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Por Flávio G. Souza

Um certo dia estava conversando com um evangelista na igreja, e fui questionado sobre o texto de Efésios 4.8, sobre Cristo ter levado cativo o cativeiro. Mas a um primeiro momento fiquei pé atrás com a interpretação dada por ele ao texto, pois tendia muito para o universalismo.

Essa corrente defende que no final dos tempos, Deus reconciliará todos os seres humanos a si, independentemente das obras, méritos e intenções de cada um. Mas sabemos pela Palavra de Deus, somente os que creem são salvos (Mc 16.16), não vem das obras, é uma ação exclusiva da Graça (Ef 2.8-10; Tt 2.11).

Em Efésios 4.8 diz

"Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens."

Efésios 4.8

Vamos começar corrigindo o principal erro de interpretação, que é dado por algumas pessoas. Dizer que Cristo levou todos os que estavam no cativeiro, isto é, ímpios e fiéis, é uma heresia gravíssima, pois essa afirmação leva justamente ao universalismo. Para que isso não ocorra devemos fazer a exegese correta do texto.

Desde a queda de Adão o homem passou a ser escravo do pecado, por causa disso a humanidade estava presa no cativeiro espiritual que é do Diabo (1Tm 3.7; 2Tm 2.26), do medo da morte (Hb 2.14-15) e do pecado (Jo 8.34; At 8.23; Rm 6.16; 7.23; G1 4.3; 2 Pe 2.19). O Apóstolo Paulo em Efésios 4.8 vem citando o texto de Sl 68.18, que fala do triunfo de Jesus sobre a morte e sua ascensão ao céu (Mc 16.19). Isto significa que esta passagem discute detalhadamente a encarnação, ressurreição e a ascensão de Cristo.

No versículo 9, Paulo usa a expressão "Ora [...] ele subiu" para destacar o fato de que Cristo subiu aos céus depois da ressurreição. O versículo continua declarando que, se Cristo subiu, obviamente teria que ter vindo ("descido") à terra em um momento anterior. Por conseguinte, a "descida" de Jesus "as partes mais baixas da terra" refere-se à sua encarnação, o que lhe possibilitou passar pela morte. A "subida" é sua ascensão, da terra ao céu, depois de sua ressurreição" (Jo 8.23; 16.28).

No versículo 8, há certa controvérsia sobre o que Cristo está "levando cativo". Contudo, o significado desta passagem é simples. Cristo derrotou o pecado e a morte pela sua ressurreição, levando-os cativos e deixando-os impotentes, como um rei faria com seus inimigos depois da sua vitória. Os "dons" (isto é, a vida eterna e a o perdão dos pecados) que são dados aos crentes são resultados da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. A analogia é que Cristo está repartindo os despojos da sua derradeira vitória contra satanás com os que o receberam. Em Salmos 68.18, Davi expressa a mesma ideia do Deus Todo-Poderoso obtendo vitória sobre satanás com os seus inimigos e levando-os como cativos. Os dons dados por Cristo (Ef 4.8), incluem coisas que permitem que um cristão tenha uma vida mais vitoriosa para Cristo, enquanto ainda está aqui na terra.

Isso representa Cristo vencendo a morte, conquistando a libertação prometida (Is 42.6-7), Ele então nos liberta desse medo (Lc 4.18, 21; Jo 8.36; Rm 7.24-25; Ef 4.8), através do evangelho, que é instrumento de libertação (Jo 8.32; Rm 8.2). Quando Cristo levou cativo o cativeiro, ele libertou os santos da escravidão do pecado (Rm 6.18,22), trazendo libertação (Dt 4.20), tipificando Israel no Egito (Êx 1.13-14).

Quando Paulo quando diz que Cristo levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens (4.8,9), por meio de sua morte, ressurreição e glorificação, tirando as correntes do cativeiro satânico; isto é, a humanidade que estava cativa a Satanás passou a ser o espólio de Cristo. Assim, fomos transferidos do império das trevas e de sua escravatura e tornamo-nos escravos de Cristo e de sua justiça.

