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Sofismo Religioso

Por Flávio G. Souza

Infelizmente, o que temos visto hoje em nossas igrejas tem sido uma grande vergonha e isso por parte da maioria dos que se dizem cristãos. Como podemos afirmar que somos cristãos se agimos de uma forma na igreja e, em casa, nos tornamos outra pessoa? Nosso Senhor Jesus se posicionou fortemente contra essa atitude. Ele veio como homem para nos dar o exemplo, sujeito às mesmas limitações, porém sem pecado (Fp 2.6).

Isso ocorre porque muitas pessoas que frequentam os cultos não passaram por uma verdadeira conversão, apenas por experiências emocionais. Então, como dizer que houve conversão se não há mudança? De nada adianta ter o nome registrado como membro de uma igreja se não houve uma conversão genuína. Quem pensa que fazer parte da membresia de uma igreja é sinônimo de salvação está perdendo tempo e fazendo do templo apenas mais um local de encontro entre amigos. O Reino de Deus está entre nós quando vivemos em unidade (Lc 17.21), algo que tem faltado entre os crentes modernos.

Pessoas que vivem uma religiosidade vazia são semelhantes aos fariseus: amavam ter seguidores, falavam bonito, mas por dentro estavam mortos e não possuíam vida com Deus. Da mesma forma, vemos isso se repetir hoje — muitos, sem vida com Deus, pregam bem, cantam bem, ensinam em suas igrejas, porém não são conhecidos pelo nosso Senhor Jesus. E, para esses, será dito naquele grande dia:

E então lhes direi abertamente: NUNCA VOS CONHECI; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Mateus 7.23

Podem até ter aparência de servos, mas é Deus quem sonda os corações (Sl 139.23). Pessoas assim são como sepulcros caiados — podem até ter imagem, mas seu interior não tem vida. De modo semelhante, Jesus advertiu os mestres da Lei, fariseus e escribas contra a hipocrisia (Mt 23.27).

Jesus foi radicalmente contra a falsa religiosidade da elite religiosa. Eles eram extremamente legalistas e colocavam sobre o povo um fardo que nem eles mesmos conseguiam carregar. Não praticavam o amor ao próximo, pois usavam a religião para tentar preencher um vazio que só Deus pode preencher por meio da graça (Ef 2.1).

Como Jesus ensinava com autoridade e vivia o que pregava, começou a incomodar a elite religiosa da época. Por isso, atraía cada vez mais seguidores, pelo seu exemplo de conduta — que era bem diferente do comportamento dos escribas e fariseus. Por incomodar, foi perseguido e tentado por seus opositores. Hoje não é diferente: quando pregamos a verdade, aqueles que vivem no engano nos atacam injustamente. Anunciar a verdade, pregar que é necessário mortificar a carne diariamente, olhando para Cristo como referência, incomoda os incautos (At 7.51). Quem experimentou o novo nascimento sabe que a graça de Deus é suficiente para todos nós (2 Co 12.9).

De nada adiantará tentar se justificar diante de Deus por nossas obras de caridade, pois elas são como trapos imundos diante do Todo-Poderoso (Is 64.6). Somos salvos pela graça. A salvação não está presa a denominações; ela está em Cristo Jesus, por meio da graça que atua em nossos corações (Tt 2.11). Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Todos estamos na mesma condição — não há ninguém melhor ou pior (Ef 2.8–9; Rm 11.32). Quando temos uma vida de oração e leitura da Palavra, evidenciaremos a obra que o Espírito Santo começou dentro de nós, manifestada pelas seguintes características: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22–23).

Mas quando somos apenas religiosos, vivemos de aparência, praticando as obras da carne — manifestas por imoralidade sexual, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, hostilidade, discórdias, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, inveja, bebedeiras, festanças desregradas e outros pecados semelhantes (Gl 5.19–21).

Fomos chamados para dar frutos. Não podemos negligenciar isso, pois, se não houver novo nascimento, não entraremos no Reino de Deus (Jo 3.5). Por isso, há a necessidade de sermos verdadeiros cristãos. Quem é chamado pelo Senhor deve dar frutos, pois esse é o propósito pelo qual Deus nos escolheu (Jo 15.16).

Hipocrisia: uma atitude desprezível

Jesus usou a figura do fermento, em Lucas 12.1–3, para denunciar a hipocrisia dos fariseus. Ensinou que quem vive de aparência terá seus pensamentos revelados diante de Deus, onde todos serão julgados. Agir de forma dissimulada afeta todo o povo de Deus. Portanto, não podemos ser hipócritas, pregando uma coisa e vivendo outra.

O verdadeiro crente em Jesus mostra sua boa conduta com um caráter moral elevado, esforçando-se para viver segundo as Escrituras. Isso não quer dizer que somos infalíveis, pois continuamos sendo humanos — a diferença é que não erramos de forma deliberada. Muitos de nós falham gravemente ao ver um irmão ferido e não procurar ajudá-lo. Não podemos deixar os necessitados morrerem, senão cometemos os pecados de omissão e comissão (Tg 4.17).

Deus nos salvou para levar cura aos perdidos. Estamos aqui para servir aos necessitados, e não para nos acharmos superiores (Mt 20.26–28). Se o fruto do Espírito não estiver sendo gerado em nossa vida, precisamos reavaliar nossa conduta como cristãos para termos certeza da salvação. Pois dizer que foi salvo por Cristo e não frutificar é sinal de que há algo errado conosco.

Pense nisso.

Graça e paz.
Deus abençoe.

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