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O engano promovido por falsos profetas (gr.: pseudo prophetes) não é um fenômeno novo. Moisés tratou do assunto ao falar com os filhos de Israel: “Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou?” A resposta recebida foi: “Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Dt 18.21-22). Um verdadeiro profeta deve:

1.    falar em nome do Senhor e não em nome de algum outro Deus;
2.    transmitir mensagens em harmonia com a verdade revelada por Deus nas Escrituras;
3.    Prever eventos futuros que ocorram tal e qual foi profetizado.

SUAS CARACTERÍSTICAS

A Bíblia descreve os falsos profetas das seguintes formas:

1.    Enganam a si mesmos. Falsos mestres podem ser sinceros, mas, ainda assim, estar errados. Alguns enganam a si mesmos e convencem-se de que a mensagem é verdadeira. Como vemos em Jeremias 23.9-11, tais mensagens provêm de suas próprias mentes, não de Deus.

2.    Mentirosos. Alguns falsos profetas são deliberadamente mentirosos e não têm intenção nenhuma de falar a verdade. O apóstolo João diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).

3.    Hereges. Falsos profetas pregam heresias (doutrinas falsas) e promovem a divisão da Igreja. A seu respeito, João disse: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos” (1 Jo 2.19). O apóstolo Pedro disse: “Entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição [...] blasfemando do que não entendem” (2 Pe 2.1, 12).

4.    Escarnecedores. Alguns mestres não chegam a promover falsas doutrinas, mas apenas negam a verdade de Deus. Sobre estes, a Bíblia adverte: “Nos últimos dias virão escamecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (2 Pe 3.3). O apóstolo Paulo chama-os de “amantes de si mesmos [...] presunçosos, soberbos” (2 Tm 3.2). Judas chama-os de “murmuradores, queixosos” (Jd 16).

5.    Blasfemos. Aqueles que falam mal de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, do povo de Deus, do Reino de Deus e dos atributos de Deus são chamados de blasfemos. Judas qualifica-os como homens ímpios que “dizem mal do que não sabem [...] ondas impetuosas do mar [...] estrelas errantes” (Jd 10, 13). O apóstolo Paulo comenta que ele mesmo era um blasfemo antes de sua conversão a Cristo (1 Tm 1.13).

6.    Sedutores. Jesus alertou-nos de que alguns falsos profetas fariam sinais de milagres e maravilhas, a fim de seduzir e enganar até mesmo os eleitos, “se possível” (Mc 13.22). Nosso Senhor quer dizer que a sedução espiritual é uma ameaça real até mesmo para os crentes, o que explicaria o fato de uns poucos crentes verdadeiros, mas enganados, serem encontrados em seitas heréticas.

7. Reprováveis. Este termo significa “reprovados”, “corrompidos” ou “rejeitados”. Paulo o utiliza com respeito àqueles que, voltando-se para as trevas espirituais, rejeitaram a verdade de Deus. Em conseqüência, Deus “os entregou a uma disposição mental reprovável” (Rm 1.28-30). Eles de tal forma rejeitaram a Deus que se tomaram “cheios de toda injustiça”. São “aborrecedores de Deus”, pessoas tão corrompidas espiritualmente que, apesar de terem consciência de sua situação, não se importam. Na mensagem profética do próprio Jesus, proferida sobre o monte das Oliveiras, somos alertados: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane [...] muitos serão escandalizados [...] E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos [...] porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios” (Mt 24.4,10-11,24). Nosso Senhor alertou seus discípulos sobre os perigos da sedução espiritual nas mãos de falsos profetas.

O ENGANO QUE PROMOVEM

A Bíblia descreve Satanás como o “pai da mentira” (Jo 8.44) e retrata-o como o supremo enganador. Seu nome significa “acusador”, e ele é descrito como o acusador do povo de Deus (Ap 12.10). Incita homens e mulheres a pecarem contra as leis de Deus (Gn 3.1-13); nega e rejeita a verdade de Deus, enganando aqueles que perecem sem Deus (2 Ts 2.9-10), e, por fim, é o inspirador dos falsos profetas e do espírito do Anticristo.

