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Com o crescimento do misticismo nas nossas igrejas, um pensamento antigo tomou conta dos crentes modernos. Descartam o estudo da teologia, pois segundo eles, Deus "revela tudo" sem a necessidade de estudar, é aquele velho jargão, "a letra mata, mas o espírito vivifica".
Baseados erroneamente no texto de 2 Coríntios 3.6, que diz:
O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o Espírito vivifica.
Por causa desse equívoco doutrinário, as pessoas acabam criando uma falsa ideia do que a Bíblia diz sobre o estudo, mas não podemos deixar de conhecer mais a Deus, como diz em Oséias 6.3. Graça e conhecimento andam em conjunto, portanto, é o ponto equilíbrio de todo cristão salvo em Jesus Cristo. Pois, é pelo conhecimento da Palavra que somos vacinados contra os falsos ensinos (2 Jo 1.9; 1 Co 4.6).
A letra que Paulo está se referindo, não é ao estudo, pois, ele era doutor na Lei, fariseu (At 23.6), tinha profundo conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), e estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3). Como então faria apologia contra o estudo, se tinha um ótimo "Curriculum Vitae"? Paulo, na verdade mostrou que a Antiga Aliança, regida pelos escritos de Moisés é inferior, revelando a superioridade do Novo Pacto, que é regido pela ação do Espírito Santo no homem.
Não há em nenhum momento, uma apologia contra o estudo da teologia nas cartas de Paulo, como disse anteriormente, ele tinha conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3) e foi um dos doutores da igreja (Cf. At 13.1). Usar este texto para negar o estudo teológico, conhecendo a formação do Apóstolo Paulo é um suicídio intelectual.
A letra que Paulo está se referindo, não é ao estudo, pois, ele era doutor na Lei, fariseu (At 23.6), tinha profundo conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), e estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3). Como então faria apologia contra o estudo, se tinha um ótimo "Curriculum Vitae"? Paulo, na verdade mostrou que a Antiga Aliança, regida pelos escritos de Moisés é inferior, revelando a superioridade do Novo Pacto, que é regido pela ação do Espírito Santo no homem.
Não há em nenhum momento, uma apologia contra o estudo da teologia nas cartas de Paulo, como disse anteriormente, ele tinha conhecimento sobre a cultura grega e do rabinismo judaico (Cf. At 22.3; Gl 1.14), estudou sob a tutela de Gamaliel (At 22.3) e foi um dos doutores da igreja (Cf. At 13.1). Usar este texto para negar o estudo teológico, conhecendo a formação do Apóstolo Paulo é um suicídio intelectual.
O texto na verdade está fazendo referência a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga (Hb 8.13), pois a morte causada pela letra (Lei), é referente a morte espiritual, fazendo uma alusão ao código escrito da lei mosaica. Isso significa que a Lei mata, exigindo-se uma obediência irrestrita e perfeita. Somente Jesus conseguiu cumpri-la com perfeição. A Lei foi um período de disciplina, que serviu de aio. Cristo sendo o verdadeiro mestre, nos toma pela mão e mostra o caminho de Deus em tempos de Graça.
Por Flávio G.
Souza
Nas igrejas neopentecostais, determinadas lideranças insistem em propagar heresias destruidoras, distorcendo as Escrituras, para fundamentar a doutrina da quebra de maldições. Utilizam-se de Ex 20.4-6, para propagar este
engano, vamos então olhar o contexto que a passagem está inserida e extrair o verdadeiro significado do texto.
Êx 20.4-6
Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Quando a Bíblia diz que os filhos são castigados até terceira e quarta geração, isso não quer dizer que respondemos pelos pecados de nossos antepassados. Deus castiga, se o filho andar no mesmo caminho dos pais, porque quem está em Cristo nova criatura é (2 Co 5.17), portando está livre de toda maldição (Jo 8.36; Rm 8.1).
Os discípulos tinham essa mesma crença, mas veja como Jesus respondeu este questionamento:
E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
João 9.1-3
A pergunta dos discípulos (v. 2)
baseava-se na crença que a enfermidade física e sofrimento eram devidos ao
pecado dos pais (Êx. 20:5), ou do próprio homem, presumivelmente com base na
preexistência da alma, que alguns judeus defendiam. Jesus desfez o pensamento
de qualquer pecado especial da parte do homem ou de seus parentes, e sugeriu
examinar o assunto de um lado inteiramente diferente. Jesus nos ensina que apesar do sofrimento, temos um Deus que pode nos livrar pelo seu poder para glorificação do Seu nome.