Cristo ascendeu ao céu como o supremo vencedor. A figura aqui é de um conquistador militar conduzindo seus cativos e distribuindo o espólio entre seus seguidores. Aqui, entretanto, os cativos não são os inimigos, mas seu próprio povo. Os pecadores que estiveram sob o domínio da carne, do mundo e do diabo, agora, são cativos de Cristo. Quando Cristo veio à terra, foi ao mais fundo da humilhação. Quando ascendeu ao céu, ele alcançou o máximo da exaltação. A seguir, ele deu dons aos homens.[1]

Corroborando com essa interpretação, também temos o contexto que em nada diz sobre a salvação dos incrédulos, mas trata da unidade do corpo de Cristo, Paulo fala diretamente do povo que aguardava o Messias prometido. Infelizmente a falta de conhecimento de alguns ensinadores acaba resultando em interpretações baseadas em achismos, e não no que está escrito. Não podemos ser negligentes, sempre que for possível devemos procurar adquirir mais conhecimento sobre a Palavra de Deus.

Na maioria das nossas igrejas infelizmente temos os críticos do estudo teologia, como se conhecer mais de Bíblia fosse algo negativo para o corpo de Cristo. Eu me deparo com essas situações diariamente, tanto na internet e pessoalmente. Necessitamos mudar essa postura, se bem aplicarmos este conhecimento, teremos resultados positivos e não negativos como muitos pensam. O estudo da Bíblia é de grande importância para a vida do cristão, pois nos fortalece espiritualmente, nos ajuda a sanar nossas dúvidas e nos capacita a ajudar outras pessoas, que talvez tenham os mesmos questionamentos um dia tivemos.

Bíblias Utilizadas:
Bíblia Palavra chave, CPAD
Bíblia King James Atualizada, KJA
Bíblia Thompson

Referência Bibliográfica:
[1] Efésios - A igreja a Noiva Gloriosa de Cristo. Lopes, Hernandes Dias, 2009, Hagnos, Pág. 107-108.
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Por Flávio G. Souza

O relativismo está a cada dia avançando e conquistando adeptos dentro de nossas igrejas, por causa disso é pregado um evangelho que não está presente nas Sagradas Escrituras. Isso acontece porque alguns não se importam com o que está escrito na Palavra de Deus, fruto do liberalismo provocado pelo movimento neopentecostal.

O movimento neopentecostal vem promovendo o liberalismo em nossas igrejas, enchendo os nossos cultos com teatros, danças, baladas, reuniões de cura interior e outros absurdos que a Bíblia proíbe, onde está o legado da reforma protestante nesses movimentos?

Líderes comprometidos com a Palavra de Deus se submetem ao que ela diz, mas a grande parte infelizmente se rendeu aos modismos inventando seu modo de "adorar", e não podemos ser assim. Como protestantes professamos o Sola Scriptura (Somente a Escritura), mas na grande maioria é apenas mais um jargão, pois na prática o que vemos é uma igreja afundada no entretenimento com o objetivo de segurar os jovens para não irem para o mundo. Necessitamos mesmo aderir as modinhas alegando que é para as pessoas conhecerem a Deus? Não podemos fazer isso, a igreja faz diferença por ela ser diferente e não igual ao mundo. O que atrai o pecador não é o entretenimento local, mas a Graça pela pregação da Palavra de Deus (Rm 10.17; Ef 2.8; Tt 2.11). Se usarmos elementos mundanos como algo que atraia o pecador, vamos pregar outro evangelho, fazendo com que as pessoas tenha um falso conceito sobre Deus.


A simplicidade do evangelho

Para pregar o evangelho não precisamos encher a igreja de entretenimento, nossa arma contra o pecado está em Deus. Não lutamos conforme o padrão do mundo, mas nossas armas que estão em Deus, são capazes de derrubar as fortalezas do raciocínio humano, acabar com os falsos silogismos e assim levarmos nosso pensamento cativo a Cristo (2 Co 10.3-5).