A Bíblia avisa claramente que, nos últimos dias, “apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). Estas falsas doutrinas serão disseminadas por hipócritas mentirosos, cujas mentes foram capturadas pelas mentiras de Satanás. Assim, temos o processo do engano espiritual traçado com clareza nas Escrituras:

A palavra “anjo” (gr.: angelos) significa “mensageiro”. Os anjos de Deus são seus mensageiros (Hb 1.14; Ap 1.1 (2 Referências)) e os verdadeiros profetas e pregadores são chamados de anjos das igrejas (Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14). Em contrapartida, Satanás é descrito como um anjo caído, líder de outros anjos caídos, o qual engana o mundo (Ap 12.9). Ele é revelado como o verdadeiro poder por trás do Anticristo e do Falso Profeta, enganando a humanidade com a falsa religião (Ap 13.14-15). Os mensageiros (anjos) do engano são, portanto, falsos profetas e mestres inspirados por Satanás. Suas mensagens carregam o mesmo espírito que habitará o Anticristo.

Quando uma pessoa aceita a premissa de um falso ensino, fecha sua mente para a verdade e lança fora todo raciocínio lógico. Vivemos em uma época em que as falsas doutrinas são cada vez mais prevalentes. Com o tempo, chegaremos ao contexto necessário para que o Falso Profeta promova seu engano final. As pessoas estarão tão cegas para a verdade que já não reconhecerão o engano pelo que ele é. Crerão e obedecerão ao que lhes for dito, chagando a ponto de adorarem o Anticristo.

— Ed Hindson

BIBLIOGRAFIA

Ankerberg, John e Weldon, John. Cult Watch. Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 1992.
Breese, Dave. Marks ofthe Cults. Wheaton, Illinois: Victor Books, 1984.
Enroth, Ronald. A Cuide to Cults and New Re-ligions. Downers Crove, Illinois: InterVarsity Press, 1983.
Horton, Michael. The Agony of Deceit. Chicago: Moody Press, 1990.
Hunt, Dave e McMahon, T. A. The Seduction of Christianity. Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 1985.
Lee, Richard e Hindson, Ed. Angels of Deceit. Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 1993.
Mather, C. A. e Nichols, L. A. Dictionary of Cults, Sects, Religions and the Occult. Grand Rapi-ds: Zondervan, 1992.
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Por Flavio G. Souza 

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto: estou sempre com vocês, até o fim dos tempos". 

Mateus 28:19-20

Fazer discípulos é uma ordem dada por nosso Senhor Jesus Cristo antes de subir aos céus. Diante disso, convido você a refletir sobre como nós, como igreja, temos tratado essa ordenança.

Para alguns que dizem servir a Cristo, novos convertidos são apenas números. No entanto, ser discípulo vai além de pregar o evangelho. Jesus, como Mestre, ensinou seus discípulos a transmitir tudo o que Ele lhes havia ensinado. Não basta apenas confessar que reconhece Jesus como Senhor; é essencial ensinar o que as Escrituras dizem.

Essa ordenança nos traz três lições importantes:

1. Fazer discípulos é um chamado para todo cristão – independentemente do ministério que exerce, sem fazer acepção de pessoas (cf. Mc 16.15; Jo 15.16; Até 10.42).

2. Devemos ensinar a importância do batismo, pois ele é sinal de arrependimento e perdão (At 2.38), além de representar nossa união com Cristo (Gl 3.26-27), tanto em sua morte quanto em sua ressurreição (Rm 6.3-5).

3. Precisamos guardar tudo o que Jesus nos ensinou, confiando em sua promessa de que Ele sempre estará conosco e mantendo sempre a esperança de que Deus nunca vai nos desamparar (cf. Mt 28.20; Jo 14.18).

