não recebe quem não tem fé", "Não foi curado? A culpa sua, você que não teve fé!". Mas será que vemos isso na Palavra de Deus? Não existe na Bíblia um versículo que para ser curado, é preciso ter fé. O milagre era feito apesar da incredulidade, um caso clássico é os dez leprosos (Cf. Lc 17.12-17). Também não encontramos um versículo nos garantindo uma vida sem dificuldades, ao contrário, o sol nasce para todos, tanto para os justos como os injustos (Cf. Ec. 1.5).
Somos servos, e como servos apenas obedecemos. Éramos dignos de condenação, mas Ele por misericórdia, enviou seu Filho ao mundo (Jo 3.16). Toda iniciativa veio de Deus, não determinamos nada. E ainda vemos muitos insistirem nesses jargões tolos e fúteis, doutrinando as pessoas que se determinada metodologia da certo, é porque Deus está "abençoando". Usar das ferramentas da psicologia para manipular o povo é fácil, difícil é usar a Bíblia para pregar a verdade que confronta e cura.
POSSO ORAR POR ALGUÉM OU POR ALGUMA SITUAÇÃO?
É pecado então, orar para Deus curar alguém ou mudar alguma situação? Não, o erro está no pragmatismo que se criou na cabeça das pessoas, por ocasião do engano da confissão positiva. Nós não mudamos o futuro, pois Deus já sabe de todas as coisas, tudo está revelado diante dEle (Hb 4.13). Wilian Lane Craig faz um comentário interessante sobre o assunto:
"Talvez uma ilustração possa ajudar a fazer a diferença clara. Lembro-me de ter visto um episódio de "Twilight Zone", sobre um menino que tinha uma relação profunda com um boxeador. O pugilista estava envolvido na luta de sua vida, e o jovem o estava assistindo na televisão. Para horror do menino, o boxeador perdeu a luta. O menino caiu de joelhos e começou a orar fervorosamente. De repente, a cena mudou. O menino estava agora assistindo o boxeador ganhar a luta. Por meio de sua oração o menino tinha conseguido mudar o passado, de modo que o que tinha acontecido não tinha mais acontecido. Vamos reescrever a história levemente. Suponha que o menino é incapaz de assistir a luta na televisão, porque ele foi atropelado por um carro e está em coma no momento da luta. Mas ao acordar no quarto do hospital, ele vê no relógio da parede que a luta provavelmente já terminou. Ele começa a orar fervorosamente para que seu amigo tenha vencido a luta. Agora, suponha que sua oração é atendida, de tal maneira que o boxeador ganhou a luta por causa das orações do menino. Neste caso, o menino não mudou o passado (uma vez que o lutador nunca perdeu); ao contrário, ele determinou o passado. O efeito (vencendo a luta) simplesmente precede a causa (as orações do menino). Assim, causar o passado ou o futuro não envolve mudar o passado ou futuro. [2]
Vamos começar com o conceito de mudar o passado ou o futuro. Mudar o passado é logicamente impossível. É simplesmente auto contraditório sustentar que um evento que tenha ocorrido, não ocorreu. Para retornar ao nosso exemplo da "Twilight Zone", Deus poderia, em resposta às orações do menino, fazer com que todos se esqueçam de que o lutador havia perdido a luta, reconstituir a cena, e reproduzi-la novamente, certificando-se que na segunda vez o lutador ganha. Mas nem mesmo Deus poderia fazer com que o lutador nunca perdesse em primeiro lugar. Por que seria auto contraditório fazer com que uma luta que ocorreu, não tivesse ocorrido. A inalterabilidade do passado é simplesmente uma questão de lógica. Mas e a mudança do futuro? É exatamente no mesmo sentido, logicamente impossível mudar tanto o futuro quanto o passado. Mudar o futuro seria fazer com que algum evento que irá ocorrer, não ocorra, o que é auto contraditório. Como o filósofo britânico A. J. Ayer explica, o passado é fechado no sentido de que o que passou, passou: se um evento tiver ocorrido não há nenhuma maneira fazer com que não tenha ocorrido; o que é feito não pode ser desfeito. Mas é igualmente verdade, e de fato [por definição], que o que será, será; se um evento ocorrerá não há nenhuma maneira de fazer com que ele não ocorra; ... Porque se for impedido não seria algo que será feito. Assim, eventos futuros são inalteráveis. Mas isso não é fatalismo? De modo nenhum; necessariamente, o que passou, passou e o que será, será. Mas o fatalismo sustenta que o que passou, passou necessariamente, e que o que será, será necessariamente. A inalterabilidade do futuro não implica fatalismo, pois é apenas uma questão de definição: o futuro é o que será. De acordo com Ayer: "se [o fatalista] apenas fundamenta por dizer que um evento está fadado a ocorrer é apenas o que irá ocorrer, ou mesmo que alguém sabe que ocorrerá, não há nada mais a seu destino do que a trivialidade que o que acontece a qualquer momento acontece naquele momento, ou que, se uma afirmação é verdadeira, é verdade"[3]
Deus tem propósitos que não podem ser alterados, é um equívoco pensarmos que podemos mudar o futuro, para Deus tudo já está revelado. A confissão positiva e a teologia da prosperidade, são apenas artifícios usados por falsos pastores para enganar as pessoas. Como pode Deus sendo soberano, ficar sujeito as nossas exigências? O que vale no pragmatismo é o que da certo, mesmo que contrarie os padrões estabelecidos na Palavra de Deus. Não caia nessa onda massiva de apostasia, mantenha sua vida alimentada pela Palavra de Deus.
Graça e paz.
Pense nisso.
Bibliografia:
[1] Lima, Paulo Cesar, O Que está por trás do G12, CPAD, 1ª Edição/2000, Pág. 57-59.
[1] Craig, William Lane, O Único Deus Sábio: A Compatibilidade entre a Presciência Divina e a Liberdade Humana. Tradução de Walson Sales. Maceió: Editora Sal Cultural, 2016. Pág. 74
[2] Ibid, Pág. 75-76.
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