Se usamos os métodos mundanos enchendo a igreja de entretenimento ao invés do que a Palavra de Deus ordena, somos incapazes de combater o pecado e conquistar almas para Cristo, pois estaremos nos igualando ao padrão do mundo (Zc 4.6). Só levaremos nosso pensamento cativo a Cristo quando obedecermos o que a Palavra de Deus ordena (2 Co 10.5), tornando-se totalmente obediente ao que diz a Bíblia. Somente assim o âmago do nosso ser ficará plenamente submisso ao governo do Espirito Santo (Rm 12.1-2).

Não precisamos encher a congregação de entretenimento apenas com o propósito de distrair os ouvintes, necessitamos ouvir a Palavra de Deus, pois somente ela pode nos limpar e nos conduzir na verdade (Jo 15.3). Tudo o que for feito no culto, deve ser para a edificação de todos (2 Co 12.19; Ef 4.29), não podemos adotar como elementos de adoração a Deus o que ela não ordena, como por exemplo, a dança que em nada acrescenta.

Pense nisso.

Deus abençoe.
Graça e paz.
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Por Flávio G. Souza

Vemos muitas pessoas afirmarem que a teologia não é necessária a igreja. Mas qual a importância das nossas igrejas conhecerem pelo menos o básico da teologia?

Circula uma frase entre os crentes, que certamente você deve conhecer. Muitos alegam que a teologia esfria o crente, e que a letra mata. Eu tento classificar os que dizem isso em dois grupos, até para não ser injusto. Os leigos: por causa de experiências ruins com pessoas que usaram mal o conhecimento, criaram um trauma e preconceito contra o estudo, sem estudar diretamente o assunto. Do outro, temos os que conhecem, mas querem impedir que as pessoas tenham acesso ao conhecimento, por medo de perder o "status" e por se sentirem prejudicadas e ameaçadas. 

É importante a igreja estar fundamentada na teologia das Sagradas Escrituras, muitos acham que ela é sem valor a igreja, mas é essencial para que os cristãos estejam saudáveis. A Palavra de Deus é a nossa regra de fé e prática, a teologia bíblica é caracterizada pela organização dos ensinamentos teológicos tendo como base os trechos da Bíblia em que ocorrem, em vez de por tópicos. A teologia bíblica não faz nenhuma tentativa de reafirmar expressões bíblicas numa forma contemporânea. [1] E em sentido estrito, estudo da doutrina de Deus Pai. Em sentido amplo, estudo da doutrina de Deus. [2]


Quando extraímos a verdade contida na Palavra de Deus, seja em uma leitura devocional ou um estudo em classe, de qualquer maneira colocamos a teologia bíblica em prática. Infelizmente certos "líderes" infiltrados na igreja cheios de si, que amam ser o destaque entre os melhores de Bíblia, não incentivam aos seus ouvintes a estudarem, enchendo o culto de entretenimento sem fundamento bíblico. Li um livro do D. Martin Lloyd-Jones que reflete bem o tema, sobre ser uma igreja fundamentada na Palavra de Deus, ele diz assim:


"A Igreja está tão temerosa. Teme o pecado organizado, e seu argumento é: "Precisamos fazer alguma coisa, porque, olhem para o mundo. Está atraindo os jovens, oferecendo-lhes alegres e agradáveis programas para os sábados à noite, e os diverte, e os ensina a cantar, e a fazer isso e aquilo. Então, precisamos fazer a mesma coisa. Tragam o seu grupo popular, ou seja o que for, para seu culto de domingo à noite, pois é disso que eles gostam." O mundo está fazendo isso e os jovens dizem que gostam, e a Igreja, porque está com tanto medo de perder seus jovens, pensa que deve fazer a mesma coisa. Oh, que tragédia, que desvio dos caminhos de Deus!" [3]

A igreja está mais preocupada em números do que combater os falsos mestres, são os que adoram dizer, 'mas isso não tem importância' e coisas do tipo. Porém devemos extrair a verdade da Palavra e procurar conhecer a Deus lendo as Escrituras, para que assim tenhamos uma visão correta sobre quem Deus é. Caso contrário, iremos relativizar a verdade contida na Bíblia, criando 'a nossa verdade', descartando as Sagradas Escrituras.