Que possamos cumprir nossa missão com Graça, zelo e fidelidade.

Graça e paz.

Por Flavio G. Souza

Recentemente, o pastor Kleber Lucas virou motivo de chacota na internet, por uma crítica feita ao louvor “Alvo mais que a neve”. Você certamente já deve ter visto algum vídeo ou charge envolvendo o tema, o que mais assusta nisso é o fundamento apresentado por esses novos “Luteros”. 

A Bíblia é o manual de fé e pratica do cristão, a pessoa que se deixa levar por essa teologia social, olha a Escritura com uma ótica hermenêutica distorcida da verdade. Por exemplo, quando Davi escreveu no Salmos 51.7:

Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. 

A ideia não é um racismo estrutural por parte do tradutor, o Hissopo era uma planta usada para borrifar água ou sangue sobre pessoas ou objetos em cerimônias de purificação (Cf. Lv 14.1-7; Nm 19.16-19). Aqui, a cerimônia de purificação é uma figura de linguagem sobre o perdão e a restauração espiritual. 

Se de fato existisse o suposto “racismo”, toda a Escritura precisaria ser atualizada, e é esse o objetivo desta teologia social, como vamos interpretar Isaías 1.18, com essa lente hermenêutica? 

O louvor Alvo mais que a neve traz a ideia de sermos puros diante de Deus, livres de toda imundícia, ou seja, separados do pecado, significa viver uma vida de santidade. Ser alvo mais que a neve para o cristão pode ser definido pelo ato de viver uma vida moralmente limpa, de obediência a Deus e de amor ao próximo. Ela é realizada por meio da nossa fé no poder da morte de Cristo em nosso lugar e pelo nosso arrependimento dos pecados (Ef 5.26-27; Tt 2.14; Hb 1.3; 1Jo 3.2-3).

Pense nisso.

Sola scriptura.

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Após Deus ter se revelado em Jesus Cristo, ter estado entre nós e transmitido ao vivo a sua Palavra, após os apóstolos terem registrado esta mensagem de maneira infalível e suficiente nas Escrituras, pergunto qual a necessidade de profecias encenadas e atos simbólicos para que Deus nos fale através deles?

Se alguém não entende a fala de Deus registrada claramente na Bíblia vai entender através do simbolismo ambíguo de gestos e encenações de gente que alega falar no nome dele? Sola Scriptura!

Os dois únicos "atos" que Jesus mandou sua Igreja realizar foi o batismo e a Ceia. Ágabo amarrando a Paulo como símbolo de sua prisão em Roma foi um ato:

(1) voltado para o futuro de um indivíduo e não da igreja ou do país,
(2) só aconteceu uma vez,
(3) não iniciou nenhum ministério de atos proféticos durante os cultos nas igrejas, 
(4) não foi imitado por mais nenhum profeta, de acordo com Atos e as cartas dos apóstolos e,
(5) aconteceu literalmente como ele havia dito.

Autor: Augustus Nicodemus Lopes.
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Por Flávio G. Souza

O cristão deve saber interpretar a Bíblia para não ficar refém dos mercenários da fé, que se aproveitam da ingenuidade dos ouvintes para roubar tudo o que tiver ao seu alcance. Nas igrejas modernas que adotam a teologia da prosperidade, por exemplo, é muito comum vermos uma manipulação sendo feita de forma descarada em nome da fé.


E para não sermos enganados pelos falsos pastores, precisamos pelo menos conhecer o básico desta doutrina, chamada hermenêutica bíblica. É com ela que vamos ler e estudar a Bíblia, sem depender de uma determinada liderança, isto é, guiados pelo Espírito Santo, para extrair do texto as verdades contidas nele e não colocar nosso achismo acima do que está revelado na Palavra de Deus.