Se o próprio Jesus combateu este ensino errôneo que já existia na sua época, então por que temos que aceitá-lo? Tudo o que não estiver na Bíblia deve ser jogado fora! Este ensino em especial, nega o sacrifício de Cristo na cruz. Jesus morreu para nos libertar e resgatar (Jo 1.29), portanto não há maldição para aquele que está em Cristo.
Se o próprio Jesus combateu este ensino errôneo que já existia na sua época, então por que temos que aceitá-lo? Tudo o que não estiver na Bíblia deve ser jogado fora! Este ensino em especial, nega o sacrifício de Cristo na cruz. Jesus morreu para nos libertar e resgatar (Jo 1.29), portanto não há maldição para aquele que está em Cristo.
Todo esse movimento de quebra de maldição, se utiliza de texto isolado para tentar explicar o sofrimento humano, mas a Bíblia é clara, o filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho (Cf. Ez 18.20). Cada um é responsável por si, não carregamos pecados de nossos antepassados. Portanto, se você é de Cristo, tenha certeza que nenhuma condenação está sobre sua vida, ele pagou tudo na cruz. Viva em paz, com a consciência tranquila.
Por Flávio G. Souza
O que tenho visto no meio cristão é vergonhoso. Tem muita coisa errada, principalmente quando alguém expõe uma verdade sobre o cristianismo. Sempre aparece um bobão com o famoso: "não julgueis", está na hora de desconstruir esse falso conceito, e expor o que a Bíblia diz sobre o tema.
O texto usado erroneamente como fundamento é Mateus 7.1, que diz:
O texto usado erroneamente como fundamento é Mateus 7.1, que diz:
Não julgueis, para que não sejais
julgados.
Como bem diz uma frase popular nos seminários, "texto
sem contexto se torna pretexto para heresia". Se nos omitimos de julgarmos
corretamente, o que a Bíblia manda que façamos, cometeremos dois pecados, são eles, omissão e comissão.
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e
não o faz, comete pecado.
Tiago 4.17
Se nos omitimos do papel de defender a fé, isto é, julgar e condenar o falso ensino que fere os
princípios da Palavra de Deus, mais pessoas sem conhecimento caem no engano. E se deixamos um falso
ensino se espalhar, as pessoas poderão ter sua fé gravemente abalada.
Todo cristão deve conhecer a sua fé, que cristianismo é
esse onde os que dizem crer na Bíblia não conhecem os fundamentos de sua crença? Para exercermos uma profissão, seja ela qual for, é necessário conhecer com o
que estamos lidando, isso também se aplica ao cristianismo. Como iremos
combater os falsos ensinos se não conhecermos as doutrinas cristãs? Precisamos voltar a estudar a Palavra de Deus, deixar o preconceito com o estudo teológico, e nos unirmos para combater as heresias. Se ignorarmos a ortodoxia, pecamos por omissão e comissão, quem se omite, está sendo a favor das heresias.
Mateus 7 e seu contexto
Quando Jesus fala para não julgar, ele se dirige a judeus que se achavam santos o suficiente para se considerarem melhores que os outros povos. Se não fosse permitido julgar, todos nós estamos
condenados. Porque o ser humano julga no seu
inconsciente, não tem como escapar. O ensinamento de Jesus era, precisamos olhar para nossa vida e saber se estamos
retos o suficiente para medir as atitudes dos outros (Mt 7.5). Uma coisa é julgar atitudes, outra coisa é julgar a aparência, coisa que a Bíblia condena (Jo 7.24).
O julgamento que a Bíblia nos permite e manda que façamos é o das
atitudes. Se queremos corrigir alguém que está no
erro, precisamos primeiramente ser exemplo de conduta. Não podemos ser hipócritas, viva o que você prega. O que Jesus era com os discípulos, também era com a multidão, ele dava o exemplo, por isso ensinava com autoridade
(Cf. Mt 7.29).
A Bíblia manda julgar
Não julgueis pela aparência, mas
julgai segundo o reto juízo
João 7.24
Devemos julgar com amor, não mate com seu julgamento, e
sim de vida, mostrando que sempre há uma segunda chance para
recomeçar, pois todos nós somos falhos. Se
for preciso corrigir, deve ser feito para o bem e não para a destruição. Jesus veio para restaurar a vida dos pecadores e nos amou com um amor incondicional, por isso a nossa marca deve ser o amor.
Por Flávio G. Souza
Muitas pessoas vem se equivocando acerca da transfiguração de Jesus no monte, neste breve estudo tentarei deixar o assunto mais claro possível, ajudando na interpretação adequada acerca deste texto tão debatido.