Como bem disse anteriormente, a teologia é essencial para a igreja, pois procuramos fundamentar as doutrinas que pregamos pela Bíblia sem alterar o que o autor quis dizer inspirado pelo Espírito Santo, essa é a nossa tarefa como cristãos que professam a fé em Jesus Cristo. E os que dizem que a teologia é sem valor ou que não é necessária, são os mesmos que oram para haver um avivamento, porém se estamos tão preocupados assim, porque ainda estamos relativizando a verdade da Palavra de Deus? Se estamos realmente preocupados com avivamento, precisamos descobrir o que impede que ele aconteça. E é o encobrimento de verdades e doutrinas vitais que sempre tem sido a causa. [4]

Infelizmente existem "líderes" que só querem satisfazer seu próprio ego, tentam ser "pensadores" apenas para se exibir, nada contra, mas se a motivação for para se promover como o "intelectual", já está errado! A partir do momento que vivemos de máscaras estamos mentindo para as pessoas e para nós mesmos, mas quando agimos naturalmente não somos hipócritas, quem é sábio irá demonstrar com as atitudes, são consequências naturais. 

Querer viver de máscara para usar pessoas como massa de manobra é ser baixo e desonesto. Ser cristão não é ser duas caras, mas ser você mesmo, com a diferença que a Graça de Deus atuou em sua vida transformando seu caráter e comportamento. Portando, é dar o exemplo antes de falar algo a respeito de si mesmo. Adquirir conhecimento não é errado, mas se usarmos ele para rebaixar as pessoas e se autopromover, sim. Utilize o que você sabe para ajudar as pessoas, a fortalecer a fé do fraco, não pisar e criar traumas em quem tanto procura ajuda. 


UMA IGREJA FUNDAMENTADA NA DOURINA É SAUDÁVEL


É importante nós como igreja estarmos fundamentados no que nos diz a Palavra, sempre extraindo o que ela diz e nunca colocando nosso achismo. As consequências de uma igreja sem a pregação do genuíno evangelho são desastrosas, pois heresias que foram condenadas nos concílios da igreja ressurgem como se fossem algo que veio 'revolucionar', mas na verdade só vai trazer destruição e levará mais pessoas a perdição. 


E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 

2 Pedro 2:1


Falsos ensinos só conduzem pessoas a perdição e ao relativismo. E essa perspectiva relativista realmente acaba com a distinção entre teologia certa e teologia errada, além de anistiar todas as heresias já surgidas na história da Igreja. Vamos citar, por exemplo, a área de soteriologia, que trata da questão da salvação do homem. A doutrina de que o homem é justificado pela fé somente, sem as obras ou méritos humanos, foi estabelecida cedo na Igreja cristã e reafirmada na Reforma Protestante. Depois de tantos séculos, nossos teólogos progressistas (ainda não gosto desse rótulo, vou acabar achando outro) têm algo de novo para nos dizer sobre esse ponto? Os que tentaram, caíram nas antigas heresias soteriológicas já discutidas e refutadas ad nauseam pelos pais da Igreja e pelos reformadores. [5]

Precisamos crer na suficiência das Sagradas Escrituras, de nada vai adiantar tentar buscar algo a mais do que a Bíblia. A tradição também tem o seu valor, mas a partir do momento em que ela se contrapõe a Palavra de Deus, devemos rejeitá-la. E somente desta maneira teremos cristãos saudáveis e nutridos com a verdade nas nossas igrejas. O problema com essa postura relativista é que ela desistiu completamente da verdade, é agnóstica. Eu creio que a prática teológica, quando é fiel à revelação bíblica e obedece a 2 Coríntios 10:5 (“levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”), produz sínteses confiáveis que podem servir de referencial para igrejas de todas as gerações. Conforme, aliás, as confissões reformadas elaboradas nos séculos 16 e 17 vêm fazendo há muitos anos. Mas os teólogos relativistas acreditam em quê? Já que para eles não existe verdade absoluta, por coerência devem acreditar em tudo e, portanto, em nada. Eles tentam manter tudo fluido, em permanente devir, sempre abertos para todas as possibilidades. Mas, nesse caso, não teriam que, forçados pela própria lógica, aceitar também a teologia conservadora como legítima? Mas é aqui que a lógica relativista se quebra, pois, para eles, todas as opiniões estão corretas, menos as dos conservadores. [6]