 

1. O QUE É A HERMENÊUTICA BÍBLICA?

 

Muitas pessoas que não têm o entendimento teológico um pouco mais apurado, ao ouvir termos técnicos usado por teólogos, acham que se trata de assuntos obsoletos à fé cristã, mas se enganam. Este pensamento é baseado em um sofisma muito comum em leigos na teologia, pois acham que o Espírito Santo vai revelar tudo, mas quero te lembrar que a terceira pessoa da Santíssima Trindade não é espírito de adivinhação!

 

Então o que é a hermenêutica bíblica? Em seu significado técnico, muita das vezes se define como a ciência, e arte de interpretação bíblica. Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas, ou regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado. É considerada como arte porque a comunicação é flexível, e, portanto, uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação. Exige-se do bom intérprete que ele aprenda as regras da hermenêutica bem como a arte de aplicà-las.[1] 


A hermenêutica bíblica sendo uma ciência e arte, não deve ser ignorada como algo inútil e desnecessário, muitos se aproveitam desta brecha e usam a Bíblia para extorquir o povo de Deus através da manipulação coletiva da fé. E como vamos combater esses bandidos, se ignorarmos uma doutrina que nos vacina contra eles? A finalidade da hermenêutica nos ajuda a analisar os textos à luz da cultura e época, levando em consideração usos e costumes. Uma coisa é lermos um texto à luz de nossa cultura e costume, outra é interpretar um versículo olhando com a ótica do escritor, levando em consideração o seu tempo.


Se não levarmos em consideração esta doutrina, a forma como interpretamos a Palavra de Deus estará condicionada a nossa cultura e por uma variedade de outras experiências. Por exemplo, na Bíblia temos diversas expressões idiomáticas que provocam um bloqueio significativo em determinados textos de difícil compreensão. Portanto, a hermenêutica se torna necessária por causa das lacunas históricas, culturais, linguísticas e filosóficas que obstruem a compreensão espontânea e exata da Palavra de Deus.[2]

 

2. PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

 

Como todo texto exige-se métodos de interpretação, também não será diferente com a Palavra de Deus. Eu desde que comecei a estudar a teologia a muito tempo atrás, vi a importância de o cristão guardar este princípio, e como todos que se submetem a doutrina, também sofri duras críticas pelos chamados “crentes sapatinhos de fogo”. Antes de ir para o seminário, já gostava bastante de estudar teologia e na época não tinha o conteúdo que temos disponível hoje, mas graças a Deus pela expansão deste material em massa disponível gratuitamente.


A Palavra de Deus não é um livro místico como algumas pessoas imaginam, precisamos aprender a interpretar a Bíblia corretamente, extraindo do texto o seu significado e não colocar o nosso achismo achando que é Deus quem está falando conosco. Deus vela por sua Palavra, e não por nosso achismo!


3. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO

 

Todo texto da Bíblia possui um contexto a ser analisado, se ignorado este princípio, teremos sérios problemas hermenêuticos e exegéticos, fazendo “eisegese”, colocando nossa interpretação ao invés de extrair o verdadeiro significado e aplicabilidade. Exemplo prático disso, se você escreve uma carta e ela for lida novamente daqui a 800 anos, em uma cultura totalmente diferente, com outro povo e idioma, como extrair o significado que você quis passar? Enfrentando este desafio, a hermenêutica será a chave fundamental neste processo. E com a Bíblia não é diferente, existem métodos e o que não falta hoje é literatura com diversas dicas, fora o grande número de materiais que nos ajuda a entender a cultura, sociologia e tantos outros fatores que são essenciais na hora de interpretar um texto bíblico. 


Ignorar este princípio, é suicídio intelectual em nome do misticismo e da manipulação coletiva, pois estará falando o que Deus nunca disse, além de prometer coisas falsas que não procedem da Bíblia. Por isso, valorize quem procura estudar a Palavra de Deus de forma séria e sincera, e procure aprender com os outros, se achar autossuficiente como se fosse o PhD é arrogância e prepotência.  


