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Por Flávio G. Souza

Tornou-se comum, em nossos dias, vermos pessoas que se dizem cristãs vivendo de maneira incoerente: são uma pessoa na igreja e outra completamente diferente em casa. Com isso, cresceu a disputa por destaque quem canta melhor, quem prega com mais eloquência e, infelizmente, aumentaram também as fofocas e calúnias dentro das igrejas, muitas vezes para encobrir as próprias falhas.

A igreja primitiva enfrentou um problema semelhante. É o caso de Ananias e Safira (Cf. At 5.1–11). A igreja mal havia começado, e já havia pessoas tentando ostentar uma espiritualidade que não condizia com a realidade de seus corações. Assim como Jesus havia confrontado os escribas e fariseus por sua falsa religiosidade — chamando-os de "sepulcros caiados" (Mt 23.27) agora, o Espírito Santo expõe o pecado de um casal que queria parecer mais piedoso do que realmente era.

O Perigo do Exibicionismo (Atos 5)

Ananias e Safira não eram obrigados a vender sua propriedade (v. 4). O projeto de ajuda comunitária era voluntário. Eles poderiam manter a terra ou doar a quantia que desejassem. Contudo, o casal combinou entre si vender o campo e doar apenas parte do valor, fingindo, porém, entregar tudo. Eles mentiram deliberadamente ao Espírito Santo (At 5.3), zombando de Deus (Cf. Gl 6.7) e agindo com total falta de sinceridade.

Ananias tentou falsificar a ação do Espírito, querendo que sua fraude parecesse inspirada por Deus. Seu pecado não foi reter parte do valor, mas fingir generosidade plena, mentindo ao Espírito Santo e enganando a igreja. Por trás dessa hipocrisia, estava a ação sutil de Satanás — que, tendo falhado ao atacar a igreja por meio da perseguição, agora tentava corrompê-la internamente através da mentira e do orgulho.[1][2]

Ao ser interrogado por Pedro, Ananias é confrontado. Não sabemos exatamente como Pedro soube da fraude, mas é evidente que foi por revelação divina. O apóstolo deixa claro que a mentira não era contra ele, mas contra o próprio Deus (At 5.4), reconhecendo, inclusive, a divindade do Espírito Santo.

Deus Condena a Hipocrisia

Deus julgou com severidade o pecado do casal. Aquilo que estava oculto foi revelado, e o pecado exposto recebeu julgamento imediato. A hipocrisia desmascarada é condenada. Pecado escondido produz derrota e, se não houver arrependimento, leva à morte.

Caso o inimigo tivesse tido sucesso em infiltrar esse fermento da hipocrisia na igreja nascente, o vigor do cristianismo teria sido profundamente abalado.[3] O exemplo de Ananias e Safira nos serve de advertência para entendermos quão sérios são os juízos de Deus. Jesus já havia ilustrado isso ao amaldiçoar a figueira cheia de folhas, mas sem frutos (cf. Mt 21.18-22) aparência sem essência.

Embora Deus não seja o autor do pecado de ninguém, Ele usa julgamentos como esse para advertir o Seu povo (cf. 1Co 10.11-12). Ananias e Safira pecaram de forma consciente, premeditada e hipócrita. Fizeram uma aliança para o mal, mentindo ao Espírito Santo (At 5.3) e pondo-o à prova (At 5.9). Por isso, ambos receberam o mesmo juízo.

Esse acontecimento trouxe temor sobre toda a igreja (At 5.11), provocando uma purificação espiritual entre os crentes. Serviu de alerta para que a comunhão com Deus não fosse tratada com leviandade.

Um Alerta para os Nossos Dias

Hoje, vemos muitos pregando um evangelho distorcido, que mata espiritualmente e aprisiona as pessoas no engano. Isso revela a mesma falta de temor e reverência a Deus. Mas, no tempo e na forma que Ele determinar, o Senhor executará o Seu justo juízo. Tolo é quem pensa que Deus não está vendo tais comportamentos.

Pense nisso.

Graça e paz.
Deus abençoe.

Bibliografia: 
[1] Lopes, Hernandes Dias, Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2012. Pág. 117
[2] Ibid.
[3] Ibid. 118.

Bíblias Utilizadas: 
Bíblia King James Atualizada.
Bíblia de Genebra.

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