O relativismo se levado às últimas consequências, acaba nos privando da Bíblia. Vejamos: Quem defende essa visão (há exceções, eu sei) geralmente tem dificuldades em aceitar que as Escrituras do Antigo Testamento e do Novo Testamento foram dadas por inspiração divina e são, portanto, infalíveis. Nessa lógica, as Escrituras são apenas a reflexão teológica de Israel e da igreja cristã primitiva. Consideremos as cartas de Paulo. Elas são a teologia do apóstolo, resultado da aplicação que ele fazia das boas-novas às situações novas das igrejas nascentes no mundo helénico. Para ser coerente, quem defende que toda teologia é relativa, imperfeita e subjetiva, e que é válida somente dentro dos limites da cultura e da geração em que foi produzida, não poderia aceitar para hoje a teologia de Paulo, Pedro, João e a de Isaías. Teria de rejeitar as Escrituras como um todo, pois elas são a teologia de Israel e da Igreja, elaboradas em uma época e em uma cultura completamente diferente da nossa. [7]

QUAL O OBJETIVO DA TEOLOGIA?

Muitos de forma equivocada, ainda persistem no pensamento de que o objetivo da teologia é explicar Deus em totalidade, mas a Bíblia só nos mostra uma pequena amostra sobre o Criador, Ele é, e nós somos criados, Ele não. A teologia procura estudar os atos, para poder entender mais um pouco deste Deus transcendente e imutável, até porque nossa teologia pode ser falha. Em humildade devemos admitir que a teologia é fruto da reflexão humana e, portanto, sempre sujeita às vulnerabilidades de nossa natureza humana decaída. Mas não a ponto de ser incapaz de refletir, com uma medida de veracidade e fidelidade, a revelação de Deus nas Escrituras.[8]

Deus não cabe em uma sistematização humana, por isso devemos analisar as Escrituras e conhecer o que Ele revelou na Bíblia, deixemos o preconceito de lado, pois se ignorarmos a importância da teologia para a igreja, estaremos reféns de heresias e falsos ensinos, tirando assim a igreja da suficiência das Sagradas Escrituras.


COMO A TEOLOGIA DEVE SER APLICADA A IGREJA?

O ensino teológico deve ser aplicado corretamente, procurando sempre falar em uma linguagem que todos possam compreender, pois encontraremos desde a pessoa que nada conhece, até o que sabe um pouco mais. Nossas igrejas precisam estar nutridas pela Palavra, e isso só acontecerá quando estivermos comprometidos com a verdade revelada. A teologia não esfria o crente, a teologia nos livra das heresias e falsos ensinos. 

Pastores e líderes, devemos saber quem estamos mandando para o seminário e faculdade de teologia, pois se a pessoa não estiver preparada emocionalmente, espiritualmente e intelectualmente, certamente ela não terá estrutura para suportar em média quatro anos de estudo. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (lTm 3:6). Eles não têm estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. [9] Quando a teologia bíblica é aplicada corretamente, certamente haverá um crescimento espiritual e intelectual para todos, pois a verdade é que liberta o homem. Isso só acontecerá, quando obedecemos a Bíblia. Quando estivermos mergulhados na Palavra, será natural prestarmos um culto racional ao nosso Deus, e assim experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade que Ele tem para nós (Rm 12.1-2).