Buscar o reino de Deus em primeiro lugar não é ser levado por todo vento de doutrina, temos muitos movimentos evangelísticos, mas nem tudo que diz ser da parte de Deus vem dEle. Muitos criam movimentos para virar estrelas, transformam os cultos em shows e promovem a histeria coletiva, ignorando o princípio fundamental do ensinamento das doutrinas essenciais da fé. Ser cristão não é ser ignorante, podemos sim estudar e nos aperfeiçoarmos em tantas coisas, mas em nome de viver “os mistérios”, muitos se fecham e ficam no raso, a fé não implica a morte da razão.  

 

3.1. CINCO DICAS DE COMO INTERPRETAR A BÍBLIA CORRETAMENTE

 

1. Se for possível, adquira várias traduções para fazer uma comparação, caso você não tenha conhecimento do grego e hebraico (Ex: NVT, NVI, NAA, ACF, ARA). Temos traduções muito boas fiéis ao texto hebraico e grego, caso você não tenha conhecimento dos idiomas do texto original, é bom ter diversas versões para expandir e enriquecer seu estudo. 

 

2. Leia todo o contexto em caso de dúvidas, para extrair o verdadeiro sentido, evite retirar os textos do contexto, porque Deus vela pela Sua Palavra e não por nossa interpretação pessoal (Jr 1.12). Deus nos revela a Sua Palavra, mas isso não é desculpa para negligenciar o estudo da Bíblia em nome do “Deus vai me revelar”, ou até “a letra mata”. Tente adquirir manuais de teologia que tragam uma explicação do contexto histórico-cultural, fazendo isso seu estudo será muito mais proveitoso. 


3. Possua um dicionário bíblico para entender um pouco mais sobre o significado das palavras no tempo bíblico. Possuir um dicionário é de grande importância para compreender costumes, instrumentos, locais e tradições. Hoje é quase que indispensável ter esse recurso, pois para compreender costumes de outro tempo, necessitamos entender a cultura da época.  

 

4. Interprete a Bíblia com a Bíblia e não com o que acha ser o correto, retire todo conceito e preconceito para que você se amolde ao que Deus quer para sua vida. Este é um dos lemas da reforma protestante, não podemos interpretar a Bíblia por nossos achismos ou tradições religiosas.  

 

5. Ore antes de fazer sua leitura, pedindo o auxílio do Espírito Santo para ler e compreender a Palavra de Deus. Sem a oração será apenas uma leitura comum, onde não haverá nenhum entendimento, por isso precisamos sempre orar pedindo a Deus Sua Graça e misericórdia sobre nós, somos totalmente dependentes de dEle, sem Ele nada podemos fazer.[3]


4. OS QUE AMAM A PALAVRA DE DEUS SE DEDICAM NA DOUTRINA

 

Os neófitos que são levados por todo vento de doutrina amam viver no raso, não se aprofundam porque o que vale é a histeria coletiva, não existe mais um zelo com a doutrina e vejo uns movimentos pseudos-cristãos em busca de um avivamento negligenciando o fundamental. Cada vez mais se negligencia procurar um seminário teológico para se aperfeiçoar na Palavra, pois segundo essa raça de neófitos “a letra mata” ou até, “mas a teologia esfria a fé”. Pode lotar estádios de futebol, encher avenidas, mas enquanto essa conduta diabólica continuar influenciando os cristãos, a igreja caminhará para o fracasso e vergonha! 


5. MÚSICA NÃO PRODUZ AVIVAMENTO, SOMENTE A PREGAÇÃO GENUÍNA DO EVANGELHO

 

O worship, como muitos adoram chamar, invadiu as igrejas de uma forma assustadora, e grande parte desses “louvores” não possuí doutrina. É uma chatice, além de entediantes versos que se repetem diversas vezes, causando assim a histeria coletiva. Muitos não sabem o que cantam, o resultado disso tudo, vemos crentes guiados pelas emoções, iludidos com um falso deus. 