1. Mateus Cap. 17
Em Mateus 17.2 ocorre a transfiguração de Jesus Cristo, e aqui começa uma discussão que perdura até hoje acerca do verdadeiro
sentido desta passagem. Um dos equívocos é dizer que Moisés ressuscitou, por que alguns insistem em afirmar que ele apareceu na transfiguração? O espiritismo por exemplo fundamenta a
doutrina da comunicação com mortos e a necromancia, baseando-se sua teoria no
episódio da transfiguração de Jesus, onde Moisés e Elias aparecem. Porém é um equívoco, o texto não apoia a comunicação com mortos, e não houve invocação de
mortos. Em contra partida a Bíblia não permite
essas práticas (Dt 16.11,12).
Outro equívoco doutrinário é dizer que Moisés ressuscitou, contradizendo o texto de Judas 9. Onde o Arcanjo Miguel contende com o Diabo pelo corpo de Moisés, se Miguel contendia com Diabo, como ele veio a ressuscitar como os adventistas argumentam?
2. Porque Moisés e Elias foram vistos na transfiguração?
Moisés apareceu como representação da Antiga Aliança as promessas da salvação (que seria cumprida em breve em Cristo
no seu sacrifício vicário). Elias como uma representação dos profetas
e o cumprimento da Palavra de Deus. Lucas trás o detalhe que eles conversavam da iminente morte de Cristo (cf. Lc 9.31).
3. Elias Reencarnou?
Elias não reencarnou para aparecer na transfiguração, pois que ele foi arrebatado
e não provou a morte (2 Rs 2.11), como alguém que não morreu pode reencarnar? Quando a Bíblia fala que João Batista era Elias, significa que ele estava no mesmo espírito
ou na mesma capacitação que Elias tinha no seu ministério.
4. Conclusão
Se Moisés foi ressuscitado, como interpretar 1 Co 15.20?
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram.
Afirmar que Moisés foi ressuscitado, tira de Jesus o mérito, sendo Ele a primícia dos que dormem. Dizer que Elias reencarnou é uma contradição, pois ele não provou da morte. O texto é simples, mas analisando os textos bíblicos vemos no episódio da transfiguração, Cristo sendo revelado como superior aos profetas e a Lei. Tudo se cumpriu em Cristo, sendo ele nosso Eterno Sumo Sacerdote (Hb 4.14; 7.17).
Muitos têm grande dificuldade para compreender a doutrina da Trindade, mas será que este ensino condiz
com as Sagradas Escrituras? Os críticos afirmam que foi uma
invenção da igreja católica, e não se encontra nas Escrituras, afirmando que crer
em trindade é politeísmo.
Onde encontramos a Trindade na Bíblia?
Em 1 Co 12.4-6, vemos Paulo tratando sobre
Deus se revelar de diversas maneiras, aqui temos uma referência indireta a Trindade, pois não há conflitos de interesses entre as diversas manifestações
do Deus uno e trino.
Outro texto em referência é 2 Co 13.13,
onde vemos uma referência da benção apostólica, ou mais conhecido como a benção
trinitariana, embora a palavra Trindade não venha aparecer na Bíblia vemos o
conceito claramente exposto.
Para compreendermos, precisamos entender
os três pontos fundamentais da fé cristã, são eles:
1. A graça do Senhor Jesus Cristo 13.13, ou seja, a graça foi revelada por meio
do Senhor Jesus através de sua encarnação, morte e ressurreição. Jesus sendo
Deus (Fp 2.6-8), se fez homem, foi como um de nós, mesmo sendo Rei dos reis se
portou como servo, sendo rico se fez pobre, sendo bendito assumiu nosso lugar
na cruz e nos deu a vida de forma gratuita, mesmo sem merecermos.
Só amamos a Deus porque Ele nos amou
primeiro (1 Jo 4.19), se doando como sacrifício perfeito, aplacou a ira de Deus
levando sobre si nossos pecados. A graça de Deus é totalmente imerecida, não
vem de nossos méritos, vem dEle, pois nossa justiça é como trapo de imundícia
(Is 64.6).
2. O amor de Deus, Deus nos amou, mesmo a humanidade sendo
ela uma raça de pecadores, Ele ainda assim manifesta a Sua graça salvadora de
forma imerecida, não há nada em nós que faça Deus nos amar mais ou amar menos.