Referencias bibliográficas:
[1] Dicionário popular de teologia / Millard J. Erickson; traduzido por Emirson Justino. -
1. Ed. Rev. - São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
[2] Ibid.
[3] Avivamento, D. Martin Lloyd Jones. Ed, PES, 1993. Pág. 131.
[4] Ibid. 39
[5] O ateísmo cristão e outras ameaças à Igreja / Augustus Nicodemus •— São Paulo:
Mundo Cristão, 2011. Pág. 56.
[6] Ibid. Pág. 57.
[7] Ibid. Pág. 58-59.
[8] Ibid. Pág. 57.
[9] Ibid. Pág. 45.
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Por Flávio G. Souza

Quantas pessoas hoje que professam a fé cristã realmente conhecem sua crença? Infelizmente a maioria negligencia o estudo das Sagradas Escrituras, e esse é um dos principais motivos de encontrarmos pessoas fracas na fé e inconstantes na caminhada cristã.

Um estudo realizado pelo Instituto Americano de Cultura e fé, concluiu em uma de suas pesquisas que a maioria dos cristãos não conhecem a sua fé. Como então temos a cara e coragem de afirmar que acreditamos nas boas novas pregadas por Jesus, se nem nos preocupamos em conhecer as bases de nossa fé?

Se amamos a Deus verdadeiramente, devemos sim conhecer a Bíblia em profundidade, pena que em nosso meio ainda encontramos gente dizendo que não precisam estudar, porque Deus é "mistério". Amam argumentar que, aprender teologia esfria a fé e nos desvia do caminho da verdade, porque segundo eles "a letra mata, mas o Espirito vivífica". Mas a fé cristã não é mistica como alguns pensam, fé e razão não são coisas antagônicas. A nossa fé cristã é baseada em fatos reais, cremos sim que Deus pode fazer milagres que vai além da medicina, mas isso são coisas supra racionais. 

Por isso devemos estudar e meditar nas Sagradas Escrituras, quando a temos como nossa regra de fé e prática, cremos não porque apenas está escrito, mas acreditamos porque existem evidencias históricas que comprovam os fatos narrados na Bíblia Sagrada.

Graça e paz.
Deus abençoe.
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Por Flávio G. Souza

Com o crescimento do misticismo nas nossas igrejas, um pensamento antigo tomou conta dos crentes modernos. Descartam o estudo da teologia, pois segundo eles, Deus "revela tudo" sem a necessidade de estudar, é aquele velho jargão, "a letra mata, mas o espírito vivifica".

Baseados erroneamente no texto de 2 Coríntios 3.6, que diz:

O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o Espírito vivifica.

Por causa desse equívoco doutrinário, as pessoas acabam criando uma falsa ideia do que a Bíblia diz sobre o estudo, mas não podemos deixar de conhecer mais a Deus, como diz em Oséias 6.3. Graça e conhecimento andam em conjunto, portanto, é o ponto equilíbrio de todo cristão salvo em Jesus Cristo. Pois, é pelo conhecimento da Palavra que somos vacinados contra os falsos ensinos (2 Jo 1.9; 1 Co 4.6).

A letra que Paulo está se referindo, não é ao estudo, pois, ele era doutor na Lei, fariseu (At 23.6), tinha profundo conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), e estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3). Como então faria apologia contra o estudo, se tinha um ótimo "Curriculum Vitae"? Paulo, na verdade mostrou que a Antiga Aliança, regida pelos escritos de Moisés é inferior, revelando a superioridade do Novo Pacto, que é regido pela ação do Espírito Santo no homem.

Não há em nenhum momento, uma apologia contra o estudo da teologia nas cartas de Paulo, como disse anteriormente, ele tinha conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3) e foi um dos doutores da igreja (Cf. At 13.1). Usar este texto para negar o estudo teológico, conhecendo a formação do Apóstolo Paulo é um suicídio intelectual.

O texto na verdade está fazendo referência a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga (Hb 8.13), pois a morte causada pela letra (Lei), é referente a morte espiritual, fazendo uma alusão ao código escrito da lei mosaica. Isso significa que a Lei mata, exigindo-se uma obediência irrestrita e perfeita. Somente Jesus conseguiu cumpri-la com perfeição. A Lei foi um período de disciplina, que serviu de aio. Cristo sendo o verdadeiro mestre, nos toma pela mão e mostra o caminho de Deus em tempos de Graça.
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Por Flávio G. Souza

Nas igrejas neopentecostais, determinadas lideranças insistem em propagar heresias destruidoras, distorcendo as Escrituras, para fundamentar a doutrina da quebra de maldições. Utilizam-se de Ex 20.4-6, para propagar este engano, vamos então olhar o contexto que a passagem está inserida e extrair o verdadeiro significado do texto.