 

Precisamos conscientizar esses crentes neófitos, que se negligenciarmos a sã doutrina, pràticas do mundanismo serão comuns em nossas igrejas. De que adianta encher estádios de futebol, fazer passeatas e todo tipo de manifestação, se grande parte dos crentes não se importa com a doutrina? Hoje muitos estão seletivos, pegam a parte que agrada e dizem que são “cristãos”, ou você crê em todo o evangelho ou não acredita em nada, mas em nome do “amor” muitos pregam um evangelho água com açúcar. Deus é amor, mas também é justiça, não tente separar, tanto o pecado como o pecador são punidos pela santa ira de Deus, isso tudo faz parte do amor (Hb 12.6). 

 

5.1. O VALOR DA INSTRUÇÃO

 

O ensino genuíno da Palavra de Deus é de grande valor para os crentes, quando aprendemos a valorizar a doutrina e ensinamos as pessoas corretamente, nosso evangelismo é mais eficaz (1 Sm 9.27; 2 Rs 17.28; 2 Cr 17.7; Ed 7.10; Mt 5.2; At 18.26). Quando Neemias terminou a reconstrução dos muros, reuniu todo o povo e leu os livros de Moisés, que resultaram em um reavivamento e uma longa oração de confissão (Nm 9.5-37).

 

Da mesma forma como foi com Neemias, assim deve ser conosco, devemos ter o desejo de aprender a sã doutrina, negligenciar este princípio é apenas uma demonstração de uma religiosidade vazia e uma vida sem Deus (Mt 18.3). Vemos este princípio por toda a Escritura, foi manifestado pelos discípulos (Lc 11.1), pelo cego (Jo 9.36), no eunuco etíope (At 8.31). Se submeter a doutrina foi a causa do sucesso do Apóstolo Paulo (At 9.6) e causa da conversão do carcereiro de Filipos, mas essa nova geração de crentes, quer sair para “evangelizar as nações” sem ter o mínimo de preparo. Quem é discípulo de verdade não sai fazendo essas coisas em nome de Deus, é tolice agir desta maneira, o desejo de aprender deve ser parte do comportamento do crente, precisamos estar dispostos a ouvir as palavras de nosso mestre (Cf. Mt 13.36; Mc 4.10; 7.17; 9.11, 28; 10.10; 13.14; Lc 3.12; 11.1; 18.18; Jo 6.28).

 

Os que rejeitam a instrução da Palavra, desprezam aquilo que é necessário a todo crente em Jesus, foi assim com os gadarenos (Mt 8.34), com o povo de Nazaré (Mc 6.3; Lc 4.28, 29), atitude manifesta pelos principais sacerdotes e líderes (Lc 23.18) e pela nação judaica (Jo 1.11; 12.48). Quem rejeita o ensino da Palavra, não está rejeitando a uma determinada liderança, mas rejeita a Deus, fazendo de seu próprio ventre o seu deus (1 Sm 8.7; Sl 81.11; Pv 1.24; Lc 7.30; 1 Ts 4.8; 2 Cr 30.10; 36.16; Pv 1.7; 5.12). Normalmente essas pessoas são meros frequentadores de culto, pois gostam de estar onde é falado o que somente agrada aos ouvidos, mas quando são confrontadas pela Palavra não suportam a correção (Sl 50.17; Is 5.24; Jr 6.10; 36.23; Zc 7.12). 

 

5.2. A INSTRUÇÃO É A CAUSA DA REVERÊNCIA

 

Muitas pessoas por ignorarem a doutrina, criam cultos que são verdadeiras profanações a Deus, perdeu-se a reverência ao cultuar, pois encheram a igreja com teatros tolos, grupos de dança e todo tipo de idiotice, em nome do “ganhar almas para o reino”. Esta é a geração de crente do evangelho tutti frutti, tem que agradar a todos, não pode falar mas de pecado e arrependimento, caso contrário está usando o púlpito para mandar “indireta” para os irmãos. 