3. Comunhão do Espírito Santo, Só temos comunhão plena com Deus quando
conhecemos a Sua Graça e a experimentamos mediante o auxílio do Espírito, pois
é Ele quem nos ajuda em nossas fraquezas. Somente através dEle somos
convencidos do pecado (Jo 16.8) e é por causa dEle que nossa santificação é
possível. [1]
O texto de 2 Co 13.13, tem um
paralelismo com a benção sacerdotal em Nm 6.24-26. Essa
benção não é tão comum nas epístolas paulinas. Isso não tem a intenção de
provar a trindade, mas se trata de um pronunciamento habitual do ministro
ao despedir os fiéis. Essa prática já existia na era
apostólica, o que não foi algo inventado na história.
A Bíblia é clara em dizer que só existe um
único Deus (Dt 6.4), e Jesus vindo do Pai o revelou a nós (Jo 1.18). Jesus
possuindo a mesma essência ou natureza divina é um com Deus (Jo 10.30), o Pai é
maior que Jesus (Jo 14.28), portanto não é a mesma pessoa do Pai, como crer-se no modalismo. Para entendermos o porquê o Pai é maior que Jesus, precisamos analisar toda a Escritura, pois não se faz doutrina em cima de um
texto sem considerar o restante.
Por que Jesus disse que o Pai é maior do ele?
Quando Jesus falou que o Pai era maior do
que ele, estava falando como homem (Fp 2.6), porque estava subordinado ao
Pai, dirigido pelo Espirito Santo, como uma condição para que pudesse
cumprir a sua missão de morrer pelo mundo. Paulo descreve que ele esvaziou-se a si mesmo para
viver como servo (Fp 4.7).
Jesus na terra a todo o momento viveu
como homem se submetendo ao Pai. Como Deus, era igual ao Pai (Jo
14.9-11); mas como homem era menor e viveu como servo (Fp 2.8; Jo 1.14). Se a expressão "O Pai é maior do que
eu" fosse um ensino bíblico que viesse a negar a Deidade de Cristo, também precisamos aceitar que Jesus é inferior aos anjos (Hb 2.9), portanto não
afeta a divindade de Jesus. [2]
A Bíblia revela com clareza que Jesus é
Deus (Jo 1.1; Cl 2.9), também afirma que o Espírito Santo é Deus (1 Co
3.16; At 5.3). O Espírito Santo é considerado uma pessoa, até porque
não é necessário ter um corpo físico, porém ter as seguintes características,
intelecto, vontade e sentimentos. O episódio de Ananias e Safira
por exemplo, eles mentiram para o Espírito Santo e não a uma força ativa. Analisando outros textos, vemos que o Espirito Santo é uma pessoa, pois Ele
também se entristece (Ef 4.30), nos consola (Jo 16.7), pensa (Rm 8.17), deseja
(1 Co 12.11), ama (Rm 15.30), se alegra (Gl 5.22-23) e nos encoraja (At 9.31).
Atos 8.16 contradiz a Trindade?
Jesus mandou fazer discípulos de todos os
povos, batizando em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo. (Mt 28.19). O
ensino da trindade foi ratificado pelos pais da igreja primitiva desde os
tempos dos cristãos mais remotos, uma prova disso foi o concílio de Niceia. O
concílio de Niceia (325 d.C) apenas comprovou algo que Tertuliano já havia formulado cem
anos antes, também temos o concílio de Constantinopla (381 d.C) ratificando este ensino.
A Trindade no Tretagrama
Vemos o Tetragrama (as
quatro consoantes do nome divino YHWH), sendo aplicado ao Pai sozinho (Sl
110.1), ao Filho (Is 40.3; Mt 3.3) e ao Espírito Santo (Ez 8.1,3), no entanto,
aplica-se também à Trindade (Sl 83.18).
O conceito do Deus trino e uno somente é encontrado na
tradição judaico cristã
O conceito do Deus trino não surgiu
mediante especulações de homens, mas através da revelação outorgada passo a
passo na Palavra de Deus. Vemos isto em todos os escritos apostólicos, a
trindade é tomada como certa (Ef 1.1-14; 1 Pe 1.2). As pessoas da trindade têm
vontades separadas, porém nunca são conflitantes (Lc 22.42; 1 Co 12.11). O Pai
fala ao Filho, que vem empregar o pronome da segunda pessoa do singular (Cf. Hb
9.14; Jo 6.38).
No Antigo Testamento (AT)
A trindade ou o Deus trino e uno é encontrada no AT (Gn 1.26; 3.22; Is 6.8). Vemos Jesus apresentar o Pai e o Espírito
Santo em um relacionamento (Ex: Eu, tu e ele), em Jo 16.7-16,
e antes da ascensão ao céu, ele mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo.
