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Por Flávio G. Souza

No evangelho é Deus que opera tanto o querer como o efetuar. Por isso somos salvos unicamente pela Graça, não vem das nossas obras (Ef 2.8; Tt 2.11). O modismo que invadiu diversas igrejas, vem transformando muitos templos em um ponto de encontro, enquanto o evangelho é deixado de lado.

D. Martin Lloyd-Jones faz uma observação importante sobre o que é o evangelho:

O evangelho não é algo que nos convida para que nos ajuntemos numa grande busca ou numa grande procura. O evangelho é proclamação. É uma revelação. É um desdobrar, um desvelar algo. Significa “tornar manifesto” ou tornar “simples e claro”.[1]

Todos nós nascemos pecadores desde o nascimento (Rm 3.23; Sl 51.5), e seremos julgados por tudo o que fizermos aqui na terra (Hb 9.27). As boas ações que praticamos não tem o poder de nos justificar diante de Deus (Is 64.6), apenas a obra realizada por Cristo na cruz, pode tornar justo o homem que é falho e pecador, por intermédio da fé. O cristão salvo em Jesus pratica boas obras como consequência da salvação e não porque ele merece (Ef 2.10; Mt 7.20).

DEPRAVAÇÃO TOTAL

Toda humanidade caiu com Adão, por causa da desobediência no Éden. Como consequência, a morte veio sobre todos, pois Adão era nosso representante legal. Deus sendo atemporal (Hb 4.13), já sabia que o homem iria pecar, por isso providenciou a solução, imolando Jesus desde a fundação do mundo (Ap 13.8). O primeiro Adão falhou na sua missão e trouxe a morte, mas Jesus Cristo é o último Adão que nos dá vida (1 Co 15.45).

Adão e Jesus estampam as características de suas raças. Jesus é chamado de o último Adão, essa expressão foi utilizada por Paulo para indicar que não haverá um terceiro homem representativo, sem pecado e sem pai humano, como foram Cristo e Adão. Se o último Adão falhasse, não existiria esperança para a humanidade.

Nossa natureza está maculada pelo pecado, de tal maneira que por nossa própria força não alcançamos o grau de perfeição exigido por Deus (Jó 9.23,20; Jó 25.4; Sl 130.3; 143.2; Rm 3.23; 9.31-32). Por isso a importância de reconhecermos a nossa miséria, nenhum homem é justificado por obras, e sim pela fé (Is 50.8; Rm 5.1; 8.33). Nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1), e sem exigir nada, Ele nos declarou justos diante dEle.

Nosso maior testemunho não são nossas palavras, porque nossas ações falam muito mais alto, elas fazem toda diferença no evangelismo.

Como bem comentou William Hendriksen sobre a carta aos romanos:

Os romanos não estavam sempre se vangloriando de seu poder, a força pela qual haviam conquistado o mundo? “O evangelho que eu proclamo”, afirma Paulo, por assim dizer, “é muitíssimo superior. Ele tem sido levado a bom termo e oferece algo muitíssimo melhor, a saber, a salvação (eterna), e isso não pelo povo de uma nação particular por exemplo, Roma -, mas por aqueles que exercem fé.” A necessidade mais urgente e imperativa da alma não é renome terreno, mas paz, alegria, glória para hoje, amanhã e para o futuro sem fim. Comparado com “o poder de Deus”, quão frágil é o poder de Roma ou de qualquer outra hoste terrena. Os exércitos terrenos destroem. O evangelho salva. Ele é o poder de Deus “para a salvação”. E o que é salvação? O que significa salvar?  Nos escritos de Paulo significa:

Negativamente: 
A. Culpa (Ef 1.7; Cl 1.14);
B. Poluição (Rm 6.6, 17; 7.21-25a);
C. Escravidão (Rm 7.24, 25; G1 5.1);
D. Castigo:

Resgatar os homens do pecado de: 
(1) Alienação de Deus (Ef 2.12);
(2) Ira de Deus (Ef 2.3);
(3) Morte eterna (Ef 2.5, 6).

Positivamente:
A. Justiça (Rm 3.21-26; 5.1);
B. Santidade (Rm 6.1-4; 12.1, 2);
C. Liberdade (G1 5.1; 2Co 3.17);
D. Bem-aventurança:

Conduzir os homens ao estado de:
(1) Comunhão com Deus (Ef 2.13);
(2) O amor de Deus “derramado” no coração (Rm 5.5);
(3) Vida eterna (Ef 2.1, 5; Cl 3.1-4).[2]

Tudo isso está disponível gratuitamente para todo aquele que crê em Jesus e na sua obra. Não está preso às instituições religiosas ou líderes, mas na pessoa de Cristo e na sua obra. Ele é a causa meritória da nossa salvação, baseado no que Ele fez e não nos nossos esforços.

Deus justifica um pecador injusto, quando cremos em Jesus Cristo, isso é ter fé. Se dá pelo fato de o homem não satisfazer a justiça de Deus pelos seus próprios méritos, porque somos pecadores, todas as nossas obras estão corrompidas pelo pecado e, portanto, são inúteis a Deus, ou como a própria Escritura trata (Isaías 64:6), como algo podre: Diante da nossa impotência e incompetência, não podemos confiar em nossa carne, em nosso esforço e sim unicamente na obra de Cristo na cruz. A fé é a atitude de total confiança no que as Escrituras declaram a respeito de Cristo e sua Obra.[3]

Sola Fide!

Bibliografia:
[1] Comentário De Romanos 1, Martyn Lloyd-Jones, Pág. 363
[2] HENDRIKSEN, William, Comentário do Novo Testamento Romanos, Ed. Cultura Cristã, 1ª Edição em Português - 2001, Pág. 81.
[3] Cinco Solas, Voltemos ao evangelho, Pág. 8, Primeira edição: Novembro de 2010.

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