É tão difícil entender que no culto é para ter reverência? Muitos nem sabem o que significa esta palavra, transformaram a igreja em verdadeiras boates, aprendamos a reverenciar corretamente este nome santo, temendo a Deus e lhe dando a honra devida (Gn 37.7; 43.28; Êx 3.5; 18.7; 2 Sm 15.5; Is 49.23; Mt 2.11; Lc 8.41; Js 5.15; Sl 4.4; 33.8; 89.7; Hc 2.20). Igreja é lugar de cultuar, guardando os princípios estabelecidos por Deus na Sua Palavra, na Bíblia não há espaço para danças, teatros e outras aberrações doutrinárias (Lv 19.30; Ec 5.1; Jo 2.16). 


É dever de todo líder viver o que diz a Palavra e não fazer da igreja uma boate ou um lugar para entreter as pessoas para fazê-las se sentirem bem, isso é manipulação. O líder tem de viver a Palavra, para que as pessoas vejam Deus e não a homens (Êx 33.8-9; Mt 8.2; 9.18; 15.25; 20.20; Mc 5.22; 7.25; Jo 9.38; At 28.10; Fp 2.29; 1 Ts 5.12, 13). Inventar nosso modo de adorar para atrair as pessoas, é promover a manipulação coletiva, o evangelho trabalha com a verdade e exige temor, caso contrário é sacrilégio, coisa amplamente condenada na Bíblia (Lv 10.1; 19.8; 1 Sm 2.17; 6.19; 13.9; Nm 18.32; Rm 2.22; 1 Co 11.22). 

 

6. NOSSAS ATITUDES DEVEM GLORIFICAR A DEUS

 

O cristão que entende a importância de guardar a Palavra de Deus, procura aprender cada vez mais as regras interpretativas, e sabe que é dever do crente em Jesus glorificar a Deus com louvores (Sl 22.23), com obras (Mt 5.16) dando muito fruto (Jo 15.8), estando unido espiritualmente com nossos irmãos (Rm 15.6) em consagração (1 Co 6.20). Essa Graça capacitadora vem de Deus e é suficiente para nós (Dt 3.24; Sl 77.13; 95.3; 104.1; 135.5; 145.3; Is 12.6; Jr 32.18; Ml 1.11), por isso devemos ter reverência (Nm 20.6; Js 5.14; 1 Rs 18.42; 2 Cr 20.18; Mt 26.39).  

 

As pessoas que me conhecem sabem o quanto eu sou crítico com essas inovações dentro da igreja, por exemplo, danças, teatros, culto voltado ao interesse humano. Muitos abandonaram a simplicidade do evangelho, preferem transformar a igreja em uma boate ou um clube de entretenimento, com o propósito de ter seus templos lotados, e pergunto até onde a ganância dessa liderança vai?  


Não adianta transformar a igreja em um circo, muitos estão preocupados em apenas causar um bem estar nos ouvintes, mas o crente em Jesus precisa da Palavra de Deus e não de um entretenimento fútil, que só distrai e não acrescenta em nada. Deus se agrada do culto realizado conforme ordena a Bíblia, não podemos atropelar princípios estabelecidos na Palavra, como servos apenas obedecemos.


Graça e paz.

Deus abençoe.


Referência Bibliográfica:

[1] Virkler, Henry A. Hermenêutica avançada: princípios e processo de interpretação bíblica, São Paulo, Ed. Vida, 2007, Pág. 9.

[2] Ibid. Pág. 13.

[3] GONÇALVES, Flavio Souza. Dicas de como estudar a Bíblia. https://evangelhosegundoasescrituras.blogspot.com/2020/06/dicasdecomoestudarabiblia.html. Evangelho segundo as Escrituras.