O termo trindade vem do grego trias, e do latim trinitatem Grupo de três pessoas. [3] Apesar de não ter essa palavra na Bíblia, isso não é motivo para dizer que ela não existe. O primeiro a usar este termo foi Teófilo e depois por Tertuliano em sua forma latina.
O termo trindade vem do grego trias, e do latim trinitatem Grupo de três pessoas. [3] Apesar de não ter essa palavra na Bíblia, isso não é motivo para dizer que ela não existe. O primeiro a usar este termo foi Teófilo e depois por Tertuliano em sua forma latina.
Monarquistas Dinâmicos
Trata-se de um movimento que surgiu após a
metade do segundo século entre o monoteísmo cristão. Eles ensinavam que Jesus recebeu a
dynamis, "poder", em grego, por causa do batismo de Jesus no rio Jordão,
e temos outros que afirmam que Jesus se tornou divino após a sua ressurreição.
Porém todas essas ideias negam a deidade absoluta de Jesus e contraria a crença
desde a época apostólica, que considera Jesus como "o verdadeiro Deus e a
vida eterna".
Monarquistas modalistas (Unicismo)
São assim conhecidos por acreditarem que
Deus se manifestou em três modos diferentes, uma hora
como Pai na criação, como Filho no seu nascimento na ascensão de
Jesus aos céus, e assim com o Espírito Santo. Para eles, Pai, Filho e Espírito
Santo não são três pessoas, mas três faces.
Tertuliano (155-224), advogado romano
intelectual estoica, ao se converter ao cristianismo veio tornar-se conhecido
como o "Pai do cristianismo latino". Ele refutou os monarquistas
modalistas, pois este grupo não fazia a distinção das pessoas da divindade,
seus principais representantes foram Noeto, Práxeas e Sabélio.
O modalismo é popularmente como unicismo que
nega a trindade. O principal propagador dessa doutrina
foi o Bispo Sabélio, por causa disso este ensino é conhecido por Sabelianismo.
Arianismo
O arianismo veio de Ario (256-336),
fundado em Alexandria, no Egito, no ano de 318. A sua doutrina contrariava a
crença ortodoxa desde o período apostólico.[4] O grande problema de Ario era
que ele ensinava que Cristo não era da mesma substancia do Pai, sendo criatura, mas Jesus é o criador e nEle todas as coisas foram criadas (Cl
1.16; Jo 1.3). O verbo (Jo 1.1; Is 9.6), é eterno porque Ele sempre existiu.
Definição de Tertuliano
A formulação da palavra trindade veio de
Tertuliano com a seguinte declaração, “Todos são um, por unidade de substância,
embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade
numa Trindade, colocando em sua ordem os três”. Pai, Filho e Espírito Santo;
três, contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma;
não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma só substância e de uma só
essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e
aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo (Contra
Práxeas, II). Um só Deus, portanto, a essência, a substância e o poder são um
só; mas a diferença está no grau, na forma e na aparência que chamamos de “pessoas” (Mt 28.19). [5]
Formulação definitiva da Trindade
Só veio a ocorrer em Constantinopla em
381, baseados em Atanásio que combateu os arianistas. Com base nas obras dos pais
capadócios, Basílio de cesárea, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo. O
credo Niceno-Constantinopolitano reafirma o credo de Niceia e define a
divindade do Espírito Santo, assim ratificando a doutrina da trindade.
Este estudo foi extraído da revista Lições Bíblicas, 3º Trimestre de 2017. A Razão da nossa fé, Assim cremos assim vivemos, pág. 17-23 publicada pela CPAD.
Este estudo foi extraído da revista Lições Bíblicas, 3º Trimestre de 2017. A Razão da nossa fé, Assim cremos assim vivemos, pág. 17-23 publicada pela CPAD.
Bibliografia:
[1] Lopes, Hernandes Dias, 2 Coríntios: o
triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades / Hernandes Dias Lopes. —
São Paulo: Hagnos, 2008. Pág. 292-293.
[2] Bíblia Apologética com os apócrifos,
1ª edição, 2014, Pág. 1076.
[3] ANDRADE. Claudionor Corrêa de.
Dicionário Teológico. 8 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 279).
[4] Ibid.
p. 52).
[5] SOARES,
Esequias, A razão da nossa Fé: assim cremos, assim vivemos / Esequias soares. -
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.