Êx 20.4-6


Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos. 

Veja o versículo 4, Deus fala ao povo não fazer imagens para adorar, Israel acabara de sair do Egito, uma terra idolatra. Deus não queria que o povo fosse influenciado pela cultura pagã do Egito, por isso o texto não é uma referência a maldições hereditárias, e sim uma advertência para aqueles que insistem em viver na idolatria. 

Quando a Bíblia diz que os filhos são castigados até terceira e quarta geração, isso não quer dizer que respondemos pelos pecados de nossos antepassados. Deus castiga, se o filho andar no mesmo caminho dos pais, porque quem está em Cristo nova criatura é (2 Co 5.17), portando está livre de toda maldição (Jo 8.36; Rm 8.1). 


Os discípulos tinham essa mesma crença, mas veja como Jesus respondeu este questionamento:

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.

João 9.1-3

A pergunta dos discípulos (v. 2) baseava-se na crença que a enfermidade física e sofrimento eram devidos ao pecado dos pais (Êx. 20:5), ou do próprio homem, presumivelmente com base na preexistência da alma, que alguns judeus defendiam. Jesus desfez o pensamento de qualquer pecado especial da parte do homem ou de seus parentes, e sugeriu examinar o assunto de um lado inteiramente diferente. Jesus nos ensina que apesar do sofrimento, temos um Deus que pode nos livrar pelo seu poder para glorificação do Seu nome.

Se o próprio Jesus combateu este ensino errôneo que já existia na sua época, então por que temos que aceitá-lo? Tudo o que não estiver na Bíblia deve ser jogado fora! Este ensino em especial, nega o sacrifício de Cristo na cruz. Jesus morreu para nos libertar e resgatar (Jo 1.29), portanto não há maldição para aquele que está em Cristo. 

Todo esse movimento de quebra de maldição, se utiliza de texto isolado para tentar explicar o sofrimento humano, mas a Bíblia é clara, o filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho (Cf. Ez 18.20). Cada um é responsável por si, não carregamos pecados de nossos antepassados. Portanto, se você é de Cristo, tenha certeza que nenhuma condenação está sobre sua vida, ele pagou tudo na cruz. Viva em paz, com a consciência tranquila.
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Por Flávio G. Souza

O que tenho visto no meio cristão é vergonhoso. Tem muita coisa errada, principalmente quando alguém expõe uma verdade sobre o cristianismo. Sempre aparece um bobão com o famoso: "não julgueis", está na hora de desconstruir esse falso conceito, e expor o que a Bíblia diz sobre o tema. 

O texto usado erroneamente como fundamento é Mateus 7.1, que diz:

Não julgueis, para que não sejais julgados.

Como bem diz uma frase popular nos seminários, "texto sem contexto se torna pretexto para heresia". Se nos omitimos de julgarmos corretamente, o que a Bíblia manda que façamos, cometeremos dois pecados, são eles, omissão e comissão.

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
Tiago 4.17

Se nos omitimos do papel de defender a fé, isto é, julgar e condenar o falso ensino que fere os princípios da Palavra de Deus, mais pessoas sem conhecimento caem no engano. E se deixamos um falso ensino se espalhar, as pessoas poderão ter sua fé gravemente abalada.

Todo cristão deve conhecer a sua fé, que cristianismo é esse onde os que dizem crer na Bíblia não conhecem os fundamentos de sua crença? Para exercermos uma profissão, seja ela qual for, é necessário conhecer com o que estamos lidando, isso também se aplica ao cristianismo. Como iremos combater os falsos ensinos se não conhecermos as doutrinas cristãs? Precisamos voltar a estudar a Palavra de Deus, deixar o preconceito com o estudo teológico, e nos unirmos para combater as heresias. Se ignorarmos a ortodoxia, pecamos por omissão e comissão, quem se omite, está sendo a favor das heresias.

Mateus 7 e seu contexto

Quando Jesus fala para não julgar, ele se dirige a judeus que se achavam santos o suficiente para se considerarem melhores que os outros povos. Se não fosse permitido julgar, todos nós estamos condenados. Porque o ser humano julga no seu inconsciente, não tem como escapar. O ensinamento de Jesus era, precisamos olhar para nossa vida e saber se estamos retos o suficiente para medir as atitudes dos outros (Mt 7.5). Uma coisa é julgar atitudes, outra coisa é julgar a aparência, coisa que a Bíblia condena (Jo 7.24). 


O julgamento que a Bíblia nos permite e manda que façamos é o das atitudes. Se queremos corrigir alguém que está no erro, precisamos primeiramente ser exemplo de conduta. Não podemos ser hipócritas, viva o que você prega. O que Jesus era com os discípulos, também era com a multidão, ele dava o exemplo, por isso ensinava com autoridade (Cf. Mt 7.29).

A Bíblia manda julgar

Não julgueis pela aparência, mas julgai segundo o reto juízo
João 7.24

Devemos julgar com amor, não mate com seu julgamento, e sim de vida, mostrando que sempre há uma segunda chance para recomeçar, pois todos nós somos falhos. Se for preciso corrigir, deve ser feito para o bem e não para a destruição. Jesus veio para restaurar a vida dos pecadores e nos amou com um amor incondicional, por isso a nossa marca deve ser o amor.
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Por Flávio G. Souza

Muitas pessoas vem se equivocando acerca da transfiguração de Jesus no monte, neste breve estudo tentarei deixar o assunto mais claro possível, ajudando na interpretação adequada acerca deste texto tão debatido.

1. Mateus Cap. 17

Em Mateus 17.2 ocorre a transfiguração de Jesus Cristo, e aqui começa uma discussão que perdura até hoje acerca do verdadeiro sentido desta passagem. Um dos equívocos é dizer que Moisés ressuscitou, por que alguns insistem em afirmar que ele apareceu na transfiguração? O espiritismo por exemplo fundamenta a doutrina da comunicação com mortos e a necromancia, baseando-se sua teoria no episódio da transfiguração de Jesus, onde Moisés e Elias aparecem. Porém é um equívoco, o texto não apoia a comunicação com mortos, e não houve invocação de mortos. Em contra partida a Bíblia não permite essas práticas (Dt 16.11,12). 

Outro equívoco doutrinário é dizer que Moisés ressuscitou, contradizendo o texto de Judas 9. Onde o Arcanjo Miguel contende com o Diabo pelo corpo de Moisés, se Miguel contendia com Diabo, como ele veio a ressuscitar como os adventistas argumentam?

2. Porque Moisés e Elias foram vistos na transfiguração?

Moisés apareceu como representação da Antiga Aliança as promessas da salvação (que seria cumprida em breve em Cristo no seu sacrifício vicário). Elias como uma representação dos profetas e o cumprimento da Palavra de Deus. Lucas trás o detalhe que eles conversavam da iminente morte de Cristo (cf. Lc 9.31).

3. Elias Reencarnou?

Elias não reencarnou para aparecer na transfiguração, pois que ele foi arrebatado e não provou a morte (2 Rs 2.11), como alguém que não morreu pode reencarnar? Quando a Bíblia fala que João Batista era Elias, significa que ele estava no mesmo espírito ou na mesma capacitação que Elias tinha no seu ministério.

4. Conclusão

Se Moisés foi ressuscitado, como interpretar 1 Co 15.20?

Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as 
primícias dentre aqueles que dormiram.

Afirmar que Moisés foi ressuscitado, tira de Jesus o mérito, sendo Ele a primícia dos que dormem. Dizer que Elias reencarnou é uma contradição, pois ele não provou da morte. O texto é simples, mas analisando os textos bíblicos vemos no episódio da transfiguração, Cristo sendo revelado como superior aos profetas e a Lei. Tudo se cumpriu em Cristo, sendo ele nosso Eterno Sumo Sacerdote (Hb 4.14; 7.17).
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